Usuário:Prisciladila

De Rede Mocambos
Edição feita às 19h42min de 19 de agosto de 2012 por Prisciladila (disc | contribs)
Ir para: navegação, pesquisa


Conteúdo

Justificativa

É possível estruturar os produtos culturais desta rede em acervos tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana, a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet.

Em médio-longo prazo, a rede funcionará como uma fonte de produção de conteúdo local, e consulta para o público em geral. Os recursos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas relacionados à matriz cultural africana, com particular consideração à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio. De maneira inovadora, o projeto fornecerá recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados de forma complementar no ensino fundamental e médio.

Com o fortalecimento das instituições através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão e capacidade de reconhecimento do que são bens materiais e imateriais nas comunidades tradicionais, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização e catalogação se constitui afinidade com a criação da lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas. Ou seja, ele tem como meta melhorar a possibilidade de que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta no espaço digital.


Em parceria com pesquisadores do NIED-UNICAMP e do CLE-UNICAMP, a Casa de Cultura Tainã, utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, poderá estruturar melhor este processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. Há tradicionalmente na historiografia do estado de São Paulo um gesto de apagamento das iniciativas das comunidades negras em busca da liberdade e cidadania, com maior ênfase nos movimentos em prol da liberdade e direitos humanos realizados pela burguesia branca em prol dos escravos e ex-escravos. Este projeto acolhe a importante cooperação com a universidade, e posiciona a Casa de Cultura Tainã como protagonista desta valorização histórica e cultural. É preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos e das comunidades tradicionais e a academia é uma importante parceira para a execução deste projeto.

O IPHAN ganha:

   uma biblioteca digital descentralizada, que pode ser agregada à rede de bibliotecas do IPHAN. Esta biblioteca é estruturada a partir dos conteúdos, valores e tecnologias desenvolvidas nas próprias comunidades. O ganho social é imenso, na medida que a questão da autonomia e sustentabilidade do projeto são necessárias para a continuidade do mesmo, e este perfil de trabalho tem como valor agregado a possibilidade da continuidade do projeto;
   Um modelo de empoderamento tecnológico e cultural, de baixo custo, que poderá ser aplicado em outras comunidades, de forma a expandir a coleta de informações sobre os interesses das comunidades em suas próprias bases; e organizar uma interlocução com a universidade, com o IPHAN e com a UNESCO a partir dos valores locais. 

A Casa de Cultura Tainã e as comunidades integrantes a Rede Mocambos ganham:

   Capacitação de recursos humanos de forma a reconhecer e valorizar o patrimônio cultural das comunidades de matriz africana ligados à Rede Mocambos; 

Desenvolvimento de tecnologia de baixo custo para educação patrimonial; Documentação pelos meios técnicos mais adequados de saberes, celebrações, formas de expressão e lugares relacionados à história, à memória e à identidade; Criação e publicação de acervos digitais ligados à cultura material e imaterial de comunidades de raiz africana de forma estruturada.

A UNICAMP ganha:

   Espaço de interação entre universidade e comunidade como forma de extensão e retorno do investimento feito em uma universidade pública;
   Possibilidade de pesquisa sobre condições reais de produção e difusão de conteúdo local;
   Produção de artigos e trabalhos científicos de forma participativa com a comunidade local. que visualiza reflexos sócio-ambientais, tendo como princípio que tais reflexos podem ser alcançados de forma coletiva e colaborativa com a estruturação de uma rede digital para intercâmbio de tecnologias livres e produção e circulação de conteúdo aberto.



Esquema nucleos.png

Fortalecimento Institucional e Desenvolvimento Socioeconômico

A possibilidade de resgate das contribuições dos descendentes de matriz africana nas próprias comunidades tem valor inestimável. Depois de séculos de historiografia que representa as negras e negros no Brasil como coadjuvantes do processo de colonização brasileiro contado por outras matrizes culturais, torna-se possível ganhar voz e - esperamos - colocar questões para a "formação da cultura nacional". É preciso participar desta discussão como protagonista, e esta é a oportunidade de preparação das comunidades para ocupar este papel.

Considerando que as comunidades tradicionais possuem um histórico de suas práticas que se estruturam como tradição, o fortalecimento institucional precisa ter imanente essa organização como um estabelecimento de inovação no que pode ser considerado este fortalecimento.

Tendo isto em vista, o fortalecimento precisa colocar a cosmo visão africana como referência sendo uma das heranças que tais comunidades levam a cabo em suas vivências, uma visão que relaciona todas as práticas, ações e produções ( aqui precisa definir a cosmo visão, num sei, de repente colocar uma referência também) harmonicamente. Na África, apesar da diversidade, profundidade e peculiaridade gigantesca dos povos africanos, ela tem um aspecto civilizatório, ou seja faz parte do desenvolvimento político-social e de organização que não se fragmenta em burocracias mas enxerga a Terra, todos os seres vivos, entre eles o ser humano, a organização coletiva, aspectos educativos e de estruturação cultural como uma relação intrínseca às decisões, ações, práticas e produções de tecnologias sociais,econômicas, políticas e culturais.

Esse elemento, fomentado e vivido pelas comunidades quilombolas no Brasil, possibilita compreender que o fortalecimento institucional e desenvolvimento socioeconômico se dá com o fortalecimento das práticas já desenvolvidas e respostas já encontradas para demandas que observadas pelas comunidades para continuar existindo, garantindo sua autonomia e a valorização de suas criações, em todos os campos de suas práticas que se inter-relacionam. A Rede Mocambos nasce também dessas demandas e realiza um trabalho em rede entre as comunidades; tais necessidades evidenciaram que os Núcleos de Formação ( já citados detalhadamente ou resumidamente no histórico da entidade) favorecem tal desenvolvimento a partir de tecnologias sociais e digitais com o registro das diversas práticas gerando conteúdo para ser organizado a fim de que esse conteúdo seja compartilhado entre as comunidades inicialmente. Neste sentido o projeto contribui com a visão das comunidades que, tendo como herança a cosmovisão africana de mundo, traz a compreensão de que o pleno fortalecimento desenvolvimento só se dá - e faz parte - em harmonia com o entrelaçamento de suas práticas, ações e produções para a sustentabilidade de sua existência e a Rede é um organismo que se estrutura neste olhar criando mecanismos para este desenvolvimento.

Metodologia

Estando evidente o histórico da Rede Mocambos, a proposta aqui apresentada visa trabalhar conteúdos já existentes, capitados nas comunidades ( vídeos, fotos e textos ), bem como trabalhar conteúdos relativos a outras tecnologias que precisam ser conhecidas e desenvolvidas de acordo com a comunidade específica. A metodologia tem como fundamento as três frentes da Rede Mocambos já citadas no plano de trabalho.'O Núcleo de Produção de Conteúdo'(NPC) é uma ação em rede onde será elaborado um tutorial para servir de referência para as Pajelanças Quilombolicas. O NPC terá como lugar de encontro a Casa de Cultura Tainã e será a primeira ação a ser realizada. Neste encontro o foco é a formação de base para construir e encaminhar acervo para biblioteca digital, bem como a produção de notícias para o Portal da Rede Mocambos e migrar o portal para outra ferramenta e para a organização do Mapa de Geo-referenciamento para descrição das comunidades no mapa. A segunda ação está relacionada ao Núcleo de Formação Continuada, é a Pajelança Quilombolica (descrição do que é ou colocar a descrição da pajelança no plano de trabalho.) Cada Pajelança terá um foco diferente orientado pela comunidade. (Aqui definir quais são as comunidades e quais são práticas e necessidades de cada comunidade envolvida)



  • Formação em produção e uso dos conteúdos nas Pajelanças realizadas em comunidades que já utilizam ferramentas para produção audiovisual e fotográfica, entre outras, para inserir tal conteúdo no Portal.


  1. E' de Lei
  2. Rede Mocambos
  3. ....
Nome Endereço Contato
Vince Campinas vinc....
TC Campinas Exemplo
Fatima Itu Exemplo

Fotos

Notas

Projetos

  • E' de Lei
  • Rede Mocambos
  • ....
  1. E' de Lei
  2. Rede Mocambos
  3. ....
Nome Endereço Contato
Vince Campinas vinc....
TC Campinas Exemplo
Fatima Itu Exemplo

Fotos

Ferramentas pessoais
Variantes
Ações
Navegação
Ferramentas
Rede Mocambos