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De Rede Mocambos
Edição feita às 22h00min de 14 de agosto de 2012 por Prisciladila (disc | contribs)
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Rede Mocambos

Uma Rede de Comunicação Social


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É uma rede de negras e negros de âmbito internfcional. Conectando através das tecnologias da informação e comunicação comunidades quilombolas rurais e urbanas. Para isso buscamos parcerias de diversos segmentos para que de forma colaborativa e coletiva possamos reunir diferentes programas, projetos e ações voltados para o desenvolvimento humano, social, econômico, cultural, ambiental e preservação do patrimônio histórico-memória dessas comunidades.

É uma rede solidária de comunidades, na qual o objetivo principal é compartilhar idéias e oferecer apoio recíproco. Os eixos principais que a Rede enxerga são a identidade cultural, o desenvolvimento local, apropriação tecnológica e a inclusão social. A ideia da Rede nasceu em quilombos, em particular em um quilombo urbano, a Casa de Cultura Tainã.

A identidade quilombola é uma raiz da história do nosso povo e do nosso país, pois desde a época do Brasil Colônia contribuiu efetivamente para o crescimento econômico e social do nosso pais, mas foram sumariamente excluídos, e em sua maioria ainda são da divisão da riqueza gerada por esse crescimento, e por isso a necessidade da luta pelo acesso a políticas públicas e direitos legais a propriedade das terras que são ocupadas por elas a diversas gerações. Portanto precisamos garantir as comunidades condições para que se desenvolverem, tendo em conta a enorme divida histórica que o nosso país ainda tem com elas, lembrando que são as comunidades que devem ter a liberdade de escolher o tipo de desenvolvimento que querem.

A tecnologia é uma frente de trabalho da Rede Mocambos, sendo ao mesmo tempo ideia e meio para transferir ideias. Isto é possível somente com uma real apropriação das técnicas e das lógicas, sem ser usuários passivos de algo já pronto, e que por si mesmo não é livre. Dentro dessa linha de pensamento consideramos que o uso e o desenvolvimento de Software Livre que já permite a criação e o compartilhamento entre nós e o mundo, através da Internet por exemplo, chegando a uma inclusão social auto-determinada nos moldes que a comunidade quer.

Querer escolher os próprios caminhos leva a Rede Mocambos a acreditar num modelo de cooperação que vê as comunidades procurarem apoio para os próprios projetos e não ONGs e instituições proporem e implementarem projetos dentro delas. Um primeiro grande apoio procuramos no Estado, que é o orgão responsável em garantir e facilitar os desenvolvimentos livres do seu povo, neste sentido procuramos apoio do governo para garantir o inclusão digital das comunidades. Um grande passo foi onde não tinha nem um orelhão, levar uma antena de acesso a internet via satelite, pelo programa GESAC do Governo Federal, ligar a luz e colocar as comunidades em comunicação na Internet.

Assim, decorre que é necessário entender a força da cultura dessas comunidades, valorizar os conhecimentos construídos em sua vivência e estimular a difusão de um olhar próprio que proponha o reconhecimento dessa cultura e direitos. Romper com a lógica da submissão a emissores de conteúdos é estratégico para que essas comunidades assumam um papel histórico de enfrentamento da informação globalizada e do sistema opressor e concentrador de riqueza e poder que restringem o desenvolvimento dessa população em nosso pais.


DETALHAMENTO SOBRE O QUE É A REDE MOCAMBOS.


A REDE MOCAMBOS é um projeto da Casa de Cultura Tainã, sediada em Campinas.

“Nós trabalhamos a questão da identidade cultural por meio das ferramentas tecnológicas. É muito importante para essas comunidades estarem incluídas socialmente e digitalmente. Assim, podemos ajudar a promover o desenvolvimento local” - Antonio Carlos (TC)


O que é a REDE MOCAMBOS?

  • Canal de comunicação
  • Rede de comunicação e solidariedade.
  • É uma rede de diferentes programas, projetos e ações voltados para o desenvolvimento humano integral e a preservação do patrimônio histórico e memória em áreas de Quilombos.
  • Projeto de redes de comunicação
  • Rede solidária de comunidades
  • Projeto popular para comunidade negra e periférica
  • Promoção da inclusão digital de comunidades ligadas à cultura afro-brasileira.


Onde a REDE MOCAMBOS atua?

  • Atua em diferentes territórios urbanos e rurais da confederação brasileira.


Quem fala na REDE MOCAMBOS?

  • Comunidades
  • Parceiros colaborativos de diferentes programas, projetos e ações voltados para o desenvolvimento; humano, social, econômico, cultural, ambiental e preservação do patrimônio histórico – memória.


Como fala a REDE MOCAMBOS? como quer alcançar seus objetivos?

  • Modelo de gestão compartilhada
  • Ferramentas de software livres
  • Oficinas de formação para produção e apropriação de conhecimento livre e acesso à informação (oficinas de replicação) pela formação e capacitação em Software Livre para a produção do conhecimento e acesso crítico a informação.
  • Pela promoção de competências pessoais, coletivas, sociais, formativas, produtivas de indivíduos e comunidades
  • Pelo fortalecimento institucional das organizações
  • Pela ampliação de acesso aos bens, serviços e novas tecnologias de comunicação e informação (transferência e apropriação da tecnologia)
  • Pelo incentivo ao protagonismo da juventude (formação e capacitação de jovens das comunidades para atuar como educadores/disseminadores de conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento de suas comunidades e para interferir na realidade local)
  • Pela integração das comunidades quilombolas à Rede Mocambos
  • Pela troca de informações, valores e tecnologias
  • Pela produção de conteúdos em multimídia
  • Pela constituição de emissoras comunitárias de rádio e televisão
  • Pela apropriação de tecnologias de manejo ambiental, construção civil e ocupação sustentável de espaços culturais e territoriais
  • Pela promoção de oficinas e vivências de capacitação com jovens para o manejo de tecnologias ambientais e de comunicação e de produção do conhecimento e da informação com ferramentas livres
  • Pela promoção de oficinas formativas continuadas para documentação da experiência em áudio/vídeo
  • Potencializar a constituição de 5 Núcleos de Formação Cultural e de Tecnologia Digital


Quais são os objetivos da a REDE MOCAMBOS?

  • Fortalecer identidade cultural e lutas políticas
  • Contribuir para a efetivação de políticas públicas
  • Trocar idéias e experiências com outras comunidades
  • Promover intercambio cultural, político e econômico
  • Reparar a dívida histórica das sociedades (GRUPOS SOCIAIS) que participaram da economia escravista os afrodescendentes.
  • Potencializar o desenvolvimento no âmbito local e regional
  • Permitir o protagonismo das populações vítimas de discriminação, e que vivenciam desvantagens sócio-econômica, política, cultural e ambiental.
  • Elaborar, monitorar, avaliar e controlar políticas públicas para a eqüidade.
  • Ocupar e criar espaços de proposição, monitoramento e avaliação de políticas públicas
  • Qualificar integrantes da Rede para a formulação e negociação de propostas;
  • Apoiar as comunidades remanescentes de quilombos.
  • Produzir informação sobre a cultura das comunidades e o meio ambiente em que vivem
  • Apoiar projetos de etnodesenvolvimento das comunidades.
  • Desenvolvimento institucional em comunidades remanescentes de quilombos.
  • Incentivar a participação do Brasil nos fóruns internacionais de defesa dos direitos humanos.
  • Estimular o debate político-cultural
  • Resignificar/valorizar conhecimentos tradicionais
  • Potencializar o desenvolvimento de forma sustentável no âmbito local e regional em diferentes territórios do Brasil e África
  • Contribuir para a efetivação de políticas públicas para a reparação para com os afro descendentes.
  • Incentivar o desenvolvimento social sustentável
  • Valorizar conhecimento e sabedoria populares e produção local

implementar novas abordagens e ações de geração de renda

  • Discutir o manejo apresentável de recursos naturais
  • Reconhecer, estimular e documentar a criação de iniciativas inovadoras, autogeridas e sustentadas
  • Identificar e documentar junto às comunidades integrantes da Rede Mocambos suas manifestações e seu patrimônio histórico e cultural, material e imaterial, e manter organizada essa documentação
  • Construir um portal de comunicação na Internet para difusão da produção coletiva dos integrantes da Rede Mocambos
  • Construir estratégias de ampliação do acesso a bens, serviços, trabalho e renda
  • Estimular o desenvolvimento institucional nas comunidades remanescentes de quilombos


Qual a origem do nome MOCAMBOS?

Cultura de resistência dos quilombos:

“O mocambo ou mucambo, a palhoça ou o tejupar, são denominações dadas a moradias construídas artesanalmente usando materiais locais. Nos quilombos mais antigos, como o quilombo de Palmares, os mocambos eram construídos em círculos para facilitar a comunicação e como tática de defesa e resistência.”

“Quilombo é sinônimo de luta pela terra e liberdade, e desta luta que começou há mais de trezentos anos surgiram as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira. Comunidades que sobreviveram até hoje na contracorrente da concentração fundiária e da devastação da Mata Atlântica.” (www.quilombosdoribeira.org.br)


Quem está na REDE MOCAMBOS?

27 comunidades (12 pontos de cultura e 15 quilombos)

31 contam com a parceria do Gesac e já estão conectados à Internet

65 novas comunidades serão integradas à Rede Mocambos e deverão ser conectadas à internet.


Qual o contexto e a história da REDE MOCAMBOS?

Criada no ano de 2001

Contexto de criação

Calor do debate sobre o processo de realização do Fórum Social Mundial

Ano da III Conferência Mundial contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas (África do Sul de 31 de agosto a 8 de setembro 2001)

Partindo da premissa de que a democracia converge na igualdade de oportunidades, de tratamento e de condições, priorizamos a questão da inclusão voltada às populações vulneráveis, cujos territórios urbanos e rurais são demarcados pelas diferentes formas de discriminação, violência, ausência de serviços públicos essenciais, desemprego e subemprego entre outras formas de violação de direitos. Considerando o imenso poder que os meios de comunicação exercem, sendo fundamental na construção de estratégias de dominação e controle das populações a eles submetidas, o acesso aos meios de produção e difusão da informação e conhecimento é essencial para as comunidades quilombolas hoje. Daí decorre que é necessário entender a força de sua cultura, valorizar os conhecimentos construídos em sua vivência e estimular a difusão de um olhar próprio que proponha o reconhecimento dessa cultura e direitos. Romper com a lógica da submissão a emissores de conteúdos é estratégico para que essas comunidades assumam um papel histórico de enfrentamento da informação globalizada e do sistema opressor e concentrador de riqueza e poder que restringem o desenvolvimento dessas populações em países como o Brasil.


Quais são os parceiros da rede, por estado

SÃO PAULO

- Campinas: Casa de Cultura Tainã / Projeto Herbert de Souza / Coletivo de Mulheres Laudelina / Nação Congo/ Centro de Convivência e Cooperativa Toninha

- Americana: Associação Arte de Vencer – Tambor Menino

- Salto de Pirapora: Quilombo Cafundó

- Atibaia: Quilombo de Brotas

- Itapeva: Quilombo Jaó

- Vale do Ribeira: Eldorado : André Lopes / Nhunguara / Sapatu / São Pedro / Galvão / Ivaporunduva / Quilombo Pedro Cubas 1 e 2

- Cananéia : Mandira Quilombo Maria Rosa

- Iporanga : Porto Velho / Cangume/ Maria Rosa / Pilões

- Barra do Turvo : Cedro / Pedra Preta / Ribeirão Grande

- Ubatuba: Caçandoca / Camburi / Fazenda da Caixa

RIO GRANDE DO SUL

- Porto Alegre: Instituto Cultural Afro-Sul – Projeto Afro-sul Odomodê

Pelotas: Associação Chibarro

MATO GROSSO DO SUL

- Campo Grande - Mukando Kandango (Associação Familiar da Comunidade Negra São João Batista)

PERNAMBUCO

- Olinda: Maracatu Leão Coroado / Núcleo de Memória Coco de Umbigada – Escola de Ensinamento de Mãe Preta / Alafin Oyó / Comunidade Xambá

- Salgueiro: Associação Quilomba de Conceição das Crioulas PARÁ

- Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO) / UCLA - Projeto Puraqué - União da Cultura Livre da Amazônia (Santarém) / Associação Quilombola de Salvaterra (Marajó)


AMAPÁ

- Conselho das Comunidades Afro-descendentes do Amapá - CCADA (Macapá) / Associação dos Agricultores e Moradores da Comunidade Torrão do Matapi - AAMCTM (Macapá)


links da pesquisa:

http://oca.idbrasil.org.br/wiki2/index.php/Rede_Mocambos

http://estudiolivre.org/tiki-browse_freetags.php?tag=rede%20mocambos

http://wnews.uol.com.br/site/noticias/materia.php?id_secao=1&id_conteudo=9544

http://www.cultura.gov.br/blogs/cultura_digital/?p=97

http://ourproject.org/moin/mocambos

MOCAMBOS

Grupo Bongar

O Bongar é composto por seis jovens, integrantes do terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. O grupo foi fundado em 2001, com o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos, no dia 29 de junho. O grupo Bongar tem um trabalho voltado para preservação e divulgação da cultura pernambucana. A formação musical dos integrantes tem origem no universo popular, especificamente da comunidade religiosa Xambá. O Bongar mostra em suas apresentações toda a musicalidade do Coco da Xambá, uma vertente desse ritmo tão presente no Nordeste do Brasil, além de ciranda, maracatu, candomblé, entre outros ritmos da cultura de raízes. O Bongar também realiza oficinas de percussão e dança popular, confecção de instrumentos, aulas-espetáculos e palestras. O público, através do show do Bongar terá a oportunidade de conhecer, não só a música e a dança deste coco tão peculiar, mas compreender a formação histórica e cultural desta Nação. O Bongar tem uma musicalidade muito forte de diversas influências musicais, vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá. Os integrantes do grupo herdaram toda essa musicalidade desde a infância, ouvindo os mais velhos e aprendendo com eles os toques, as loas e as danças, durante as festas da Casa Xambá.

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