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É possível estruturar os produtos culturais desta rede em acervos tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana, a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.  
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É possível estruturar os produtos culturais da Rede Mocambos em acervos tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana, a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.  
  
 
Em médio-longo prazo, a rede funcionará como uma fonte de produção de conteúdo local, e consulta para o público em geral. Os recursos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas relacionados à matriz cultural africana, com particular consideração à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio. De maneira inovadora, o projeto fornecerá recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados de forma complementar no ensino fundamental e médio.
 
Em médio-longo prazo, a rede funcionará como uma fonte de produção de conteúdo local, e consulta para o público em geral. Os recursos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas relacionados à matriz cultural africana, com particular consideração à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio. De maneira inovadora, o projeto fornecerá recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados de forma complementar no ensino fundamental e médio.
  
Com o fortalecimento das instituições através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão e capacidade de reconhecimento do que são bens materiais e imateriais nas comunidades tradicionais, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização e catalogação se constitui afinidade com a criação da lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas. Ou seja, ele tem como meta melhorar a possibilidade de que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta no espaço digital.  
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Com o fortalecimento das instituições através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão e capacidade de reconhecimento do que são bens materiais e imateriais nas comunidades tradicionais, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização e catalogação se constitui em afinidade com a criação da lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas. Ou seja, ele tem como meta melhorar a possibilidade de que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta no espaço digital.  
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As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegura a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil
  
  

Edição das 19h50min de 19 de agosto de 2012


Conteúdo

Justificativa

É possível estruturar os produtos culturais da Rede Mocambos em acervos tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana, a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.

Em médio-longo prazo, a rede funcionará como uma fonte de produção de conteúdo local, e consulta para o público em geral. Os recursos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas relacionados à matriz cultural africana, com particular consideração à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio. De maneira inovadora, o projeto fornecerá recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados de forma complementar no ensino fundamental e médio.

Com o fortalecimento das instituições através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão e capacidade de reconhecimento do que são bens materiais e imateriais nas comunidades tradicionais, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização e catalogação se constitui em afinidade com a criação da lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas. Ou seja, ele tem como meta melhorar a possibilidade de que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta no espaço digital.

As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegura a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil


Em parceria com pesquisadores do NIED-UNICAMP e do CLE-UNICAMP, a Casa de Cultura Tainã, utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, poderá estruturar melhor este processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. Há tradicionalmente na historiografia do estado de São Paulo um gesto de apagamento das iniciativas das comunidades negras em busca da liberdade e cidadania, com maior ênfase nos movimentos em prol da liberdade e direitos humanos realizados pela burguesia branca em prol dos escravos e ex-escravos. Este projeto acolhe a importante cooperação com a universidade, e posiciona a Casa de Cultura Tainã como protagonista desta valorização histórica e cultural. É preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos e das comunidades tradicionais e a academia é uma importante parceira para a execução deste projeto.

O IPHAN ganha:

   uma biblioteca digital descentralizada, que pode ser agregada à rede de bibliotecas do IPHAN. Esta biblioteca é estruturada a partir dos conteúdos, valores e tecnologias desenvolvidas nas próprias comunidades. O ganho social é imenso, na medida que a questão da autonomia e sustentabilidade do projeto são necessárias para a continuidade do mesmo, e este perfil de trabalho tem como valor agregado a possibilidade da continuidade do projeto;
   Um modelo de empoderamento tecnológico e cultural, de baixo custo, que poderá ser aplicado em outras comunidades, de forma a expandir a coleta de informações sobre os interesses das comunidades em suas próprias bases; e organizar uma interlocução com a universidade, com o IPHAN e com a UNESCO a partir dos valores locais. 

A Casa de Cultura Tainã e as comunidades integrantes a Rede Mocambos ganham:

   Capacitação de recursos humanos de forma a reconhecer e valorizar o patrimônio cultural das comunidades de matriz africana ligados à Rede Mocambos; 

Desenvolvimento de tecnologia de baixo custo para educação patrimonial; Documentação pelos meios técnicos mais adequados de saberes, celebrações, formas de expressão e lugares relacionados à história, à memória e à identidade; Criação e publicação de acervos digitais ligados à cultura material e imaterial de comunidades de raiz africana de forma estruturada.

A UNICAMP ganha:

   Espaço de interação entre universidade e comunidade como forma de extensão e retorno do investimento feito em uma universidade pública;
   Possibilidade de pesquisa sobre condições reais de produção e difusão de conteúdo local;
   Produção de artigos e trabalhos científicos de forma participativa com a comunidade local. que visualiza reflexos sócio-ambientais, tendo como princípio que tais reflexos podem ser alcançados de forma coletiva e colaborativa com a estruturação de uma rede digital para intercâmbio de tecnologias livres e produção e circulação de conteúdo aberto.



Esquema nucleos.png

Fortalecimento Institucional e Desenvolvimento Socioeconômico

A possibilidade de resgate das contribuições dos descendentes de matriz africana nas próprias comunidades tem valor inestimável. Depois de séculos de historiografia que representa as negras e negros no Brasil como coadjuvantes do processo de colonização brasileiro contado por outras matrizes culturais, torna-se possível ganhar voz e - esperamos - colocar questões para a "formação da cultura nacional". É preciso participar desta discussão como protagonista, e esta é a oportunidade de preparação das comunidades para ocupar este papel.

Considerando que as comunidades tradicionais possuem um histórico de suas práticas que se estruturam como tradição, o fortalecimento institucional precisa ter imanente essa organização como um estabelecimento de inovação no que pode ser considerado este fortalecimento.

Tendo isto em vista, o fortalecimento precisa colocar a cosmo visão africana como referência sendo uma das heranças que tais comunidades levam a cabo em suas vivências, uma visão que relaciona todas as práticas, ações e produções ( aqui precisa definir a cosmo visão, num sei, de repente colocar uma referência também) harmonicamente. Na África, apesar da diversidade, profundidade e peculiaridade gigantesca dos povos africanos, ela tem um aspecto civilizatório, ou seja faz parte do desenvolvimento político-social e de organização que não se fragmenta em burocracias mas enxerga a Terra, todos os seres vivos, entre eles o ser humano, a organização coletiva, aspectos educativos e de estruturação cultural como uma relação intrínseca às decisões, ações, práticas e produções de tecnologias sociais,econômicas, políticas e culturais.

Esse elemento, fomentado e vivido pelas comunidades quilombolas no Brasil, possibilita compreender que o fortalecimento institucional e desenvolvimento socioeconômico se dá com o fortalecimento das práticas já desenvolvidas e respostas já encontradas para demandas que observadas pelas comunidades para continuar existindo, garantindo sua autonomia e a valorização de suas criações, em todos os campos de suas práticas que se inter-relacionam. A Rede Mocambos nasce também dessas demandas e realiza um trabalho em rede entre as comunidades; tais necessidades evidenciaram que os Núcleos de Formação ( já citados detalhadamente ou resumidamente no histórico da entidade) favorecem tal desenvolvimento a partir de tecnologias sociais e digitais com o registro das diversas práticas gerando conteúdo para ser organizado a fim de que esse conteúdo seja compartilhado entre as comunidades inicialmente. Neste sentido o projeto contribui com a visão das comunidades que, tendo como herança a cosmovisão africana de mundo, traz a compreensão de que o pleno fortalecimento desenvolvimento só se dá - e faz parte - em harmonia com o entrelaçamento de suas práticas, ações e produções para a sustentabilidade de sua existência e a Rede é um organismo que se estrutura neste olhar criando mecanismos para este desenvolvimento.

Metodologia

Estando evidente o histórico da Rede Mocambos, a proposta aqui apresentada visa trabalhar conteúdos já existentes, capitados nas comunidades ( vídeos, fotos e textos ), bem como trabalhar conteúdos relativos a outras tecnologias que precisam ser conhecidas e desenvolvidas de acordo com a comunidade específica. A metodologia tem como fundamento as três frentes da Rede Mocambos já citadas no plano de trabalho.'O Núcleo de Produção de Conteúdo'(NPC) é uma ação em rede onde será elaborado um tutorial para servir de referência para as Pajelanças Quilombolicas. O NPC terá como lugar de encontro a Casa de Cultura Tainã e será a primeira ação a ser realizada. Neste encontro o foco é a formação de base para construir e encaminhar acervo para biblioteca digital, bem como a produção de notícias para o Portal da Rede Mocambos e migrar o portal para outra ferramenta e para a organização do Mapa de Geo-referenciamento para descrição das comunidades no mapa. A segunda ação está relacionada ao Núcleo de Formação Continuada, é a Pajelança Quilombolica (descrição do que é ou colocar a descrição da pajelança no plano de trabalho.) Cada Pajelança terá um foco diferente orientado pela comunidade. (Aqui definir quais são as comunidades e quais são práticas e necessidades de cada comunidade envolvida)



  • Formação em produção e uso dos conteúdos nas Pajelanças realizadas em comunidades que já utilizam ferramentas para produção audiovisual e fotográfica, entre outras, para inserir tal conteúdo no Portal.


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