ROTAFUNARTE
Conteúdo |
Edital FUNARTE de Arte Negra
Título do projeto
Rota dos Baobás - Sementes da Memoria
Sintese
A Rota dos Baobás - Sementes da Memoria visa fortalecer as ações de articulação da Rede Mocambos, que integra aproximadamente 200 comunidades, em 18 estados brasileiros, em sua maioria comunidades quilombolas, urbanas e rurais e também entidades culturais e de terreiros, focando no registro, organização, patrimoniamento e divulgação de conteúdos históricos, artísticos, culturais e linguísticos. Busca-se a transmissão de conhecimentos de detentores e/ou produtores de bens culturais de natureza imaterial para as novas gerações.
Objetivo
Potencializar a estruturação da Rede Mocambos através da apropriação das novas tecnologias de comunicação e intercambio entre as diferentes realidades mas que buscam as mesmas oportunidades de acesso e inclusão sócio/digital. Desenvolver mapeamento e geo referenciamento dessas comunidades para facilitar a integração entre elas promovendo assim uma rede de trocas, compartilhamento de saberes, conhecimentos, intercâmbio cultural, e de comércio solidário.
Justificativa
Por ser um projeto que acumula 8 anos de experiência onde se pode observar resultados de compartilhamento, apropriação de conhecimentos que vão desde a manutenção de equipamentos até a produção de soluções tecnológicas para fins sociais, como por exemplo a produção coletiva do Portal de Comunicação da Rede Mocambos (www.mocambos.net), e a construção do gerador de energia elétrica produzido na Tainã durante a Pajelança Quilombólica Digital que reuniu 40 representantes de comunidades quilombolas da Bahia entre 08 e 15 de março de 2010. Este gerador foi instalado na comunidade de Ribeirão Grande, Barra do turvo, SP, e conseguimos iluminar o centro social da comunidade e 7 residencias.
Dignificados enquanto marco identitário, os Baobás confirmam um mandato repassado por gerações que habitam o reino dos antepassados, ciosamente resguardado em nome da tradição. Assim, bem mais do que uma árvore, o Baobá é, por excelência, o guardião de sentidos e significados endossados pelos povos da África, pelas suas sociedades e culturas, seus modos de ser, suas aspirações, expectativas de vida e religiosidade.
Nesta via de entendimento, a robustez da árvore e capacidade em sobreviver por séculos, refletem a perpétua disposição dos povos africanos em continuar a manter sua presença no tempo e no espaço. Ademais, explicitando-se enquanto referência espiritual da vida comunitária, o Baobá assegura que independentemente do que vier a acontecer, ele é repositório da experiência ancestral, cujos ensinamentos, são permanentemente reapresentados às novas gerações. Por outro lado, este apanhado de significados sociais e culturais não transita abstratamente pela mente do povo. Isto porque aos Baobás se vincula o modo como o espaço é vivenciado na África tradicional e à sua importância enquanto referência constitutiva da territorialidade e de seus dinamismos. Nesta averbação, aos Baobás se vinculam processos de esculturação do meio natural, animando os modelados antropogênicos que substituíram ao longo do tempo histórico o meio natural encontrado pelos humanos. Tal assertiva difere tremendamente das concepções pautadas pela ciência ocidental quanto à transformação do meio natural. Postulando o entendimento de que transformar a natureza significa sobrepô-la com objetos técnicos e substituí-la por uma paisagem artificial, carpintejada (SANTOS, 1988 e 1978; TUAN, 1980), colocar em discussão ações antropogênicas mantendo parceria com elementos oriundos da natureza - no caso, os Baobás - poderia, em razão de primados acadêmicos hegemônicos, até mesmo sugerir um despropósito. Na realidade, compreender a organização do espaço africano reclama identificar os móveis que respaldaram seu surgimento, diferentes dos conceitos que regem a mentalidade ocidental. Nesta via de entendimento, vale registrar que o ocidente, pautando como válida apenas sua modalidade de transformação da natureza, recusou-se terminantemente a legitimar proposições de organização do espaço e dos elementos que o constituem desenvolvidas pelas sociedades extraeuropeias.
Etapas de execução
Publico alvo
Comunidades ligadas à Rede Mocambos nas regiões onde estão sendo implantados os Núcleos de Formação Continuada da Rede: Alcântara/MA, Itacaré/BA, Olinda-Salgueiro/PE, Porto Alegre – Pelotas/RS, Sapê do Norte/ES, Paraty – Litoral Paulista/RJ, Vale do Ribeira/SP, Belém do Pará/PA,
Produto final
Guia de elaboração de projeto funarte
PRÊMIO FUNARTE DE ARTE NEGRA
GUIA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS
TÍTULO DO PROJETO
Aqui o proponente deve colocar o nome escolhido para o projeto
SÍNTESE
Neste campo o proponente deve apresentar seu projeto, descrevendo-o conceitualmente de forma resumida e também relacionando suas atividades, informando o local e data de realização, se tem algum artista/grupo artístico envolvido em parceria.
OBJETIVO
Neste espaço, o proponente deve descrever de forma clara O QUÊ pretende fazer e alcançar com a execução do projeto.
JUSTIFICATIVA
Aqui, o proponente deve explicitar a IMPORTÂNCIA do projeto no campo artístico no qual se insere e as MOTIVAÇÕES que o levaram a apresentá-lo, observando os critérios de avaliação previstos no edital. O proponente deverá descrever também seu valor simbólico, histórico e cultural, sua contribuição para o desenvolvimento cultural e artístico nacional/regional, através das manifestações artísticas e culturais envolvidas. Além disso, é preciso evidenciar os benefícios gerados pelas ações sugeridas e a capacidade de gerar outras ações, assim como o porque da escolha do módulo financeiro.
ETAPAS DE EXECUÇÃO
Neste item, o proponente deve apresentar: 1. os procedimentos e as ações necessárias para a execução do projeto (“como irá fazer”); 2. o cronograma das ações propostas (com indicações dos respectivos prazos para as atividades, determinando a viabilidade da proposta).
PÚBLICO ALVO
O proponente deve descrever o público alvo do projeto, a estimativa do número de pessoas beneficiadas, as características sócio-econômicas da população beneficiada, a duração e a profundidade das ações de fruição, sensibilização, capacitação ou formação
PRODUTO FINAL PREVISTO
O proponente deve apresentar o produto final previsto por seu projeto. Por exemplo: um espetáculo de dança, uma peça de teatro, uma exposição, uma pesquisa, uma publicação, um Cd, um vídeo, uma xilogravura, etc.