Usuário:Prisciladila

De Rede Mocambos
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(Levantamento de propostas - reunião dia 21 de Junho de 2013)
 
(94 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas)
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=IV Encontro da Rede Mocambos=
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28 e 29 de Abril
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Umas das ações da Pajelança na Casa do Boneco de Itacaré foi a adequação do espaço, para receber máquinas trazidas pelo coletivo do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital da Rede Mocambos, Núcleo D`Pádua Mercado Sul, as pessoas presentes contribuíram para deixar o espaço preparado para as máquinas e para as oficinas.
  
Falas chaves da reunião de articulação da Rede Mocambos
 
  
Precisamos manter vivas as contribuições do povo de matriz africana.
 
  
É preciso manter e estimular os registros, fomentar a apropriação das ferramentas para garantir o registro, independente do formato.
 
  
Ninguém sabe quanto as operadoras de celular ganham por dia, ninguém sabe e ninguém pergunta.
 
  
Existe um acesso ampliado das tecnologias, há facilidade para adquirir equipamento.
 
  
Existem muito mais gente que poderia estar nesse encontro, diversas pessoas poderiam contribuir e não estão presente, fizemos um encontro reduzido para formação de base.
 
  
Precisamos rever o projeto, o modelo atual não corresponde com as necessidades da rede.
 
  
Baobáxia: interesses do FBB – o colonizador compreende mais a ideia do Baobáxia do que as pessoas da rede.
 
  
Rota dos baobás – Articulação Minas Gerais- Quilombo do Ambrósio. Quem vai articular a rede localmente? A rede é revolucionária por difundir a história das lutas dos quilombolas que sofre com o silêncio em relação à sua existência e seu modo de vida.
 
  
Estamos falando de um negócio que a rede mocambos acumulou um capital gigantesco de luta em torno do babá, existe uma construção que ninguém valoriza, o convênio com o Min. das Comunicações  e os telecentros Br. Por exemplo.
 
  
Sobre o re - conveniamento, é necessário sentar e conversar antes de assinar o re – convênio, o convênio não dá estrutura alguma para a rede realizar as ações.
 
  
Caráter revolucionário da Rede, precisamos ter dimensão da Rede Mocambos, não percebemos o Baobá que somos.
 
  
Falta em nós perceber a nossa própria dimensão no projeto atual, como dimensionar, as pessoas, o recurso e as ações aos locais mais próximos da rede.
 
  
Capital político da rede na relação com o governo,
 
  
Qual o potencial da rede? Muitas comunidades que são da rede sofrem um distanciamento pela falta de articulações da rede em determinados locais.
 
  
==Levantamento de propostas - reunião dia 21 de Junho de 2013==
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Na noite do dia 29 de Abril, houve a roda de abertura da Pajelança com Toque de Tambores e apresentação de cada pessoa presente.
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A fala dos mestres iniciaram a roda enfatizando a responsabilidade das pessoas mais jovens sobre a garantia e a manutenção da nossa luta por territórios, entre eles o digital que pode nos conectar como o tambor, e ampliar a dimensão de territorialidade.
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As falas foram orientadas em um sentido de posicionamento ético em relação à contribuição de matriz africana na dimensão identitária e de ação, a partir da cosmo visão africana, que possibilita agir na continuidade da elaboração e contribuição de nossos ancestrais para as gerações futuras, principalmente.
  
'''Proposta Ronaldo Eli'''
 
  
*encaminhar os parâmetros do questionário
 
*definir quem elabora e quem aplica, até quando
 
*encaminhar levantamento de inserções na wiki, e como elas serão avaliadas
 
*definir perfis de relação com o projeto (militantes e militantes profissionalizados)
 
*definir metodologias de condução da relação profissional
 
*definir calendário de reuniões para o próximo mês com as respectivas pautas e horários, evitando desarticulação
 
*definir como vai ser o acompanhamento e avaliação do trabalho de quem está contratado no projeto.
 
*registrar os planos de trabalho e uma rotina de relatórios, para que haja um acompanhamento e facilite a prestação de contas do projeto, sem gerar desentendimentos.
 
  
'''Proposta TC:'''
 
  
*fazer avaliação em etapas no wiki.
 
*definir pontos estratégicos pra fazer a avaliação (tópicos)
 
*fazer reunião específica pra tratar de estratégias de
 
sustentabilidade da rede e fortalecimento dos núcleos.
 
*definir “comissões” pra tratar das burocracias e logísticas das próximas pajelanças.
 
*Mapear os Telecentros.Br  da Rede Mocambos nos estados, tantos os jáinstalados como os que ainda estão encaixotados e lincar com os núcleos mais próximo
 
http://acs.taina.net.br/wiki/Lista_dos_telecentros_BR_da_rede_mocambos
 
  
'''-Organizar no wiki:'''
 
*-Calendário de Atividades
 
*-Equipes e Funções
 
*-Página específica pra Avaliação
 
*-Página de Relatório de Atividades e Reuniões
 
  
Guinê:
 
  
*Acompanhar as comunidades que tem seus telecentro instalados.
 
*fortalecer as ações que já estavam acontecendo nos telecentros redes mocambos.
 
  
- pois já existe uma serie de
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ações em comunidades que estão aguardando esse fortalecimento para serem
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os multiplicadores dentro das outras comunidades. ai por falta desse contato anterior dos participante com as ferramentas tivemos algumas dificuldades.
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'''Palavras orientadoras'''
 
  
Antonio Crioulo: O encontro é uma sequência.
 
  
Nós quilombolas rurais nunca fomos
 
protagonista neste negócio.
 
  
O contexto dos quilombos rurais é totalmente diferente de muitos, nos sentimos as margens das atividades e porque não acompanhamos a velocidade do pedido feito e sempre ficamos sem dar as colaborações e sem ser ouvidos.
 
  
Precisamos discutir outras metodologias
 
pra visibilizar as ações, pois não estamos parados só não.  Conseguimos visibilizar nossas acões.
 
Nós somos do tambor e do oral, nossas
 
ações ficam muito voltadas pra dentro.
 
  
E temos falado também que queremos a
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Contribuições essas como a tecnologia do tambor, em código binário, assim como o código do computador, a interrelação com a natureza, com a floresta, com as árvores, de coexistência e tecnologias que garantiram que ainda haja florestas preservadas, como aqui mesmo no Brasil, a exemplo das comunidades quilombolas rurais.
tecnologia como aliada mas não pra nos enfraquecer - se eu tocar o sino na comunidade todo mundo ouvi,mas se encaminhar um e-mal ninguém ve.
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Temos que saber quem é o alvo pra que
 
possamos encaminhar a mensagem.
 
  
Isso implica como a rede realiza suas atividades
 
Pra quem e por que e como.
 
Não é resistência, é prioridade.
 
  
  
'''Proposta Sérgio:'''
 
  
*Elaboramos um formulário de diagnóstico técnico que está em etapa de avaliação para ser implementado e compartilhado. O primeiro teste será
 
nesse final de semana, quando dani estará num assentamento da rede de
 
agroecologia num mutirão audiovisual com o pessoal da ufba – tabuleiros
 
digitais.
 
*Realizar oficinas mais práticas, menos expositivas na próximas pajelanças
 
*As realidades regionais e locais devem ser entendidas e levadas como prioridades.
 
*Pedagogia do estranhamento e da autonomia: primeiro vc assusta, depois vc mostra e depois nao precisam mais de vc.
 
  
'''Proposta Vince:'''
 
  
*a wiki e as ferramentas que a gente tem são acho
 
principalmente para uso estratégico para ajudar a organizar outras atividades com as comunidades que não são necessariamente ligadas ao computador.
 
*2 pessoas se encarregam de:
 
usar a wiki para pegar dados estatísticos
 
*fazer umas ligaçoes para preencher uns questionários, juntar com a relatoria
 
*1 pessoa pode ajudar para montar num documento
 
*1 pessoa pode fazer a revisão e reorganização no wiki (vince)
 
Prazo 7 dias
 
  
  
'''Proposta Milson'''
 
  
temos 12 nucleos aqui
 
  
*fortalecer e reativar os nucleos da rede maranhão fazendo formação com futuros monitores das comunidades.
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30 de Abril
*trabalhar temáticas de matriz africanas dos terreiros, melhorando a comunicação estratégica e distribuição e troca de conteúdos.
+
*pensar praticas tradicionas e apropiação de
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tecnologia, interligando comunidades rurais e urbanas
+
*pensar em um suporte estadual para núcleos da rede e parcerias
+
*pensar em conjunto da rede nacional um mapeamento dos terreiros a nível metropolitano de são luis usando ushaid; *pensar mapeamento dos grupos de capoeira do estado, fortalecendo o resgate das práticas culturais do estado.
+
  
==esboços==
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Pela manhã a oficina de áudio teve início com a transmissão de um programa na rádio da Casa do Boneco de Itacaré, a Indaka Oba, rádio analógica, 88,5 FM. Enquanto tocava a programação da rádio, as informações sobre gravação e transmissão eram dadas por Ronaldo Eli.
  
Quais comunidades estão no território da articulação local?
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A oficina/programa teve duração de 4h. Os conteúdos foram os seguintes:
  
Que elementos trazem à tona a identidade das comunidades envolvidas?
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Organização de um programa ao vivo;
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Como funciona a transmissão de rádio;
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Diferenças entre rádio analógica e web rádio;
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Como inserir vinhetas já gravadas e editadas;
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Uso do microfone e da mesa de som;
  
Qual a situação atual do território?
 
  
Quais conteúdos já foram levantados?
 
  
  
Sugestão de pauta: conteúdos trazidos para o encontro:
 
  
No projeto estava previsto que as pessoas participantes iriam trazer registros realizados em suas comunidades em vídeo, foto e texto - Temos esse material?
 
  
=Semba - Memória e Beleza=
 
  
Cheguei e fui correndo ver os quadros, já havia visto alguns - quando estavam na Tainã ainda sendo conferidos para iniciar a exposição, faltavam alguns para serem pintados, e outros vi na casa do artista, Aluízio Jeremias, em uma visita que fizemos à ele, TC, Vince, da Casa de Cultura Tainã, e eu, durante o processo de criação - e contemplado a exuberância e vida das cores, o jogo de luz e sombra grandemente poético, o murmulhar das roupas e o movimento dos corpos, da rua, da noite, do samba, era fascinante.
 
  
Precisava sentir novamente tal expressão, mergulhar naquele universo e ser transportada para um outro lugar na história.
 
  
Ainda não havia visto os quadros dispostos em uma exposição com ambientação que possui objetos ligados a cultura afrodescente e com uma organização com formato em algum sentido cronológico da memória de Aluízio, situando personagens que muitas vezes se relacionam em convivência cotidiana e fortes laços.
 
  
Seu olhar de menino sobre o samba de Campinas - no bairro Cambuí, na  Porteira Preta e em outros cortiços que se formavam na região, consequência da expulsão da comunidade negra de seu espaço, encontrado poucas décadas depois da abolição da escravidão ( Campinas foi a última cidade do país a abolir a escravidão), que agora estava valorizado e virou mercadoria de grande valor para empreendimentos de "sucesso" - revelam, nesses novos territórios, as criações de manifestações cheias de beleza, alegria, cores e samba.
 
  
É o projeto Semba - Histórias do Samba de Campinas, exposição da obra do artista plástico e sambista Aluízio Jeremias, com curadoria de TC e produção de Denise Xavier, gestores da Casa de Cultura Tainã.
 
  
O primeiro lugar a receber a exposição foi o MACC ( museu de arte contemporânea de Campinas ) do dia 12 de setembro até ao dia 8 de Outubro; no dia 20 de Outubro,sábado, houve sua abertura na Casa de Cultura Tainã, e vai até dia 25 de Novembro, para celebrar também o mês da Consciência Negra e a memória de Zumbi dos Palmares.
 
  
O meu encontro tão esperado com a obra aconteceu na Tainã, cheguei bem depois da abertura, noite escura, e o clima era de partilha,um lindo samba sendo tocado na roda já embalava minha imaginação, mergulhada naquela atmosfera de lembranças belas que se apresentavam vivas como o agora.
 
  
Toda essa sensação foi ainda potencializada pela generosidade do artista Aluízio Jeremias em ter percorrido comigo sua obra, compartilhando a memória dos momentos que retrata, sobre o samba de bumbo, sobre os blocos de carnaval, o esmero das fantasias, a grandiosidade da brincadeira, os balizas, as sambadeiras, os passistas, os músicos, os instrumentos, o samba de gafieira, a gafifa, o lugar e as pessoas, personagens de sua obra junto com o samba, que faziam isso tudo acontecer sendo visto e sentido de forma viceral pelo artista quando menino.
 
  
Me contou que aos quatro anos ficava olhando o samba da janela de sua casa;  entre as casas em frente a sua, uma delas a de sua tia, se estendia uma lona em uma estrutura de bambú, e o samba acontecia por horas e horas, até horas depois de amanhecer.
 
  
Quando sua mãe ía ao samba ele podia ir e voltar sempre com ela, mas quando ela não ía ele não podia ir, era muito novo, e a janela era o seu grande meio de acesso, embaixo dela desenhava caminhões e bondes.
 
  
Me explicou que os balizas, personagens do carnaval que usam capa e bastão, não precisavam ter muita habilidade para sambar, sua capa bastante comprida e os truques com o bastão disfarçavam essa falta de habilidade, geralmente suas roupas possuem as cores da escola de samba, mas podem ser de cores diversas também. Já os passistas, não havia como disfarçar, saber sambar e muito bem era habilidade indispensável.
 
  
Sobre a gafifa, descobri com ele que era a gafieira, mas não no salão, e sim em uma casa, era "um encontro de amigos", chamavam os músicos que moravam perto para tocar e se dança gafieira, estava pronta a gafifa.
 
  
Com tantas histórias, da vida entre sambistas, vislumbrei a beleza da época, e que satisfação ter a oportunidade de receber tal herança da memória de Aluizio Jeremias.
 
  
Enternecida, cumprimentei algumas pessoas, compartilhei com elas brevemente, comemos e bebemos, derramei novamente meus olhos sobre as obras: as saias que rodam, a lua, as luzes ofuscantes dos postes das ruas, as luzes que clareiam as lonas estendidas, que iluminavam as noites de samba, os risos, pés, mãos estendidas, mãos que tocam e todos os outros elementos ali disponíveis; parti com o coração repleto de felicidade e já com um pouco de saudade.
 
  
=esboços=
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Simultaneamente, aconteceu o início da oficina de apropriação tecnológica, com a instalação elétrica do telecentro e conversas sobre o desenvolvimento da rede de comunicação entre servidores locais eventualmente conectados, Baobáxia.
  
  
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O programa de rádio teve como tema a Musicalidade e Ancestralidade. Mestre Jorge Rasta inicia o programa perguntando sobre a situação atual de algumas comunidades presentes - Matheus, da comunidade Serra de Água fala sobre a organização da nova diretoria da associação quilombola e Joabe fala sobre a experiência com a construção de tambor em sua comunidade, que já havia perdido o tambor, porém em uma oficina na Casa do Boneco ele e uma outra liderança da comunidade aprenderam a fazer um tambor, hoje tem construído alguns em sua comunidade.
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Durante o programa mestre Jorge Rasta e mestre TC Silva falaram sobre a necessidade do aprimoramento da comunicação comunitária, do registro das práticas quilombolas, tradicionais e comunitária e da organização dos acervos afro comunitários.
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Muita música tocou no programa, entre elas o Rap do Quilombo do Campinho (Paraty  - RJ), Orquestra Tambores de Aço (Campinas - SP) e o MC Bruno (Salvador – BA) improvisou um rap ao vivo.
  
  
  
  
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Ainda no dia 30 a oficina de áudio teve continuidade com uma discussão sobre como a comunicação exerce um  poder na vida das comunidades e que estabelece um controle através da homogeneização da sociedade como um todo. Foi destacado também que a autonomia se dá com a produção de comunicação independente desses meios, para difundir o que é importante para a comunidade.
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Depois da conversa as pessoas se organizaram em grupos para a criação de vinhetas.
  
  
Linha 211: Linha 125:
  
  
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01 de Maio
  
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A oficina de áudio teve continuidade pela manhã e começo da tarde, com a gravação das vinhetas criadas pelos grupos. 
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Após a gravação houve a oficina de edição de áudio no software livre Audacity.
  
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Conteúdo da oficina:
  
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Como gravar um áudio no celular
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Como importar um áudio
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Como editar um áudio
  
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Duração: 6 h
  
  
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Linha 233: Linha 157:
  
  
Fortalecer  o  Núcleo de Produção de Conteúdo e o Núcleo de Formação Continuada, atuante no  processo de  multiplicação,
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No período da tarde teve continuidade a oficina de apropriação tecnológica com a instalação do telecentro da Casa do Boneco de Itacaré.
  
Realizar encontros em cada estado onde já existe um  Núcleo  de Formação, sempre  pensando  ações e  soluçõ
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Conteúdo da oficina:
Fortalecer  o  Núcleo de Produção de Conteúdo e o Núcleo de Formação Continuada, atuante no  processo de  multiplicação,
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Realizar encontros em cada estado onde já existe um Núcleo  de Formação, sempre  pensando  ações e  soluções culturais, locais e peculiares afim de efetivar trocas - intercambios, escambos - que através da  Rede construirão bases para a  estruturação,  alimentação  e  manutenção do Portal, como ferramenta fundamental do processo.
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Hardware - Como montar um computador;
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Software - Como instalar um sistema operacional (debian);
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Software - Como instalar programas;
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Hardware - Como fazer os cabos para conexão de internet;
  
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Duração: 6 h
  
Evidenciar os valores intrínsecos à cultura das comunidades quilombolas e comunidades tradicionais, tendo em vista a necessidade da difusão de suas práticas para que se consolidem como alternativas viáveis de sustentabilidade, considerando o manejo da terra, aspectos de meio ambiente, produção artesanal e manifestações culturais de aspecto artístico como bens que possuem valores agregados sendo práticas que participam da história de resistência desses povos revelando sua autonomia e potencial de transformação social.
 
  
==Justificativa==
 
  
É possível estruturar os produtos culturais da Rede Mocambos em acervos digitais tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana; a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.
 
  
Tendo isto em vista o apoio aqui solicitado será imprescindível para a garantia da estrutura inicial, que é a produção e organização do conteúdo, bem como dar continuidade ao levantamento de demandas e encontro de respostas dentro das comunidades, que já tem sido registrado em linguagens multimídias nos encontros da Rede Mocambos, que dará base para que seja possível a troca e a difusão de tais conteúdos entre as comunidades através de servidores locais que posteriormente poderão ser conectados à Internet.
 
  
Em curto prazo, através deste projeto, a rede funcionará como uma fonte de produção e organização de conteúdo local, e em médio-longo prazo como consulta para o público em geral. Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, além de garantir a solidez da produção de conteúdo (registro de suas práticas) dentro das comunidades. De maneira inovadora, o projeto realizará ações que fornecerão recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados entre as comunidades podendo posteriormente serem utilizados na formação sobre a cultura afro-brasileira.
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Com o fortalecimento das comunidades através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão, capacidade de reconhecimento e empoderamento do que são bens materiais e imateriais para que sejam registrados, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização, através da criação do acervo e da inserção de conteúdo no Portal da Rede Mocambos, bem como outros meios de difusão que a própria digitalização do conteúdo favorece, se estabelece uma afinidade com a lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas e fomenta a elaboração de material ligado a essa temática. Ou seja, ele traz a possibilidade que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta também no espaço digital.
 
  
As comunidades são aqui posicionadas como protagonistas da valorização histórica e cultural e é preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos; utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, será possível estruturar o processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. Há tradicionalmente na historiografia do Brasil um gesto de apagamento das iniciativas das comunidades negras em busca da liberdade e cidadania, com maior ênfase nos movimentos em prol da liberdade e direitos humanos.Este movimento de re-significação muda a perspectiva que tal historiografia insiste em perpetuar.
 
  
As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegure a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil.
 
  
A Rede Mocambos é uma iniciativa em andamento, articulada dentre diversas organizações em diferentes localidades. Seus Núcleos de trabalho têm diferentes estratégias de sustentabilidade, já em implementação.
 
  
Considerando que as comunidades tradicionais possuem um histórico de suas práticas que se estruturam como tradição, o fortalecimento institucional precisa ter imanente essa organização como um estabelecimento de inovação no que pode ser considerado fortalecimento de valores.
 
  
Tendo isto em vista, o fortalecimento precisa colocar a visão das comunidades como referência sendo ela uma das heranças que tais comunidades levam a cabo em suas vivências, uma visão que relaciona todas as práticas, ações e produções harmonicamente.Tal visão de mundo tem um aspecto civilizatório, ou seja faz parte do desenvolvimento político, social, econômico e de organização que não se fragmenta em burocracias e nem corresponde ao modelo econômico capitalista, mas enxerga a terra, todos os seres vivos, entre eles o ser humano, a organização coletiva, aspectos educativos e de estruturação cultural como uma relação intrínseca às decisões, ações, práticas e produções de tecnologias sociais, econômicas, políticas e culturais.
 
  
Esta visão, fomentada e vivida pelas comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais no Brasil, possibilita compreender que o fortalecimento institucional e desenvolvimento socioeconômico se dá com o fortalecimento das práticas já desenvolvidas e respostas já encontradas para demandas observadas pelas comunidades para continuar existindo, garantindo sua autonomia e a valorização de suas criações, em todos os campos de suas práticas que se inter-relacionam.
 
  
Neste sentido o projeto contribui com a visão das comunidades que traz a compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência e a Rede é um organismo que se estrutura neste olhar criando mecanismos para este desenvolvimento.
 
  
Na realidade das comunidades sua riqueza está relacionada ao território, conquistado e trabalhado de forma comunitária, a produção dos bens e a relação de troca vivenciada por estas comunidades.
 
  
Muito para além do modo capitalista de produção e de consumo, as práticas realizadas nas comunidades valorizam uma produção que não tende a se estabelecer como acúmulo de mercadoria e obtenção de dinheiro como a maior moeda de troca para um consumo exacerbado de produtos que nem mesmo tem a ver com vida nas comunidades, mas sim fazer ver que os valores gerados dentro das comunidades tem grande potencial de troca que pode garantir a sustentabilidade delas.
 
  
Trata-se assim de conhecer de que forma é a produção para realizar trocas de saberes, e como tais bens serão fornecidos para a troca, aliás formas criadas pelas próprias comunidades, levando também em conta a necessidade da continuidade de suas práticas em gestão do território, produção agrícola, artesanal entre outras para garantir sua sustentabilidade através da comercialização de seus produtos de forma não predatória e colaborativa, garantindo a permanência dos recursos.
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02 de Maio
  
==Metodologia==
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Pela manhã houve a realização de reunião de articulação de comunicação comunitária, sobre produção e troca do conteúdo produzido e que está em processo de produção dentro do projeto em questão.
  
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Pela noite realizamos as reunião de avaliação do projeto.
  
'''A Rede Mocambos''' em suas ações se baseia nos '''Núcleos de Formação Continuada''' que contribuem com o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais com o registro das diversas práticas gerando conteúdo para ser organizado afim de ser compartilhado entre as comunidades inicialmente e depois seja difundido através da Internet.
 
  
São constituídos por três frentes: '''Núcleo de Produção de Conteúdos e Pedagogias''', metodologia para a produção de conteúdos locais baseadas em modelos de pesquisa participativa. Para sistematizar o conhecimento relativo à complexidade da produção de conteúdo local em situações reais de uso e produção, neste encontro, um representante em cada grupo de trabalho se dedicará à produção de recursos didáticos para formação, além de capacitação para produção de recursos digitais. Estes serão multiplicadores para a continuidade do projeto. Tais metodologias de pesquisa são inovações educacionais e priorizam a identificação de problemas e situações identificados, na comunidade específica, como ponto de partida para o desenvolvimento de tecnologias e técnicas de ensino. Utilizando os atores locais como parceiros de pesquisa de longo prazo, o espaço se transforma em um laboratório de pesquisa autêntico garantindo maior valor aos resultados identificados. É possível então, obter uma série de informações sobre barreiras e fatores de sucesso que podem ser compartilhados gerando modelos; e em instância final, teorias sobre a apropriação tecnológica.  para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas livres e socialmente acessíveis para produção, organização e divulgação de conteúdo.
 
  
'''Núcleo de Formação Continuada''' este núcleo tem como enfoque o reconhecimento do valor da cultura local, tal reconhecimento será feito paulatinamente em nível regional, nacional e mundial. O Projeto aposta em uma crítica epistemológica à interpretação corrente que legitima a produção de conteúdo exclusivamente no espaço intra-muros da universidade. O acesso à cultura também pode ser feito dando condições às comunidades de terem voz e escrita próprias. E aqui nos referimos ao acesso à produção cultural e à produção da reflexão, e não apenas ao consumo do conteúdo disponível on line.Aqui o trabalho na formação de recursos humanos das próprias comunidades que poderão identificar o que pode ser registrado e difundido, possibilita que existam as condições das comunidades verem suas práticas culturais reconhecidas formalmente como parte do tesouro da cultura nacional.
 
  
'''Núcleo de Desenvolvimento Digital''' tem como meta a estruturação das condições materiais para a produção de acervos. Trata-se da concepção, desenvolvimento e implementação de uma arquitetura distribuída, voltada para a integração de redes locais mesmo em localidades nas quais a conexão à internet seja instável, lenta ou intermitente. Parte-se da experiência acumulada pela Rede Mocambos, que trabalha com a integração de duzentas comunidades em todas as regiões do país através da apropriação de tecnologias, considerando pontos críticos em que a precariedade do acesso à internet se torna um impeditivo para a efetiva comunicação entre essas comunidades. Este núcleo parte do pressuposto de que não basta usar tecnologias de informação já existentes - precisamos moldar o próprio desenvolvimento dessas tecnologias para que atendam às demandas da sociedade. E adota como princípio básico e metodologia de trabalho, os fundamentos do software livre - tanto na gestão das equipes de trabalho quanto nas soluções tecnológicas que utilizará. Para tanto, baseado nas experiências da rede está em desenvolvimento uma arquitetura e um “kit” de baixo custo que poderá ser adquirido ou montado por cada grupo, com base nos recursos existentes. O modelo para o kit é constituído de um servidor de baixo custo e equipamento para produção de áudio, vídeo, fotos, e digitalização de recursos existentes.Os conteúdos digitalizados e organizados em acervos comporão bibliotecas digitais representativas dos saberes das comunidades e estarão hospedadas em servidores locais utilizando hardware aberto e de baixo custo (um protótipo está em desenvolvimento utilizando hardware de baixo custo como a plataforma Raspberry Pi (http://www.raspberrypi.org) no CLE/UNICAMP) e software livre ([www.greenstone.org Greenstone]). Estes serão sincronizados através do uso de protocolos abertos para troca de metadados (OAI-PMH, git e git-annex). As coleções poderão conter as mídias já disponíveis mas também contemplam as mídias que serão geradas durante o curso do projeto. Para tanto, será base uma metodologia para criação de coleções digitais baseado no trabalho desenvolvido no CLE através do Grupo de Trabalho Multilinguismo no Mundo Digital (cf. Wanderley, 2010). O processo de construção de coleções digitais é desenvolvido desde 2009 neste projeto com alunos de ensino médio, através do CNPq com o Programa de Iniciação Científica Júnior/PICJr. Ele permite verificar a possibilidade do cidadão com letramento médio poder criar, organizar e disponibilizar conteúdo de forma livre, enfim organizar seus interesses particulares de forma metódica em coleções digitais. Permite igualmente que se façam os recortes necessários para que as coleções digitais contemplem o assunto de interesse do usuário, sem que estejam "coladas" ao sistema de áreas e disciplinas acadêmicas. Ou seja, é possível coletar, gerar e tratar informação com temas chamados academicamente de "transversais", de forma a responderem ao conjunto de saberes reconhecidos pelas comunidades, ao mesmo tempo que permite uma interlocução multidisciplinar com a academia. As coleções terão interface com o sistema de geo-referenciamento criado no âmbito do projeto Mocambos. O mapa interativo inclui informações atualizadas das comunidades e será mapeado de maneira integrada para incluir as coleções digitais. Efetivamente, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital terá como meta estruturar os recursos digitais produzidos localmente para criação de material didático sobre os temas de maior interesse local. Em primeira instância, buscaremos a produção de recursos educacionais com temas relacionados as culturas tradicionais, de utilidade não somente para as próprias comunidades, bem como para a educação formal como um todo.
+
   
  
Neste projeto serão fortalecidos os núcleos de produção de conteúdo e o de formação continuada, trabalhando em conteúdos já existentes, capitados nas comunidades e realizar novos registros multimídia, bem como trabalhar conteúdos relativos a outras tecnologias que precisam ser conhecidas e desenvolvidas de acordo com a comunidade específica.
 
  
No núcleo de produção de conteúdo, haverá formação de base e terá como lugar de encontro a Casa de Cultura Tainã; será a primeira ação a ser realizada com duração de 15 dias. Consiste em estruturar três frentes: 1) a organização de uma rede para a construção de uma estrutura para reconhecimento e troca de recursos digitais e de conhecimentos; 2) estrutura para realização de formação continuada e 3) bases para formação de recursos humanos ligada à produção e à disseminação de conteúdo produzido localmente - Deste encontro, através de tais frentes, será elaborado um tutorial para servir como exemplo para formação nas comunidades.
 
  
Neste encontro haverá também formação para construir e encaminhar acervo para biblioteca digital, bem como a produção de notícias para o Portal da Rede Mocambos e migrar o portal para outra ferramenta, levando em conta o design e arquitetura, e para a organização do Mapa de Geo-referenciamento para descrição das comunidades no mapa.
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Principais Pontos abordados:
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Siconv
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Gestão Compartilhada
 +
Comunicação
 +
Produção de conteúdo
 +
Legado da Rede Mocambos
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Vídeo relatório
  
A segunda ação está relacionada ao núcleo de formação continuada, serão realizados encontros em cada comunidade participante para levantamento da situação de cada uma delas com a intenção de organizar uma estrutura para resgatar, divulgar e compartilhar as produções linguísticas, filosóficas e culturais das matrizes africanas que participam na formação da cultura brasileira para fortalecer as potencialidades técnica e operacional das organizações representativas dos povos e comunidades tradicionais locais em uma ação de formação educacional Acontecerá uma em cada comunidade participante, é a '''Pajelança Quilombolica''' uma vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente, trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos.Além de uma oficina de cultura e tecnologia, é uma vivência transformadora sobre identidade que remete ao passado, presente e futuro e sobre o que as ações podem influenciar no que pretende ser deixado para a posteridade.
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A roda de conversa teve início com toques de tambores, em seguida algumas pessoas presentes, colocaram seu olhar sobre o processo avaliativo proposto, bem como sobre algumas dificuldades encontradas durante a gestão e os pontos positivos e estruturantes do processo de desenvolvimento do projeto.
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Um ponto fundamental foi a discussão sobre o conteúdo registrado e finalizado durante o projeto, se configurando como parte do legado da Rede Mocambos.
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Outro aspecto abordado foi a questão do material que será entregue para a SEPPIR, ficou definido que os vídeos relatórios serão clipes das pajelanças realizadas.
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Uma questão muito abordada foi o fato do convênio com a SEPPIR ter sido feito através do SICONV, ferramenta com várias funcionalidades que poucas pessoas sabem como mexer, esta ferramenta trouxe muitas dificuldades pela falta de formação adequada sobre como ela funciona, um processo que poderia ter sido mais simples ficou mais complicado por causa da intermediação dessa ferramenta.
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A responsabilidade pela luta foi um tema muito presente nas falas dos mestres, principalmente no que se refere a relação com o poder público, para a manutenção da crítica, como por exemplo a crítica ao fato da ferramenta para parceria e convênio com o governo só funcionar on line.
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As zonas de conforto que a sociedade de consumo busca valorizar recebeu crítica no sentido de que esta enfraquece a luta, as pessoas querem consumir, sanar um desejo imediato, sendo que a luta dos movimentos sociais são principalmente a longo prazo, é preciso superar a ansiedade e os valores superficiais do capitalismo.
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Um olhar relevante foi a crítica diante das falhas de comunicação entre a equipe do projeto durante o seu processo, dificuldade que precisa ser avaliada, sendo a Rede Mocambos uma rede de comunicação, precisa aprimorar e cuidar dessa dimensão.
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A conclusão da avaliação realizada pelo grupo de pessoas presentes de indica que as ações de apropriação tecnológica foram aprofundadas junto à integrantes de comunidades rurais e urbanas, no uso das ferramenta da rede, especialmente a wiki, página colaborativa da rede (acs.taina.net.br). A busca agora precisa ser a de aprimorar a maneira de fazer as coisas como foram evidenciadas durante esse projeto.
  
O terceiro passo é a ação dos multiplicadores em suas comunidades afim de registrar e organizar o conteúdo produzido, com autonomia para definir o que é relevante para ser registrado e organizado, deste modo contribuir para um olhar emancipatório tendo como referencia o próprio envolvimento do multiplicador com a comunidade para avaliar o que precisa ser registrado, transmitido e difundido.Os eixos que já são terrenos de trabalho e reflexão dentro da Rede Mocambos são 4: Rede de Comunicação Compartilhada, Gestão de Território, Sustentabilidade e Cultura Popular, sendo assim, além dos levantamentos peculiares a cada situação encontrada pelos multiplicadores, tais eixos são prioritários.Sequencialmente, a terceira ação são as realizações dos multiplicadores em acompanhar as práticas e produções das comunidades localmente.
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03 de Maio
  
Concomitante à terceira ação, a quarta ação será de eleger os conteúdos que serão compartilhados e colocá-los no Portal da Rede Mocambos e acompanhar os conteúdos que serão postados no Portal considerando aspectos técnicos como, por exemplo, tamanho do arquivo e relação com a proposta do projeto.
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Teve início a oficina de vídeo pela manhã com uma organização das atividades ligadas à oficina.
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Conteúdo da oficina:
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Como elaborar uma entrevista;
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Como escolher um lugar para realizar a entrevista;
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Como improvisar um tripé e um mono pé;
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Escolha do enquadramento;
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Funcionalidades da câmera – zoom , foco, gravar;
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Todo esse processo foi prático, o grupo escolheu as pessoas que foram entrevistadas – Joelson, do Assentamento Terra Vista e TC Silva, da Casa de Cultura Tainã.
  
A avaliação, é a quarta ação, e será um encontro para compartilhar o desenvolvimento do trabalho dentro de cada comunidade, levantando dificuldades e respostas encontradas, apontando as mudanças feitas para adequação a cada realidade, que tipo de produto foi produzido e como foi produzido bem como o impacto social da proposta e a adesão dos membros da comunidade no desenvolvimento das atividades um encontro para avaliação, onde multiplicadores de todas as comunidades participantes se reunirão para troca de experiências e compartilhamento de avaliação crítica do trabalho, considerando todos os aspectos e caminhos percorridos para as realizações.
 
  
==Resultados esperados==
 
  
Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos, este processo terá a duração de 9 meses, ou seja durante todo o projeto esta estruturação será vigente;  tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições das comunidades quilombolas considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas. Divulgar os bens produzidos nas comunidades afim de inseri-los em espaços de comercialização.
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Durante a realização do projeto estes resultados poderão ser contemplados, já que em sua primeira etapa, que durará 15 dias, haverá a sistematização de conteúdo já captado nas comunidades - existe bastante material - o que contribui para a elaboração de um tutorial que será compartilhado entre as comunidades para que sirva de modelo para a sistematização dos conteúdos locais; nas etapas dentro das comunidades, descritas na metodologia e no cronograma físico do projeto, também será possível visualizar os resultados. Serão registradas as práticas locais e tais conteúdos serão selecionados e organizados autonomamente pelos multiplicadores nas comunidades, tal processo terá a duração de 5 meses e terá como resultado a estruturação de saberes de todas as comunidades envolvidas.
 
  
==Cronograma Físico==
 
  
'''Primeira etapa'''
 
  
'''Formação de base'''
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Em seguida foi apresentado para o grupo a software de edição kdenlive, as e os participantes assistiram ao resultado da gravação, escolhendo depois as cenas e o modelo de letreiros para inserir créditos e ficha técnica no fim do vídeo.
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A vivência em edição de vídeo foi complementar aos conhecimentos prévios do grupo, provocando cada vez mais o olhar para o registro, no sentido estético e também do conteúdo político, bem como despertando os cuidados necessários para a criação de um bom vídeo, como a qualidade do áudio e a estabilidade da imagem.
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Esta foi a última atividade da oficina, algumas pessoas seguiram para o Assentamento Terra Vista, em Arataca, para dar continuidade às formações sobre a rede de servidores locais eventualmente conectados – Baobáxia.
  
Meta:organizar os conteúdos produzidos pelas comunidades em encontro inicial de formação de base;
 
  
*Acervo/ biblioteca - para organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.
 
  
* Notícias Portal - Como inserir notícias no Portal da Rede Mocambos, pensar e elaborar uma nova interface considerando a questão visual,
 
  
* Mapa / organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as comunidades,
 
  
'''Segunda etapa'''
 
  
Meta: Pajelança - Encontros nas comunidades a fim de discutir e refletir sobre a situação de cada comunidade bem como o levantamento de proposta dentro das linhas de trabalho que cada comunidade segue;
 
  
'''Terceira etapa'''
 
  
Meta: Multiplicadores - serão definidos multiplicadores em cada comunidade para gerir a produção e realização das propostas encaminhadas dentro das linhas de trabalho tais linhas são:
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artista fractal negro http://fineartamerica.com/featured/ampersand-kerry-mitchell.html
  
(será feito contato para conhecer quem gostaria de ser multiplicador)
 
  
#Rede de Comunicação Comunitária
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novidades-plantamundo.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html
#Cultura Popular
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#Gestão do território - Vale do Ribeira
+
#Sustentabilidade
+
  
'''Quarta etapa'''
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=Projeto de Leitura e Organização de Acervo Tainã=
  
Meta: Avaliação Crítica do trabalho - Durante o desenvolvimento da terceira etapa, os multiplicadores realizarão encontros de avaliação para o registro e sistematização do trabalho em andamento, bem como seu aprimoramento;
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Atividades
  
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- Fomento à leitura através de biblioteca itinerante
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- Ações de contação de história e oficina de ilustração.
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- Oficinas de Roteiro
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- Oficinas de Leitura Dramática
  
'''Quinta etapa'''
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=Levantamento=
  
Meta: Avaliação Geral
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==Metodologia==
  
es culturais, locais e peculiares afim de efetivar trocas -  intercambios, escambos -  que através da  Rede construirão bases para a  estruturação,  alimentação  e  manutenção do Portal, como ferramenta fundamental do processo.
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Textos composto de frases retiradas dos conteúdos existentes na wiki.
  
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“Pajelança Quilombólica Digital”, que objetiva fortalecer o conhecimento e empoderamento do saber livre a partir da visão africana.
  
Evidenciar os valores intrínsecos à cultura das comunidades quilombolas e comunidades tradicionais, tendo em vista a necessidade da difusão de suas práticas para que se consolidem como alternativas viáveis de sustentabilidade, considerando o manejo da terra, aspectos de meio ambiente, produção artesanal e manifestações culturais de aspecto artístico como bens que possuem valores agregados sendo práticas que participam da história de resistência desses povos revelando sua autonomia e potencial de transformação social.
+
terreiro de chão batido
  
==Justificativa==
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=Pajelança Sul=
  
É possível estruturar os produtos culturais da Rede Mocambos em acervos digitais tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana; a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.
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Dia 22 de Outubro de 2013
  
Tendo isto em vista o apoio aqui solicitado será imprescindível para a garantia da estrutura inicial, que é a produção e organização do conteúdo, bem como dar continuidade ao levantamento de demandas e encontro de respostas dentro das comunidades, que já tem sido registrado em linguagens multimídias nos encontros da Rede Mocambos, que dará base para que seja possível a troca e a difusão de tais conteúdos entre as comunidades através de servidores locais que posteriormente poderão ser conectados à Internet.
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Roda de Conversa sobre religiosidade de matriz africana no Rio Grande do Sul
  
Em curto prazo, através deste projeto, a rede funcionará como uma fonte de produção e organização de conteúdo local, e em médio-longo prazo como consulta para o público em geral. Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, além de garantir a solidez da produção de conteúdo (registro de suas práticas) dentro das comunidades. De maneira inovadora, o projeto realizará ações que fornecerão recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados entre as comunidades podendo posteriormente serem utilizados na formação sobre a cultura afro-brasileira.
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A conversa foi iniciada com um canto para Xango (confirmar, orixá do dia,) e para Exúl puxado por mestre Jorge Rasta.
  
Com o fortalecimento das comunidades através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão, capacidade de reconhecimento e empoderamento do que são bens materiais e imateriais para que sejam registrados, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização, através da criação do acervo e da inserção de conteúdo no Portal da Rede Mocambos, bem como outros meios de difusão que a própria digitalização do conteúdo favorece, se estabelece uma afinidade com a lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas e fomenta a elaboração de material ligado a essa temática. Ou seja, ele traz a possibilidade que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta também no espaço digital.  
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Mestre Paraquedas falou um pouco sobre as características étnicas da formação do povo negro no Rio Grande do Sul. O local por ser frio,recebia negras e negros rebeldes, desobedientes, castigados com o frio do lugar. Muitos morreram e muitos viveram.  
  
As comunidades são aqui posicionadas como protagonistas da valorização histórica e cultural e é preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos; utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, será possível estruturar o processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. Há tradicionalmente na historiografia do Brasil um gesto de apagamento das iniciativas das comunidades negras em busca da liberdade e cidadania, com maior ênfase nos movimentos em prol da liberdade e direitos humanos.Este movimento de re-significação muda a perspectiva que tal historiografia insiste em perpetuar.  
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Por causa disso, a diversidade étnica é muito grande, nas relações entre diversas etnias, os fundamentos rituais se misturavam, formando diversas fusões.
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Jorge Rasta lembrou que o que houve no sul foi o mesmo que acontece na áfrica, as fusões de diversas p ráticas rituais.
  
As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegure a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil.
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A conversa se desdobrou sobre a dimensão dos rituais ligados aos orixás e a dimensão da história da áfrica, dos diversos países e etnias deste continente, que precisam ser distinguida.
  
A Rede Mocambos é uma iniciativa em andamento, articulada dentre diversas organizações em diferentes localidades. Seus Núcleos de trabalho têm diferentes estratégias de sustentabilidade, já em implementação.  
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Iara salientou que as religiões de matriz africana se relacionam com a mitologia africana, dentro da mitologia africana estão os orixás que são cultuados na religião.
  
Considerando que as comunidades tradicionais possuem um histórico de suas práticas que se estruturam como tradição, o fortalecimento institucional precisa ter imanente essa organização como um estabelecimento de inovação no que pode ser considerado fortalecimento de valores.
 
  
Tendo isto em vista, o fortalecimento precisa colocar a visão das comunidades como referência sendo ela uma das heranças que tais comunidades levam a cabo em suas vivências, uma visão que relaciona todas as práticas, ações e produções harmonicamente.Tal visão de mundo tem um aspecto civilizatório, ou seja faz parte do desenvolvimento político, social, econômico e de organização que não se fragmenta em burocracias e nem corresponde ao modelo econômico capitalista, mas enxerga a terra, todos os seres vivos, entre eles o ser humano, a organização coletiva, aspectos educativos e de estruturação cultural como uma relação intrínseca às decisões, ações, práticas e produções de tecnologias sociais, econômicas, políticas e culturais.
 
  
Esta visão, fomentada e vivida pelas comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais no Brasil, possibilita compreender que o fortalecimento institucional e desenvolvimento socioeconômico se dá com o fortalecimento das práticas já desenvolvidas e respostas já encontradas para demandas observadas pelas comunidades para continuar existindo, garantindo sua autonomia e a valorização de suas criações, em todos os campos de suas práticas que se inter-relacionam.
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A apropriação de elementos da religiosidade afrobrasileira por outras religiões (descarrego, falar em línguas, raspar a cabeça).
  
Neste sentido o projeto contribui com a visão das comunidades que traz a compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência e a Rede é um organismo que se estrutura neste olhar criando mecanismos para este desenvolvimento.
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=Planejamento NFC Tainã=
  
Na realidade das comunidades sua riqueza está relacionada ao território, conquistado e trabalhado de forma comunitária, a produção dos bens e a relação de troca vivenciada por estas comunidades.
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Novembro/2013
  
Muito para além do modo capitalista de produção e de consumo, as práticas realizadas nas comunidades valorizam uma produção que não tende a se estabelecer como acúmulo de mercadoria e obtenção de dinheiro como a maior moeda de troca para um consumo exacerbado de produtos que nem mesmo tem a ver com vida nas comunidades, mas sim fazer ver que os valores gerados dentro das comunidades tem grande potencial de troca que pode garantir a sustentabilidade delas.
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Organização do Quilombo
  
Trata-se assim de conhecer de que forma é a produção para realizar trocas de saberes, e como tais bens serão fornecidos para a troca, aliás formas criadas pelas próprias comunidades, levando também em conta a necessidade da continuidade de suas práticas em gestão do território, produção agrícola, artesanal entre outras para garantir sua sustentabilidade através da comercialização de seus produtos de forma não predatória e colaborativa, garantindo a permanência dos recursos.
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Primeira Semana - Planejamento da Catalogação do Acervo da Biblioteca;  Plano para arrecadar fundo para comprar as tintas, convidar grafiteiros- fazer um plano coletivo de ambientação. Planejamento para a data da apresentação do Duckery Duo, articular visita à escola para convidar para a apresentação, Planejar a recepção da visita do CCJ no dia 24, domingo.  
  
==Metodologia==
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Conhecer a agenda dos outros espaços.
  
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Planejamento Formação em Apropriação tecnológica na Tainã (articular com a Regina(Cafundó), Roberto(Brotas), Jaime (Ilhas), Jaó, data, transporte, nomes, alimentação - tirar uma data em Dezembro).
  
'''A Rede Mocambos''' em suas ações se baseia nos '''Núcleos de Formação''' que contribuem com o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais com o registro das diversas práticas gerando conteúdo para ser organizado afim de ser compartilhado entre as comunidades inicialmente e depois seja difundido através da Internet.
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Segunda Semana - Continuidade da Organização do Acervo Digital da Tainã, comprar um HD de 3T.
  
São constituídos por três frentes: '''Núcleo de Produção de Conteúdo''', metodologia para a produção de conteúdos locais baseadas em modelos de pesquisa participativa. Para sistematizar o conhecimento relativo à complexidade da produção de conteúdo local em situações reais de uso e produção, neste encontro, um representante em cada grupo de trabalho se dedicará à produção de recursos didáticos para formação, além de capacitação para produção de recursos digitais. Estes serão multiplicadores para a continuidade do projeto. Tais metodologias de pesquisa são inovações educacionais e priorizam a identificação de problemas e situações identificados, na comunidade específica, como ponto de partida para o desenvolvimento de tecnologias e técnicas de ensino. Utilizando os atores locais como parceiros de pesquisa de longo prazo, o espaço se transforma em um laboratório de pesquisa autêntico garantindo maior valor aos resultados identificados. É possível então, obter uma série de informações sobre barreiras e fatores de sucesso que podem ser compartilhados gerando modelos; e em instância final, teorias sobre a apropriação tecnológica.  para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas livres e socialmente acessíveis para produção, organização e divulgação de conteúdo.
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Terceira Semana - Revitalização da Biblioteca.
  
'''Núcleo de Formação Continuada''' este núcleo tem como enfoque o reconhecimento do valor da cultura local, tal reconhecimento será feito paulatinamente em nível regional, nacional e mundial. O Projeto aposta em uma crítica epistemológica à interpretação corrente que legitima a produção de conteúdo exclusivamente no espaço intra-muros da universidade. O acesso à cultura também pode ser feito dando condições às comunidades de terem voz e escrita próprias. E aqui nos referimos ao acesso à produção cultural e à produção da reflexão, e não apenas ao consumo do conteúdo disponível on line.Aqui o trabalho na formação de recursos humanos das próprias comunidades que poderão identificar o que pode ser registrado e difundido, possibilita que existam as condições das comunidades verem suas práticas culturais reconhecidas formalmente como parte do tesouro da cultura nacional.
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Quarta Semana - Vinda do rei Julio.
  
'''Núcleo de Desenvolvimento Digital'''  tem como meta a estruturação das condições materiais para a produção de acervos. Trata-se da concepção, desenvolvimento e implementação de uma arquitetura distribuída, voltada para a integração de redes locais mesmo em localidades nas quais a conexão à internet seja instável, lenta ou intermitente. Parte-se da experiência acumulada pela Rede Mocambos, que trabalha com a integração de duzentas comunidades em todas as regiões do país através da apropriação de tecnologias, considerando pontos críticos em que a precariedade do acesso à internet se torna um impeditivo para a efetiva comunicação entre essas comunidades. Este núcleo parte do pressuposto de que não basta usar tecnologias de informação já existentes - precisamos moldar o próprio desenvolvimento dessas tecnologias para que atendam às demandas da sociedade. E adota como princípio básico e metodologia de trabalho, os fundamentos do software livre - tanto na gestão das equipes de trabalho quanto nas soluções tecnológicas que utilizará. Para tanto, baseado nas experiências da rede está em desenvolvimento uma arquitetura e um “kit” de baixo custo que poderá ser adquirido ou montado por cada grupo, com base nos recursos existentes. O modelo para o kit é constituído de um servidor de baixo custo e equipamento para produção de áudio, vídeo, fotos, e digitalização de recursos existentes.Os conteúdos digitalizados e organizados em acervos comporão bibliotecas digitais representativas dos saberes das comunidades e estarão hospedadas em servidores locais utilizando hardware aberto e de baixo custo (um protótipo está em desenvolvimento utilizando hardware de baixo custo como a plataforma Raspberry Pi (http://www.raspberrypi.org) no CLE/UNICAMP) e software livre ([www.greenstone.org Greenstone]). Estes serão sincronizados através do uso de protocolos abertos para troca de metadados (OAI-PMH, git e git-annex). As coleções poderão conter as mídias já disponíveis mas também contemplam as mídias que serão geradas durante o curso do projeto. Para tanto, será base uma metodologia para criação de coleções digitais baseado no trabalho desenvolvido no CLE através do Grupo de Trabalho Multilinguismo no Mundo Digital (cf. Wanderley, 2010). O processo de construção de coleções digitais é desenvolvido desde 2009 neste projeto com alunos de ensino médio, através do CNPq com o Programa de Iniciação Científica Júnior/PICJr. Ele permite verificar a possibilidade do cidadão com letramento médio poder criar, organizar e disponibilizar conteúdo de forma livre, enfim organizar seus interesses particulares de forma metódica em coleções digitais. Permite igualmente que se façam os recortes necessários para que as coleções digitais contemplem o assunto de interesse do usuário, sem que estejam "coladas" ao sistema de áreas e disciplinas acadêmicas. Ou seja, é possível coletar, gerar e tratar informação com temas chamados academicamente de "transversais", de forma a responderem ao conjunto de saberes reconhecidos pelas comunidades, ao mesmo tempo que permite uma interlocução multidisciplinar com a academia. As coleções terão interface com o sistema de geo-referenciamento criado no âmbito do projeto Mocambos. O mapa interativo inclui informações atualizadas das comunidades e será mapeado de maneira integrada para incluir as coleções digitais. Efetivamente, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital terá como meta estruturar os recursos digitais produzidos localmente para criação de material didático sobre os temas de maior interesse local. Em primeira instância, buscaremos a produção de recursos educacionais com temas relacionados as culturas tradicionais, de utilidade não somente para as próprias comunidades, bem como para a educação formal como um todo.
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=Vídeos e áudios do IV Encontro Nacional da Rede Mocambos=
  
Neste projeto serão fortalecidos os núcleos de produção de conteúdo e o de formação continuada, trabalhando em conteúdos já existentes, capitados nas comunidades e realizar novos registros multimídia, bem como trabalhar conteúdos relativos a outras tecnologias que precisam ser conhecidas e desenvolvidas de acordo com a comunidade específica.
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http://www.mocambos.net/pt-br/weblog/2013/06/03/video-do-encontro/
  
No núcleo de produção de conteúdo, haverá formação de base e terá como lugar de encontro a Casa de Cultura Tainã; será a primeira ação a ser realizada com duração de 15 dias. Consiste em estruturar três frentes: 1) a organização de uma rede para a construção de uma estrutura para reconhecimento e troca de recursos digitais e de conhecimentos; 2) estrutura para realização de formação continuada e 3) bases para formação de recursos humanos ligada à produção e à disseminação de conteúdo produzido localmente - Deste encontro, através de tais frentes, será elaborado um tutorial para servir como exemplo para formação nas comunidades.
 
  
Neste encontro haverá também formação para construir e encaminhar acervo para biblioteca digital, bem como a produção de notícias para o Portal da Rede Mocambos e migrar o portal para outra ferramenta, levando em conta o design e arquitetura, e para a organização do Mapa de Geo-referenciamento para descrição das comunidades no mapa.
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http://www.mocambos.net/pt-br/weblog/2013/06/01/ivenrm-gravando-no-estudio-da-taina/
  
A segunda ação está relacionada ao núcleo de formação continuada, serão realizados encontros em cada comunidade participante para levantamento da situação de cada uma delas com a intenção de organizar uma estrutura para resgatar, divulgar e compartilhar as produções linguísticas, filosóficas e culturais das matrizes africanas que participam na formação da cultura brasileira para fortalecer as potencialidades técnica e operacional das organizações representativas dos povos e comunidades tradicionais locais em uma ação de formação educacional Acontecerá uma em cada comunidade participante, é a '''Pajelança Quilombolica''' uma vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente, trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos.Além de uma oficina de cultura e tecnologia, é uma vivência transformadora sobre identidade que remete ao passado, presente e futuro e sobre o que as ações podem influenciar no que pretende ser deixado para a posteridade.
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=Demandas urgentes=
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Elaborar RELATÓRIO URGENTE das ações realizadas na Casa de Cultura Tainã, algumas delas:
  
O terceiro passo é a ação dos multiplicadores em suas comunidades afim de registrar e organizar o conteúdo produzido, com autonomia para definir o que é relevante para ser registrado e organizado, deste modo contribuir para um olhar emancipatório tendo como referencia o próprio envolvimento do multiplicador com a comunidade para avaliar o que precisa ser registrado, transmitido e difundido.Os eixos que já são terrenos de trabalho e reflexão dentro da Rede Mocambos são 4: Rede de Comunicação Compartilhada, Gestão de Território, Sustentabilidade e Cultura Popular, sendo assim, além dos levantamentos peculiares a cada situação encontrada pelos multiplicadores, tais eixos são prioritários.Sequencialmente, a terceira ação são as realizações dos multiplicadores em acompanhar as práticas e produções das comunidades localmente.
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Plantio do Baobá na escola Heitor Federic em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas;
  
Concomitante à terceira ação, a quarta ação será de eleger os conteúdos que serão compartilhados e colocá-los no Portal da Rede Mocambos e acompanhar os conteúdos que serão postados no Portal considerando aspectos técnicos como, por exemplo, tamanho do arquivo e relação com a proposta do projeto.
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Plantio de 3 Baobás na Fazenda 3 pontes, em ocasião do tombamento da fazenda.
  
A avaliação, é a quarta ação, e será um encontro para compartilhar o desenvolvimento do trabalho dentro de cada comunidade, levantando dificuldades e respostas encontradas, apontando as mudanças feitas para adequação a cada realidade, que tipo de produto foi produzido e como foi produzido bem como o impacto social da proposta e a adesão dos membros da comunidade no desenvolvimento das atividades um encontro para avaliação, onde multiplicadores de todas as comunidades participantes se reunirão para troca de experiências e compartilhamento de avaliação crítica do trabalho, considerando todos os aspectos e caminhos percorridos para as realizações.
+
Pedagogia do encantamento novamente na escola Heitor Federic, apresentação da Cora e Balafon, e steel drum.
  
==Resultados esperados==
+
Ações do desenvolvimento junto com o Junior, Vince.
  
Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos, este processo terá a duração de 9 meses, ou seja durante todo o projeto esta estruturação será vigente;  tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições das comunidades quilombolas considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas. Divulgar os bens produzidos nas comunidades afim de inseri-los em espaços de comercialização.
+
Documentar os conteúdos elaborados na Tainã, como o site do Aluízio Jeremias e o site Natureza e Arte.
  
Durante a realização do projeto estes resultados poderão ser contemplados, já que em sua primeira etapa, que durará 15 dias, haverá a sistematização de conteúdo já captado nas comunidades - existe bastante material - o que contribui para a elaboração de um tutorial que será compartilhado entre as comunidades para que sirva de modelo para a sistematização dos conteúdos locais; nas etapas dentro das comunidades, descritas na metodologia e no cronograma físico do projeto, também será possível visualizar os resultados. Serão registradas as práticas locais e tais conteúdos serão selecionados e organizados autonomamente pelos multiplicadores nas comunidades, tal processo terá a duração de 5 meses e terá como resultado a estruturação de saberes de todas as comunidades envolvidas.
 
  
==Cronograma Físico==
+
Contabilidade
 +
Elaborar contrato
 +
Cobrar documentos
  
'''Primeira etapa'''
 
  
'''Formação de base'''
+
Pauta Avaliação da Pajelança Quilombólica na Casa de Cultura Tainã, do dia 1 ao dia 11 de Setembro de 2013
  
Meta:organizar os conteúdos produzidos pelas comunidades em encontro inicial de formação de base;
+
Telecentros BR.
  
*Acervo/ biblioteca - para organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.
+
Pajelança
  
* Notícias Portal - Como inserir notícias no Portal da Rede Mocambos, pensar e elaborar uma nova interface considerando a questão visual,
+
Fortalecer os valores da Rede MOcambos nas comunidades.
  
* Mapa / organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as comunidades,
+
A comunidade morada da paz não tem telecentro e não tem conexão GESAC. Qual o suporte para a morada?
  
'''Segunda etapa'''
+
Qual o suporte estrutural que o governo vai dar para o reconvênio? Queremos a estrutura. Qual é estrutura para fazer um levantamento.
  
Meta: Pajelança - Encontros nas comunidades a fim de discutir e refletir sobre a situação de cada comunidade bem como o levantamento de proposta dentro das linhas de trabalho que cada comunidade segue;
+
Qual fortalecimento institucional que teremos para negociar e decidir coisas importantes pra rede?
  
'''Terceira etapa'''
+
Só a rede pode dizer o que agente precisa.
  
Meta: Multiplicadores - serão definidos multiplicadores em cada comunidade para gerir a produção e realização das propostas encaminhadas dentro das linhas de trabalho tais linhas são:
+
Fortalecimento das ações locais, e fortalecimento da Tainã, que pode ser considerada um Núcleo central.
  
(será feito contato para conhecer quem gostaria de ser multiplicador)
+
Discutir um modelo de ação para a apropriação da política dos telecentros, de que forma esse convênio vai ser feito? Como a rede vai gerenciar esse processo?
  
#Rede de Comunicação Comunitária
+
A proposta é fazer um levantamento dos telecentros BR, qual é o diagnóstico?
#Cultura Popular
+
#Gestão do território - Vale do Ribeira
+
#Sustentabilidade
+
  
'''Quarta etapa'''
+
Qual é o papel da rede em relação as organizações públicas?
  
Meta: Avaliação Crítica do trabalho - Durante o desenvolvimento da terceira etapa, os multiplicadores realizarão encontros de avaliação para o registro e sistematização do trabalho em andamento, bem como seu aprimoramento;
+
Próximo encontro - precisamos pensar com antecedência na organização e datas das próximas pajelanças.
  
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Criar um índice dos capítulos das ações com o links e com os anexos, as coisas produzidas não estão organizadas.
 +
Sistematizar as ações já realizadas.
  
'''Quinta etapa'''
+
Fazer a Mancala e o Yo - começar pelas regiões, estados - utilizar os roteiros pra implementar nas ações locais.
  
Meta: Avaliação Geral
+
Realizar fortalecimento nos núcleos mais isolados.Como?
  
 +
A partir do diagnóstico efetivar diálogos para dar continuidade à ações da Rede nas comunidades com e sem telecentro.
  
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Isso sinaliza rumos, quem são as instituições nacionais e internacionais da Rede, pensar interlocuções nacionais e internacionais, com quem como em que termos?
  
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Que as comunidades se sintam parte da Rede, o que é vai fortalecer todo um processo estrutural.
  
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Discutir o processo de comunicação.
  
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Continuar conversando sobre a avaliação dos telecentros BR
  
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Prazo pra ter uma construção bem avaliada para chegar lá na mesa de negociação.
  
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Milson foi chamado para conversar sobre a rede no MMA ele é estagiário de informática em uma instituição por lá sobre os telecentros BR, o MMA estava sendo cobrado pela não instalação dos telecentros.
  
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Para criar uma política nacional é necessário conversar direto com o min. das comunicações.
  
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=Conteúdos e participantes da Pajelança=
  
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1. Local para a realização da Pajelança Quilombólica:
  
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Casa de Cultura Tainã, Campinas/SP
  
Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos, este processo terá a duração de 9 meses, ou seja durante todo o projeto esta estruturação será vigente;  tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições das comunidades quilombolas considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas. Divulgar os bens produzidos nas comunidades afim de inseri-los em espaços de comercialização.
+
Avaliação dos telecentros
  
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Avaliação das pajelanças
  
Durante 15 dias organizar os conteúdos produzidos pelas comunidades em encontro inicial de formação de base tendo como principais preocupações o acervo - para organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades; notícias do Portal - inserir notícias no Portal da Rede Mocambos, pensar e elaborar uma nova interface considerando a questão visual, e conhecer a ferramenta do mapa de geo referenciamento para inserir informações sobre as comunidades,
+
Como foi a construção desta pajelança?
  
Segunda etapa
+
O mal estar causado na elaboração da pajelança.
  
Meta: Pajelança - Encontros nas comunidades a fim de discutir e refletir sobre a situação de cada comunidade bem como o levantamento de proposta dentro das linhas de trabalho que cada comunidade segue;
 
  
Terceira etapa
+
Avaliação da pajelança Guinê
  
Meta: Multiplicadores - serão definidos multiplicadores em cada comunidade para gerir a produção e realização das propostas encaminhadas dentro das linhas de trabalho tais linhas são:
+
O formato de alinhamento político e conceitual, as discussões não foram esgotadas. Vamos ler os relatórios antigos para fortalecer ações que já foram feitas, validar tais ações. Potencializar as pessoas no manejo da ferramentas da Rede para melhorar a nossa comnicação, arquivando nossos materiais como suporte para irá ser discutido em sequência.
  
(será feito contato para conhecer quem gostaria de ser multiplicador)
+
Quando tentamos convergir energias positivas sempre vem energias negativas que buscam desconstruir as ações positivas, mas nós conseguimos. No nosso olhar africano as ações estão relacionadas.
 +
  
    Rede de Comunicação Comunitária
 
    Cultura Popular
 
    Gestão do território - Vale do Ribeira
 
    Sustentabilidade
 
  
Quarta etapa
+
2. Participantes da Pajelança
  
Meta: Avaliação Crítica do trabalho - Durante o desenvolvimento da terceira etapa, os multiplicadores realizarão encontros de avaliação para o registro e sistematização do trabalho em andamento, bem como seu aprimoramento;
 
  
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TC Silva (palestrante)
  
Quinta etapa
+
Antonio Jorge de Jesus ( Jorge Rasta) (palestrante na atividade “Construção do herbário” e “construção de espiral de ervas”)
  
Meta: Avaliação Geral
+
Alessandra Ibaô (palestrante - oficina “Salvaguarda do patrimônio material e imaterial” e "Construção do acervo, elaboração e publicação de material")
+
 
Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos, este processo terá a duração de 9 meses, ou seja durante todo o projeto esta estruturação será vigente;  tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições das comunidades quilombolas considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas. Divulgar os bens produzidos nas comunidades afim de inseri-los em espaços de comercialização.
+
Guilherme Maia Lopes(palestrante da “Oficina de Blender”)
 +
 
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Gelo (palestrante da “Oficina de Blender”)
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Lourenço Ribeiro Filho (Guinê Ribeiro) (palestrante da “Oficina de rádio”)
 +
 
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Alcides (palestrante na atividade “Construção do herbário” e “construção de espiral de ervas”)
 +
 
 +
Ike Banto (palestrante da oficina “Apropriação tecnológica”)
 +
 
 +
Participantes
 +
 
 +
Maria Dolores Torres Rubio
 +
 
 +
Fábio Martins
 +
 
 +
Patricia Dos Santos Pinheiro
 +
 
 +
Suhellen Cristhina Tavares de Sena
 +
 
 +
Greice Ellen Oliveira
 +
 
 +
Paulo Sergio Medeiros Barbosa
 +
 
 +
Denise Freitas
 +
 
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Denise Xavier
 +
 
 +
Priscila Dilá
 +
 
 +
Milson Santos
 +
 
 +
Fernao
 +
 
 +
Nilce Santos
 +
 
 +
Jaime
 +
 
 +
Carlos
 +
 
 +
Rogério
 +
 
 +
Junior (filmagens e streaming)
 +
 
 +
Layla
 +
 
 +
Sérgio - Rio de Janeiro
 +
 
 +
Antonio Bispo - Campinas
 +
 
 +
Faltas:
 +
 
 +
 
 +
 
 +
Sayonara
 +
 
 +
Ronaldo Eli
 +
 
 +
Daniel de Oliveira Bezerra
  
  
  
 +
3. Local para as hospedagens dos participantes (convidados e palestrantes):
  
 +
O local escolhido para acolhimento e hospedagem dos participantes foi uma casa alugada, próxima à Tainã, que abrigou 13 pessoas.
  
 +
Com isso, o valor destinado à hospedagem foi de 20 por pessoa por dia (R$20x5 dias=R$100)
  
 +
4. Local para as refeições
  
 +
O café da manhã e o almoço de todos os participantes foi disponibilizado na Casa de Cultura Tainã, com a contratação de uma profissional responsável pela elaboração dos alimentos. Já a janta e lanches ficaram à cargo de cada participante, com valores incluídos na ajuda de custo (R$30x5=R$150).
  
  
 +
Descrição dos valores da ajuda de custo:
  
A vivência na Pajelança estimula o reconhecimento da sabedoria e prática de cada um, dando alternativas de sustentabilidade dentro e para sua comunidade, física ou virtual. É um processo de provocação e revisão de nossos hábitos. Muito mais que uma oficina de cultura e tecnologia, é uma vivência transformadora sobre quem fomos, somos e seremos e também sobre o que nos tornamos e o que deixaremos.
+
Deslocamento ida e volta (média de R$200,00)
  
 +
Refeições (janta e lanches) 30x5= R$150,00
  
 +
Hospedagem 20x5=R$100
  
  
 +
Observação: com a extensão das atividades até o dia 11, estes valores diários foram adaptados pelos participantes do projeto.
  
Resgatar a prática ancestral africana e indígena da roda de conversa e do trabalho coletivo para o coletivo, integrando práticas e tecnologias novas e antigas para criar soluções sustentáveis e replicáveis.
 
  
 +
5. Conteúdo programático
  
  
Empoderar a Rede Mocambos e seus elementos no uso, criação, programação, alimentação e manutenção de uma rede social autônoma, construída com nossos conhecimentos e para nossos conhecimentos; -Trocar conhecimento através do diálogo e da prática; -Mapear e cartografar as comunidades, encontros presenciais e oficinas de capacitação; -Registro das interações e produção de conteúdos para o Banco de dados disponibilizado no portal da Rede Mocambos; -Praticar a roda de conversa como elemento de convívio social e educativo; -Articular/mobilizar as comunidades envolvidas na Rede e agregar novas comunidades quilombolas no processo; -Fortalecer a representação sagrada da nossa presença e do espaço que ocupamos na terra; -Criar a Rota dos Baobás, elemento simbólico que remete à nossa ancestralidade e tradições, através do cultivo e plantio dessa árvore africana nas comunidades que integram a rede.
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    Oficina de ervas de banho com catalogação e registro audivisual para o acervo, com Milson. Escolha das ervas; elaboração do banho; registro.
  
 +
    Conversa no ar: Sem folha não tem orixá, com Milson e Mestre Jorge. Debate sobre a importância do vegetal para o fortalecimento espiritual.
  
As Pajelanças são articuladas e organizadas por iniciativa ou com o apoio dos chamados Núcleos de Formação Continuada (NFC). As Pajelanças Quilombólicas, com o trabalho em rede, de tipo associativo e solidário, através de mídias digitais livres, possibilitam a formação de agentes culturais comunitários, geradores de ações cidadãs e participativas, para que estes, instrumentalizados, favoreçam o desenvolvimento da postura crítica e emancipatória na produção e distribuição de produtos artísticos oriundos da cultura popular, gerando empoderamento e renda. Uma Pajelança parte da articulação das comunidades para escolha de quem sediará o encontro, de como cada uma das outras comunidades colaborará na organização desse encontro e de quais os assuntos principais a serem abordados. Uma proposta que pode partir da comunidade que convida, fazendo face a um problema concreto ou pode partir de "ofertas", conhecimentos de colaboradores da rede Mocambos, como amigos da rede que trabalham com a questão do geo-referenciamento, para a criação colaborativa de programas para vigilância das fronteiras e monitoramento de desmatamento e queimadas, produtores de vídeo e cinema que propõem oficinas de produção audiovisual, artistas que convidam à construção de intervenções comunitárias etc. A partir daí, cada comunidade entra num processo de seleção ou indicação dos participantes que serão enviados, encarregados de trazer de volta os conhecimentos, as discussões e as motivações para suas comunidades. São pessoas ativas naquela região, que carregam vários saberes e estórias, desde os rituais religiosos, seus cantos e preceitos, passando por conhecimento de técnicas de plantio e convívio com a natureza ou conhecimento do funcionamento das políticas locais. Podem ser convidados parceiros externos que ampliem e debatam esses conhecimentos. Durante as Pajelanças, todo o funcionamento do espaço é organizado e mantido coletivamente, sendo que os trabalhos de limpeza, cozinha e a própria programação são dinâmicas incluídas na experiência de troca. As crianças, respeitando seus limites e vontades, estão sempre envolvidas no encontro. Ao longo do(s) dia(s) e da(s) noite(s), o estudo e/ou a construção de equipamentos, a criação de programas de tv ou rádio, a gravação de músicas, ou o que for o objetivo principal do encontro, são intercalados com discussões e práticas propostas ou criadas pela(o)s participantes com função de trocar conhecimentos, renovar energias, integrar ações, decidir ações futuras e cuidar bem das pessoas. As Pajelanças, em geral, acontecem em comunidades quilombolas que estão se preparando para atuar como NFC da Rede Mocambos. Os NFC são comunidades mais estruturadas que assumem o papel de multiplicadores e centros de referências regionais. São centros de trabalho e estudo de tipo associativo e solidário para formação e replicação de conhecimentos discutidos e abordados na Rede Mocambos, gestados e amadurecidos nas Pajelanças Quilombólicas.
+
    Conversa no ar: Salvaguarda do patrimônio material e imaterial, com Alessandra Ibaô. Significados da ideia de patrimônio cultural, com seus desafios e possibilidades.
  
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    Construção do herbário. Identificação das plantas e suas propriedades; Pontos principais para catalogação das ervas; atividade prática de plantio, com construção de uma espiral de ervas e produção de imagens em vídeo e foto; Composição de um material de sementes e plantas com contribuições de todos os núcleos da Rede, com sementes, mudas, compostos como tinturas, alcolaturas, garrafadas, xaropes, pomadas e outros, trazidos por todos os participantes.
  
 +
    Conversa no ar: Sustentabilidade e reservas quilombolas. Desafios da regularização fundiária; Políticas de preservação ambiental; Créditos de carbono; Mapeamentos elaborados pelas comunidades locais.
  
O processo de auto-reconhecimento e auto-conscientização que as comunidades vivenciam durante a Pajelança leva-as a terem um olhar mais atento à sua sabedoria e criatividade. A preservação ambiental dos quilombos é uma necessidade. A questão de como melhorar a qualidade de vida e gerar renda sem perder a riqueza que já se tem é uma questão central dos trabalhos da Pajelança.
+
    Mancala. Instrumento de avaliação da pajelança
  
As Pajelanças Quilombólicas foram a base para o crescimento coletivo e as intervenções da Rede Mocambos. A Rede Mocambos alcançou os seguintes resultados: -Articulou e cogeriu a instalação de conexão a internet e telecentros. Foram assinados dois termos de cooperação com o governo federal, por meio dos quais, quase 200 comunidades quilombolas, aldeias indígenas, caiçaras e associações culturais, podem já contar com acesso a internet e telecentros; -Abriu canais de discussão com o governo para um processo de criação compartiçlhada de políticas públicas. A Rede Mocambos facilitou a participação dos gestores públicos nas Pajelanças Quilombolicas, possibilitando uma troca direta entre governo e sociedade civil; -Recuperou, reciclou e reutilizou centenas de computadores e equipamentos informáticos. A Rede Mocambos possibilitou a instalação de telecentros e laboratórios em comunidades fora do alcance dos programas de inclusão digital; -Otimizou o uso e a gestão dos recursos públicos. As instituições publicas conseguiram apoio da Rede Mocambos na execução de programas sociais para envolver as comunidades, entregar equipamentos, remanejar, solucionar problemas etc; -Pesquisou e realizou coletivamente geradores de energias sustentáveis. O primeiro foi um gerador de eletricidade movidos a água e construído a partir de material reciclado. Realizado coletivamente numa Pajelança Quilombólica com a participação de comunidades quilombolas da Bahia, de Pernambuco e São Paulo. O gerador foi instalado no Vale do Ribeira, com os conhecimentos das comunidades locais que o mantém funcionando, e alimenta um conjunto de 10 casas; -Resgatou, gravou e divulgou tradições e manifestações culturais locais, capacitando, durante o processo, as pessoas envolvidas. Centenas de pessoas foram capacitadas ao longo das várias Pajelanças, diretamente e indiretamente. Foram produzidos centenas de audiovisuais disponíveis em arquivos livremente acessíveis pela Internet, em DVDs, ou publicações em papel.
+
    Oficina de Blender
  
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    Construção do acervo, com Alessandra Ibaô. ferramentas de organização de acervos e de salvaguarda de patrimônio cultural material e imaterial.
  
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    Oficina de Rádio, com Guiné e Ike Banto. Discussão sobre comunicação comunitária e ferramentas de democratização da comunicação.
  
 +
    Apropriação tecnológica: hardware e software / manutenção de micro com Ike Banto, Guine. Entender o funcionamento das máquinas e compreender a máquina para fomentar a autonomia; Instalação de pacotes; Hardware - peças fundamentais; Instalação de um sistema operacional e particionamento de HD; Instalação via CD/DVD Pen Drive/HD externo; Pós instalação 1: interface gráfica KDE, Gnome, LXDE, XFCE, Fluxbox; Pós instalação 2: Pacotes/software, Gráficos, Vídeos e Audio - Multimídia; Pós instalação 3: Atualizações do sistema; Gravação de tutorial sobre instalação de pacotes e outros temas sobre apropriação tecnológica.
  
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    Conversa no ar - Direitos das comunidades. A experiência do defensorado; comunicação; educação escolar quilombola; SICONV
  
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    Sistematização e direcionamento de conteúdos / oficina prática de wiki, mapa e portal.  Avaliação coletiva sobre os conteúdos a serem editados e publicizados pela Rede (áudio, vídeo e fotos) pelos participantes
  
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    Telecentros BR. Debate sobre os desafios locais para a implementação dos telecentros em todos os núcleos da Rede.
  
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    Elaboração de projetos: organização de demandas e prioridades
  
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    Edição, organização e publicização de material imagético da pajelança (vídeos, fotos e áudios)/organização da relatoria
  
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    Reunião de avaliação da pajelança
  
 +
    Encaminhamentos e ações futuras
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Rádios locais, rádios livres, rádios comunitárias? Qual o propósito da ferramenta?
  
 +
Rede de rádios - os acervos locais pra serem transmitidos.
 +
Sistema de rádio que transmite pelo celular.
  
 +
Abrir audacious
  
 +
Configurar play de música - saída - jack control plugin - permite fazer várias conexões simultâneas
  
 +
Selecionar música
 +
adicionar
 +
Jack - anula a placa alsa
  
  
 +
Decreto 6.170 de 25 de Julho de 2007
  
 +
§ 3º Excepcionalmente, os órgãos e entidades federais poderão executar programas estaduais ou municipais, e os órgãos da administração direta, programas a cargo de entidade da administração indireta, sob regime de mútua cooperação mediante convênio.
  
 +
Data 04/08/2013
  
# E' de Lei
+
Gestão compartilhada no âmbito da definição de politícas para os povos de matriz africana, comunidades tradicionais e todas as políticas para o povo, não é possível continuar somente recebendo as políticas e programas do governo e empresas sem questionar e criticar o modo pelo qual acessamos as verbas.
# Rede Mocambos
+
# ....
+
  
{| class="wikitable sortable"
+
Precisamos acessar os espaços de decisão e criação de política e não acessar políticas já prontas,ter o controle da política.
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! Nome !! Endereço !! Contato
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| Vince || Campinas || vinc....
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| TC || Campinas || Exemplo
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| Fatima || Itu || Exemplo
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|}
+
  
== Fotos ==
 
  
= Notas =
+
Qual a estratégia pra isso?
  
== Projetos ==
+
E dentro do âmbito do projeto?
* E' de Lei
+
* Rede Mocambos
+
* ....
+
  
# E' de Lei
+
Mapear experiências em todo o Brasil, com tudo o que se identifica com as políticas que nós reconhecemos  como ações, lutas legitimas e modelos que outros grupos além da Rede propõem de ação afetiva  - gestão de conteúdo no sentido de instrumentalizar as lutas com modelos e referências de construção de políticas.
# Rede Mocambos
+
# ....
+
  
{| class="wikitable sortable"
+
Qual o papel da Rede? Qual o papel dos Núcleos?
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! Nome !! Endereço !! Contato
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| Vince || Campinas || vinc....
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| TC || Campinas || Exemplo
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| Fatima || Itu || Exemplo
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|}
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{| class="wikitable"
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! Texto do cabeçalho
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| Exemplo
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| Exemplo
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{| class="wikitable"
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! Texto do cabeçalho !! Texto do cabeçalho !! Texto do cabeçalho
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| Exemplo || Exemplo || Exemplo
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| Exemplo || Exemplo || Exemplo
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| Exemplo || Exemplo || Exemplo
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|}
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|}
+
  
== Fotos ==
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=Lista

Edição atual tal como às 21h38min de 3 de agosto de 2014

28 e 29 de Abril Umas das ações da Pajelança na Casa do Boneco de Itacaré foi a adequação do espaço, para receber máquinas trazidas pelo coletivo do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital da Rede Mocambos, Núcleo D`Pádua Mercado Sul, as pessoas presentes contribuíram para deixar o espaço preparado para as máquinas e para as oficinas.









Na noite do dia 29 de Abril, houve a roda de abertura da Pajelança com Toque de Tambores e apresentação de cada pessoa presente. A fala dos mestres iniciaram a roda enfatizando a responsabilidade das pessoas mais jovens sobre a garantia e a manutenção da nossa luta por territórios, entre eles o digital que pode nos conectar como o tambor, e ampliar a dimensão de territorialidade. As falas foram orientadas em um sentido de posicionamento ético em relação à contribuição de matriz africana na dimensão identitária e de ação, a partir da cosmo visão africana, que possibilita agir na continuidade da elaboração e contribuição de nossos ancestrais para as gerações futuras, principalmente.








Contribuições essas como a tecnologia do tambor, em código binário, assim como o código do computador, a interrelação com a natureza, com a floresta, com as árvores, de coexistência e tecnologias que garantiram que ainda haja florestas preservadas, como aqui mesmo no Brasil, a exemplo das comunidades quilombolas rurais.






30 de Abril

Pela manhã a oficina de áudio teve início com a transmissão de um programa na rádio da Casa do Boneco de Itacaré, a Indaka Oba, rádio analógica, 88,5 FM. Enquanto tocava a programação da rádio, as informações sobre gravação e transmissão eram dadas por Ronaldo Eli.

A oficina/programa teve duração de 4h. Os conteúdos foram os seguintes:

Organização de um programa ao vivo; Como funciona a transmissão de rádio; Diferenças entre rádio analógica e web rádio; Como inserir vinhetas já gravadas e editadas; Uso do microfone e da mesa de som;











Simultaneamente, aconteceu o início da oficina de apropriação tecnológica, com a instalação elétrica do telecentro e conversas sobre o desenvolvimento da rede de comunicação entre servidores locais eventualmente conectados, Baobáxia.







O programa de rádio teve como tema a Musicalidade e Ancestralidade. Mestre Jorge Rasta inicia o programa perguntando sobre a situação atual de algumas comunidades presentes - Matheus, da comunidade Serra de Água fala sobre a organização da nova diretoria da associação quilombola e Joabe fala sobre a experiência com a construção de tambor em sua comunidade, que já havia perdido o tambor, porém em uma oficina na Casa do Boneco ele e uma outra liderança da comunidade aprenderam a fazer um tambor, hoje tem construído alguns em sua comunidade. Durante o programa mestre Jorge Rasta e mestre TC Silva falaram sobre a necessidade do aprimoramento da comunicação comunitária, do registro das práticas quilombolas, tradicionais e comunitária e da organização dos acervos afro comunitários. Muita música tocou no programa, entre elas o Rap do Quilombo do Campinho (Paraty - RJ), Orquestra Tambores de Aço (Campinas - SP) e o MC Bruno (Salvador – BA) improvisou um rap ao vivo.









Ainda no dia 30 a oficina de áudio teve continuidade com uma discussão sobre como a comunicação exerce um poder na vida das comunidades e que estabelece um controle através da homogeneização da sociedade como um todo. Foi destacado também que a autonomia se dá com a produção de comunicação independente desses meios, para difundir o que é importante para a comunidade. Depois da conversa as pessoas se organizaram em grupos para a criação de vinhetas.






01 de Maio

A oficina de áudio teve continuidade pela manhã e começo da tarde, com a gravação das vinhetas criadas pelos grupos. Após a gravação houve a oficina de edição de áudio no software livre Audacity.

Conteúdo da oficina:

Como gravar um áudio no celular Como importar um áudio Como editar um áudio

Duração: 6 h











No período da tarde teve continuidade a oficina de apropriação tecnológica com a instalação do telecentro da Casa do Boneco de Itacaré.

Conteúdo da oficina:

Hardware - Como montar um computador; Software - Como instalar um sistema operacional (debian); Software - Como instalar programas; Hardware - Como fazer os cabos para conexão de internet;

Duração: 6 h









02 de Maio

Pela manhã houve a realização de reunião de articulação de comunicação comunitária, sobre produção e troca do conteúdo produzido e que está em processo de produção dentro do projeto em questão.

Pela noite realizamos as reunião de avaliação do projeto.





Principais Pontos abordados: Siconv Gestão Compartilhada Comunicação Produção de conteúdo Legado da Rede Mocambos Vídeo relatório

A roda de conversa teve início com toques de tambores, em seguida algumas pessoas presentes, colocaram seu olhar sobre o processo avaliativo proposto, bem como sobre algumas dificuldades encontradas durante a gestão e os pontos positivos e estruturantes do processo de desenvolvimento do projeto. Um ponto fundamental foi a discussão sobre o conteúdo registrado e finalizado durante o projeto, se configurando como parte do legado da Rede Mocambos. Outro aspecto abordado foi a questão do material que será entregue para a SEPPIR, ficou definido que os vídeos relatórios serão clipes das pajelanças realizadas. Uma questão muito abordada foi o fato do convênio com a SEPPIR ter sido feito através do SICONV, ferramenta com várias funcionalidades que poucas pessoas sabem como mexer, esta ferramenta trouxe muitas dificuldades pela falta de formação adequada sobre como ela funciona, um processo que poderia ter sido mais simples ficou mais complicado por causa da intermediação dessa ferramenta. A responsabilidade pela luta foi um tema muito presente nas falas dos mestres, principalmente no que se refere a relação com o poder público, para a manutenção da crítica, como por exemplo a crítica ao fato da ferramenta para parceria e convênio com o governo só funcionar on line. As zonas de conforto que a sociedade de consumo busca valorizar recebeu crítica no sentido de que esta enfraquece a luta, as pessoas querem consumir, sanar um desejo imediato, sendo que a luta dos movimentos sociais são principalmente a longo prazo, é preciso superar a ansiedade e os valores superficiais do capitalismo. Um olhar relevante foi a crítica diante das falhas de comunicação entre a equipe do projeto durante o seu processo, dificuldade que precisa ser avaliada, sendo a Rede Mocambos uma rede de comunicação, precisa aprimorar e cuidar dessa dimensão. A conclusão da avaliação realizada pelo grupo de pessoas presentes de indica que as ações de apropriação tecnológica foram aprofundadas junto à integrantes de comunidades rurais e urbanas, no uso das ferramenta da rede, especialmente a wiki, página colaborativa da rede (acs.taina.net.br). A busca agora precisa ser a de aprimorar a maneira de fazer as coisas como foram evidenciadas durante esse projeto.

03 de Maio

Teve início a oficina de vídeo pela manhã com uma organização das atividades ligadas à oficina. Conteúdo da oficina: Como elaborar uma entrevista; Como escolher um lugar para realizar a entrevista; Como improvisar um tripé e um mono pé; Escolha do enquadramento; Funcionalidades da câmera – zoom , foco, gravar; Todo esse processo foi prático, o grupo escolheu as pessoas que foram entrevistadas – Joelson, do Assentamento Terra Vista e TC Silva, da Casa de Cultura Tainã.





Em seguida foi apresentado para o grupo a software de edição kdenlive, as e os participantes assistiram ao resultado da gravação, escolhendo depois as cenas e o modelo de letreiros para inserir créditos e ficha técnica no fim do vídeo. A vivência em edição de vídeo foi complementar aos conhecimentos prévios do grupo, provocando cada vez mais o olhar para o registro, no sentido estético e também do conteúdo político, bem como despertando os cuidados necessários para a criação de um bom vídeo, como a qualidade do áudio e a estabilidade da imagem. Esta foi a última atividade da oficina, algumas pessoas seguiram para o Assentamento Terra Vista, em Arataca, para dar continuidade às formações sobre a rede de servidores locais eventualmente conectados – Baobáxia.





artista fractal negro http://fineartamerica.com/featured/ampersand-kerry-mitchell.html


novidades-plantamundo.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html

Conteúdo

Projeto de Leitura e Organização de Acervo Tainã

Atividades

- Fomento à leitura através de biblioteca itinerante - Ações de contação de história e oficina de ilustração. - Oficinas de Roteiro - Oficinas de Leitura Dramática

Levantamento

Metodologia

Textos composto de frases retiradas dos conteúdos existentes na wiki.

“Pajelança Quilombólica Digital”, que objetiva fortalecer o conhecimento e empoderamento do saber livre a partir da visão africana.

terreiro de chão batido

Pajelança Sul

Dia 22 de Outubro de 2013

Roda de Conversa sobre religiosidade de matriz africana no Rio Grande do Sul

A conversa foi iniciada com um canto para Xango (confirmar, orixá do dia,) e para Exúl puxado por mestre Jorge Rasta.

Mestre Paraquedas falou um pouco sobre as características étnicas da formação do povo negro no Rio Grande do Sul. O local por ser frio,recebia negras e negros rebeldes, desobedientes, castigados com o frio do lugar. Muitos morreram e muitos viveram.

Por causa disso, a diversidade étnica é muito grande, nas relações entre diversas etnias, os fundamentos rituais se misturavam, formando diversas fusões. Jorge Rasta lembrou que o que houve no sul foi o mesmo que acontece na áfrica, as fusões de diversas p ráticas rituais.

A conversa se desdobrou sobre a dimensão dos rituais ligados aos orixás e a dimensão da história da áfrica, dos diversos países e etnias deste continente, que precisam ser distinguida.

Iara salientou que as religiões de matriz africana se relacionam com a mitologia africana, dentro da mitologia africana estão os orixás que são cultuados na religião.


A apropriação de elementos da religiosidade afrobrasileira por outras religiões (descarrego, falar em línguas, raspar a cabeça).

Planejamento NFC Tainã

Novembro/2013

Organização do Quilombo

Primeira Semana - Planejamento da Catalogação do Acervo da Biblioteca; Plano para arrecadar fundo para comprar as tintas, convidar grafiteiros- fazer um plano coletivo de ambientação. Planejamento para a data da apresentação do Duckery Duo, articular visita à escola para convidar para a apresentação, Planejar a recepção da visita do CCJ no dia 24, domingo.

Conhecer a agenda dos outros espaços.

Planejamento Formação em Apropriação tecnológica na Tainã (articular com a Regina(Cafundó), Roberto(Brotas), Jaime (Ilhas), Jaó, data, transporte, nomes, alimentação - tirar uma data em Dezembro).

Segunda Semana - Continuidade da Organização do Acervo Digital da Tainã, comprar um HD de 3T.

Terceira Semana - Revitalização da Biblioteca.

Quarta Semana - Vinda do rei Julio.

Vídeos e áudios do IV Encontro Nacional da Rede Mocambos

http://www.mocambos.net/pt-br/weblog/2013/06/03/video-do-encontro/


http://www.mocambos.net/pt-br/weblog/2013/06/01/ivenrm-gravando-no-estudio-da-taina/

Demandas urgentes

Elaborar RELATÓRIO URGENTE das ações realizadas na Casa de Cultura Tainã, algumas delas:

Plantio do Baobá na escola Heitor Federic em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas;

Plantio de 3 Baobás na Fazenda 3 pontes, em ocasião do tombamento da fazenda.

Pedagogia do encantamento novamente na escola Heitor Federic, apresentação da Cora e Balafon, e steel drum.

Ações do desenvolvimento junto com o Junior, Vince.

Documentar os conteúdos elaborados na Tainã, como o site do Aluízio Jeremias e o site Natureza e Arte.


Contabilidade Elaborar contrato Cobrar documentos


Pauta Avaliação da Pajelança Quilombólica na Casa de Cultura Tainã, do dia 1 ao dia 11 de Setembro de 2013

Telecentros BR.

Pajelança

Fortalecer os valores da Rede MOcambos nas comunidades.

A comunidade morada da paz não tem telecentro e não tem conexão GESAC. Qual o suporte para a morada?

Qual o suporte estrutural que o governo vai dar para o reconvênio? Queremos a estrutura. Qual é estrutura para fazer um levantamento.

Qual fortalecimento institucional que teremos para negociar e decidir coisas importantes pra rede?

Só a rede pode dizer o que agente precisa.

Fortalecimento das ações locais, e fortalecimento da Tainã, que pode ser considerada um Núcleo central.

Discutir um modelo de ação para a apropriação da política dos telecentros, de que forma esse convênio vai ser feito? Como a rede vai gerenciar esse processo?

A proposta é fazer um levantamento dos telecentros BR, qual é o diagnóstico?

Qual é o papel da rede em relação as organizações públicas?

Próximo encontro - precisamos pensar com antecedência na organização e datas das próximas pajelanças.

Criar um índice dos capítulos das ações com o links e com os anexos, as coisas produzidas não estão organizadas. Sistematizar as ações já realizadas.

Fazer a Mancala e o Yo - começar pelas regiões, estados - utilizar os roteiros pra implementar nas ações locais.

Realizar fortalecimento nos núcleos mais isolados.Como?

A partir do diagnóstico efetivar diálogos para dar continuidade à ações da Rede nas comunidades com e sem telecentro.

Isso sinaliza rumos, quem são as instituições nacionais e internacionais da Rede, pensar interlocuções nacionais e internacionais, com quem como em que termos?

Que as comunidades se sintam parte da Rede, o que é vai fortalecer todo um processo estrutural.

Discutir o processo de comunicação.

Continuar conversando sobre a avaliação dos telecentros BR

Prazo pra ter uma construção bem avaliada para chegar lá na mesa de negociação.

Milson foi chamado para conversar sobre a rede no MMA ele é estagiário de informática em uma instituição por lá sobre os telecentros BR, o MMA estava sendo cobrado pela não instalação dos telecentros.

Para criar uma política nacional é necessário conversar direto com o min. das comunicações.

Conteúdos e participantes da Pajelança

1. Local para a realização da Pajelança Quilombólica:

Casa de Cultura Tainã, Campinas/SP

Avaliação dos telecentros

Avaliação das pajelanças

Como foi a construção desta pajelança?

O mal estar causado na elaboração da pajelança.


Avaliação da pajelança Guinê

O formato de alinhamento político e conceitual, as discussões não foram esgotadas. Vamos ler os relatórios antigos para fortalecer ações que já foram feitas, validar tais ações. Potencializar as pessoas no manejo da ferramentas da Rede para melhorar a nossa comnicação, arquivando nossos materiais como suporte para irá ser discutido em sequência.

Quando tentamos convergir energias positivas sempre vem energias negativas que buscam desconstruir as ações positivas, mas nós conseguimos. No nosso olhar africano as ações estão relacionadas.


2. Participantes da Pajelança


TC Silva (palestrante)

Antonio Jorge de Jesus ( Jorge Rasta) (palestrante na atividade “Construção do herbário” e “construção de espiral de ervas”)

Alessandra Ibaô (palestrante - oficina “Salvaguarda do patrimônio material e imaterial” e "Construção do acervo, elaboração e publicação de material")

Guilherme Maia Lopes(palestrante da “Oficina de Blender”)

Gelo (palestrante da “Oficina de Blender”)

Lourenço Ribeiro Filho (Guinê Ribeiro) (palestrante da “Oficina de rádio”)

Alcides (palestrante na atividade “Construção do herbário” e “construção de espiral de ervas”)

Ike Banto (palestrante da oficina “Apropriação tecnológica”)

Participantes

Maria Dolores Torres Rubio

Fábio Martins

Patricia Dos Santos Pinheiro

Suhellen Cristhina Tavares de Sena

Greice Ellen Oliveira

Paulo Sergio Medeiros Barbosa

Denise Freitas

Denise Xavier

Priscila Dilá

Milson Santos

Fernao

Nilce Santos

Jaime

Carlos

Rogério

Junior (filmagens e streaming)

Layla

Sérgio - Rio de Janeiro

Antonio Bispo - Campinas

Faltas:


Sayonara

Ronaldo Eli

Daniel de Oliveira Bezerra


3. Local para as hospedagens dos participantes (convidados e palestrantes):

O local escolhido para acolhimento e hospedagem dos participantes foi uma casa alugada, próxima à Tainã, que abrigou 13 pessoas.

Com isso, o valor destinado à hospedagem foi de 20 por pessoa por dia (R$20x5 dias=R$100)

4. Local para as refeições

O café da manhã e o almoço de todos os participantes foi disponibilizado na Casa de Cultura Tainã, com a contratação de uma profissional responsável pela elaboração dos alimentos. Já a janta e lanches ficaram à cargo de cada participante, com valores incluídos na ajuda de custo (R$30x5=R$150).


Descrição dos valores da ajuda de custo:

Deslocamento ida e volta (média de R$200,00)

Refeições (janta e lanches) 30x5= R$150,00

Hospedagem 20x5=R$100


Observação: com a extensão das atividades até o dia 11, estes valores diários foram adaptados pelos participantes do projeto.


5. Conteúdo programático


   Oficina de ervas de banho com catalogação e registro audivisual para o acervo, com Milson. Escolha das ervas; elaboração do banho; registro.
   Conversa no ar: Sem folha não tem orixá, com Milson e Mestre Jorge. Debate sobre a importância do vegetal para o fortalecimento espiritual.
   Conversa no ar: Salvaguarda do patrimônio material e imaterial, com Alessandra Ibaô. Significados da ideia de patrimônio cultural, com seus desafios e possibilidades.
   Construção do herbário. Identificação das plantas e suas propriedades; Pontos principais para catalogação das ervas; atividade prática de plantio, com construção de uma espiral de ervas e produção de imagens em vídeo e foto; Composição de um material de sementes e plantas com contribuições de todos os núcleos da Rede, com sementes, mudas, compostos como tinturas, alcolaturas, garrafadas, xaropes, pomadas e outros, trazidos por todos os participantes.
   Conversa no ar: Sustentabilidade e reservas quilombolas. Desafios da regularização fundiária; Políticas de preservação ambiental; Créditos de carbono; Mapeamentos elaborados pelas comunidades locais.
   Mancala. Instrumento de avaliação da pajelança
   Oficina de Blender
   Construção do acervo, com Alessandra Ibaô. ferramentas de organização de acervos e de salvaguarda de patrimônio cultural material e imaterial.
   Oficina de Rádio, com Guiné e Ike Banto. Discussão sobre comunicação comunitária e ferramentas de democratização da comunicação.
   Apropriação tecnológica: hardware e software / manutenção de micro com Ike Banto, Guine. Entender o funcionamento das máquinas e compreender a máquina para fomentar a autonomia; Instalação de pacotes; Hardware - peças fundamentais; Instalação de um sistema operacional e particionamento de HD; Instalação via CD/DVD Pen Drive/HD externo; Pós instalação 1: interface gráfica KDE, Gnome, LXDE, XFCE, Fluxbox; Pós instalação 2: Pacotes/software, Gráficos, Vídeos e Audio - Multimídia; Pós instalação 3: Atualizações do sistema; Gravação de tutorial sobre instalação de pacotes e outros temas sobre apropriação tecnológica. 
   Conversa no ar - Direitos das comunidades. A experiência do defensorado; comunicação; educação escolar quilombola; SICONV
   Sistematização e direcionamento de conteúdos / oficina prática de wiki, mapa e portal.  Avaliação coletiva sobre os conteúdos a serem editados e publicizados pela Rede (áudio, vídeo e fotos) pelos participantes
   Telecentros BR. Debate sobre os desafios locais para a implementação dos telecentros em todos os núcleos da Rede.
   Elaboração de projetos: organização de demandas e prioridades
   Edição, organização e publicização de material imagético da pajelança (vídeos, fotos e áudios)/organização da relatoria
   Reunião de avaliação da pajelança
   Encaminhamentos e ações futuras

Rádios locais, rádios livres, rádios comunitárias? Qual o propósito da ferramenta?

Rede de rádios - os acervos locais pra serem transmitidos. Sistema de rádio que transmite pelo celular.

Abrir audacious

Configurar play de música - saída - jack control plugin - permite fazer várias conexões simultâneas

Selecionar música adicionar Jack - anula a placa alsa


Decreto 6.170 de 25 de Julho de 2007

§ 3º Excepcionalmente, os órgãos e entidades federais poderão executar programas estaduais ou municipais, e os órgãos da administração direta, programas a cargo de entidade da administração indireta, sob regime de mútua cooperação mediante convênio.

Data 04/08/2013

Gestão compartilhada no âmbito da definição de politícas para os povos de matriz africana, comunidades tradicionais e todas as políticas para o povo, não é possível continuar somente recebendo as políticas e programas do governo e empresas sem questionar e criticar o modo pelo qual acessamos as verbas.

Precisamos acessar os espaços de decisão e criação de política e não acessar políticas já prontas,ter o controle da política.


Qual a estratégia pra isso?

E dentro do âmbito do projeto?

Mapear experiências em todo o Brasil, com tudo o que se identifica com as políticas que nós reconhecemos como ações, lutas legitimas e modelos que outros grupos além da Rede propõem de ação afetiva - gestão de conteúdo no sentido de instrumentalizar as lutas com modelos e referências de construção de políticas.

Qual o papel da Rede? Qual o papel dos Núcleos?

=Lista

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