Natureza e Arte

De Rede Mocambos
Edição feita às 18h15min de 11 de setembro de 2013 por Chicolleitao (disc | contribs)
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Conteúdo

PROJETO NATUREZA E ARTE

NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO JARDIM BOTÂNICO- NPDJB-IAC

Justificativa

O Instituto Agronômico de Campinas- IAC, fundado em 1.887 por D. Pedro II, é uma instituição pública centenária, dedicada à pesquisa agrícola e vinculada à Secretaria de Agricultura do Governo do Estado de São Paulo. Possui um Jardim Botânico enquadrado pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (publicado em Diário Oficial de 28 de abril de 2010) na categoria B, mesma categoria do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fazendo parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Nosso Jardim Botânico reúne coleções de espécies vegetais de importância econômica e ecológica, representadas principalmente por espécies arbóreas e palmeiras, muito raras, constituindo um dos maiores acervos de recursos naturais e genéticos do País. As coleções de árvores, com cerca de 5 mil espécies, representam patrimônio natural e genético para pesquisa e preservação ambiental de valor e potencial inestimáveis, acumulado em mais de 100 anos de história da instituição. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do IAC - NPDJB-IAC, tem como missão criar as condições exigidas para o estabelecimento de um jardim botânico, tais como: cultivo, expansão e manutenção das coleções destinadas a pesquisa e preservação; herbário; biblioteca e infra-estrutura adequada ao atendimento dos servidores e visitantes. Dentre outras atividades, o NPDJB mantém viveiros de produção de mudas de espécies raras e desconhecidas, pesquisas sobre cultivo e possibilidades de utilização de espécies de bambu, projetos de educação ambiental, pesquisas com fitoterápicos. Neste ambiente, identificamos um potencial de fortalecimento destas atividades através do estabelecimento de novas formas de relacionamento com outras instituições atuantes em Campinas (SP).

Parceiros

Para a realização deste projeto foram estabelecidas relações com importantes instituições, com histórico, qualificação e credibilidade reconhecidas, a saber: Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico-IAC; Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos; Centro de Convivência e Cooperativa Toninha; Casa das Oficinas; Centro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos" (Ceprocamp); PROjeto GENte Nova (Progen); RUMO - Educação para a Cidadania; Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira; Instituto das Artes Luana Lopes; Ecomercado Avis Rara; e Escola Amarelinha.

Objetivos

Implementar ações de impacto social e ambiental, incluindo geração de renda, a partir das atividades desenvolvidas pelo NPDJB em parceria com as instituições participantes.

Atividades propostas

  • Formação de coleções de espécies vegetais, extensões do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas, reunindo espécies raras, pouco conhecidas e cultivadas, com critério pedagógico, em escolas e instituições públicas e privadas;
  • Orientação de mão de obra especializada nas áreas de:

-coleta e beneficiamento de sementes;

-produção de mudas de espécies raras e desconhecidas para difusão e preservação;

-formação e manutenção de jardins, sempre com introdução de novas espécies, caracterizando pequenas coleções.

  • Pesquisa de materiais buscando a identificação e determinação do potencial de diversos elementos de origem vegetal (frutos, sementes, madeiras e bambus) e suas aplicações práticas para utilização em marcenaria, artesanato e arte, especialmente a criação e construção de instrumentos musicais. Como desdobramento, pretende-se estimular a formação de grupos musicais utilizando os instrumentos produzidos;
  • Criação de uma linha de produtos usando matéria-prima vegetal própria, com a marca “IAC/ Jardim Botânico”;
  • Seleção e cultivo de espécies para emprego nas atividades propostas;
  • Produção e comercialização de brindes em loja própria do IAC/ Jardim Botânico e em redes parceiras;
  • Formação de monitores para visitas às instalações do IAC/ Jardim Botânico;
  • Desenvolvimento de atividades educacionais;
  • Sistematização e publicação de materiais de divulgação científica, educativa e popular a partir dos resultados obtidos.

Público alvo

  • Comunidade do entorno da instituição;
  • Jovens e adultos interessados em inserção no mercado de trabalho nestas áreas de produção;
  • Grupos sociais caracterizados como em risco ou vulneráveis social, econômica e ambientalmente;
  • Comunidade em geral

Metodologia

Recursos necessários

Existentes na Instituição:

  • Coleções de espécies vegetais: matéria-prima (sementes, frutos, madeiras e outros)
  • Profissionais capacitados em Educação Ambiental e em Agricultura e Pesquisa
  • Área para cultivo
  • Oficina de Marcenaria

Profissionais nas áreas específicas:

  • Marcenaria
  • Jardinagem
  • Artesanato e criação artística
  • Educação, Comunicação e Tecnologia da Informação (TI)

Recursos de apoio:

  • Alimentação
  • Transporte
  • Material didático
  • Ferramentas e Insumos diversos

Parceiros

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas - NPDJB-IAC

O NPDJB-IAC desenvolve atividades de coleta e beneficiamento de sementes, produção de mudas,implantação de coleções de espécies vegetais, paisagismo e jardinagem, jardim sensorial, recepção de visitas monitoradas em todos os níveis e faixas etárias, formação de monitores. Cabe destacar o projeto "Jardim Botânico - IAC vai à escola", que vem sendo desenvolvido principalmente na escola pública estadual Professor Newton Silva Teles, Vila Costa e Silva, Campinas, constituindo parte de um projeto praticado a nível nacional, "O Jardim Botânico vai à escola", também realizado por outros Jardins Botânicos participantes da Rêde Brasileira de Jardins Botânicos. As atividades acima citadas, poderão ser estendidas e incrementadas dentro do Projeto Natureza e Arte e em conjunto com as instituições parceiras.

Cecco Toninha

O Centro de Convivência e Cooperativa Toninha (CCCT), no bojo da parceria com o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas para a realização do Projeto Natureza e Arte, propõe-se a desenvolver inicialmente duas ações, a saber:

1.Composição de grupo de voluntários ligado ao CCCT para desenvolver atividades de cultivo e manutenção de mudas e cuidado de plantas na Fazenda Santa Elisa, onde se encontra o Jardim Botânico -IAC;

2.Produzir na sede do CCCT, em oficinas com frequentadores do CCCT da comunidade local, bijuterias e utensílios domésticos artesanais com insumos vegetais fornecidos pelo NPD Jd Botânico.

A estas ações, que se inserem na lógica e objetivos do Projeto Natureza e Arte, o CCCT poderá incluir novas atividades, com a ampliação de nossas próprias ações na comunidade e com o maior conhecimento de nossos frequentadores sobre esta parceria que hora iniciamos, já que em diversas de destas nossas ações cotidianas os objetivos são convergentes com os do projeto, o que, portanto, permite uma progressiva aproximação de outros grupos presentes em nossa rotina.

Progen

O Progen desenvolve atividades de caráter socioeducativo, atendendo 630 crianças e adolescentes de 6 a 24 anos e suas famílias, 300 idosos e 340 famílias em situação de vulnerabilidade social em duas unidades situadas na Região Noroeste da Cidade de Campinas, unidades Castelo Branco e Satélite Iris I. A proposta socioeducativa visa propiciar às crianças e adolescentes, idosos e seus familiares condições para desenvolvimento de uma cidadania consciente e atuante.


Rumo-Educação para a Cidadania

www.gruporumo.org

A Rumo tem como missão oferecer às crianças e suas famílias, vivências significativas,valorizando seu conhecimento individual, contribuindo para a formação de sua cidadania, assim como atividades voltadas ao aprimoramento de sua educação global. Com isso pretende-se proporcionar o resgate de valores e atitudes coletivas perante às pessoas e o ambiente que as cercam. Tem um quadro técnico composto por pedagogas, assistentes sociais, um arquiteto e urbanista, e outros voluntários com diferentes formações. Dentre as ações que desenvolvemos podemos contribuir no que diz respeito a uma Educação para o Ambiente (problematizações, jogos; pesquisa-ação); Jogos Cooperativos e Oficinas de Planejamento Participativo, tendo como ferramenta o DRP - Diagnóstico Rápido Participativo. Esse tem sua origem em projetos de extensão rural, cujos objetivos são de recuperar uma concepção holística do manejo dos recursos naturais renováveis. Tais experiências tiveram êxito em países das Américas Central e Latina no final da década de 80 e início da década de 90. Tal metodologia aposta no que as pessoas sentem, desejam e pensam a respeito do que se queira abordar, podendo ser utilizado em qualquer tipo de projeto que venha a ser pensado coletivamente, garantindo palavra e peso no processo de tomada de decisões. A utilização do DRP na comunidade contribui para que a participação dos sujeitos seja valorizada e por conseqüência respeitada, pois a partir da valorização do modo de vida das pessoas é que conseguiremos alcançar o equilíbrio desejado, intensificando a proposição de projetos educacionais que destaquem a cooperação e coletividade, e que ainda darão suporte para o fortalecimento e desenvolvimento comunitário.

Secretaria Municipal de Educação / Ceprocamp

Através da secretaria faremos uso dos equipamentos, materiais e assessoria técnica para elaboração de subprojetos que visem o desenvolvimento da consciência ecológica na população de Campinas, em especial nos cidadãos envolvidos nos programas educacionais formais (ensino infantil e fundamental) e nos de inclusão, FUMEC e Qualificação Profissional. Em contrapartida, a Secretaria de Educação de Campinas (SME) dará apoio pedagógico e de recursos humanos, no que competir na elaboração e implementação de propostas de caráter educacional. Algumas propostas de trabalho já viáveis: Cursos de qualificação profissional de artesanato utilizando materiais naturais. Qualificação profissional de jardineiros e paisagistas. Estágios supervisionados dos cursos técnicos em segurança do trabalho. Elaboração de projetos para segurança ergonômica e riscos a saúde do jardim botânico quando aberto ao publico. Estágios supervisionados dos cursos de técnico em meio ambiente. Elaboração de projetos de viabilidade sanitária (banheiros ecológicos) e reuso de água. Ampliação às escolas e centros infantis da prefeitura do projeto Arboreto na Escola do Jardim Botânico. Esses e outras propostas semelhantes podem ser inseridos ou modificados de acordo com a viabilidade e andamento dos trabalhos no projeto Natureza e Arte.


Casa de Cultura Tainã / Rede Mocambos

A Casa de Cultura Tainã é uma entidade cultural e social sem fins lucrativos fundada por moradores da Vila Castelo Branco e região em 1989 como nome de Associação de Moradores da Vila Castelo Branco e, mais tarde, através de um concurso, foi escolhido o nome de Casa de Cultura Tainã que hoje fica na Vila Padre Manoel da Nóbrega região noroeste do município de Campinas, SP. Sua missão é possibilitar o acesso à informação, fortalecendo a prática da cidadania e a formação da identidade cultural, visando contribuir para a formação de indivíduos conscientes e atuantes na comunidade. A Casa de Cultura Tainã apresenta-se, hoje, como uma das poucas opções de ação comunitária efetiva, sendo reconhecida como a única referencia cultural numa região onde se registram todos os tipos de carências, resultantes da falta de políticas sociais que assegurem a sobrevivência e a qualidade de vida de crianças e jovens. Ela atende hoje em média 450 crianças e adolescentes/mês e 1.350 pessoas indiretamente através de atividades, oficinas e shows realizados fora da entidade.

Além deste projeto, a Casa de Cultura Tainã tem mais quatro áreas:

  • Rede Mocambos - Rede de Comunicação Social com comunidades quilombolas em 18 Estados
  • Fábrica de Música - Estúdio Multimídia
  • Lidas e Letras - Biblioteca
  • Rota dos Baobás - Plantio de Baobás e Georreferenciamentos das comunidades quilombolas que fazem parte da Rede Mocambos
  • Projeto Orquestra Tambores de Aço
  • Telecentro Dona Nina - Programa Telecentros.Br
  • Laboratório de Tecnologia Digital
  • Centro de Convivência e Cooperativa Toninha

Tecnologias Sociais

Tenda dos Saberes na Casa de Cultura Tainã
Das ações desenvolvidas pela Casa de Cultura Tainã e a Rede Mocambos queremos destacar algumas que consideramos de maior relevância: A construção da Tenda dos Saberes, reuniu estudos e pesquisas sobre estruturas em bambu para construção de casas e instalações arquitetônicas. Numa ação direta da integração com o Projeto " Natureza e arte" pudemos, em em curto espaço de tempo e contando com todo suporte técnico, reservas de bambu e orientação dos parceiros do Instituto Agronômico de Campinas, realizar uma das iniciativa mais importantes e expressivas no sentido de fundamentar conhecimentos e saberes ancestrais e populares como elemento fundamental ao desenvolvimento sustentável e a valorização desses saberes. No momento onde estamos investindo na pesquisa com o bambu como uma alternativa de desenvolvimento sustentável, é sancionada pela presidenta Dilma Rousseff o projeto de lei que institui a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu – a Lei do Bambu.

O bambu tem inúmeras utilidades, podendo ser usado na construção de móveis, de benfeitorias e dependências de uso rural, na fabricação de utensílios domésticos e de decoração. Sua fibra é utilizada, ainda, para a confecção de tecidos. Na construção civil, o bambu pode ser utilizado de várias formas, como escoramento em obras e acabamento. Sua utilização de forma generalizada no campo, contribui para a redução da pressão sobre as matas nativas. O bambu é utilizado, ainda, para a reparação de áreas degradadas e como protetor de nascentes e mananciais de água.

Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira

A Casa de Cultura Fazenda Roseira é a articulação da gestão da Comunidade Jongo Dito Ribeiro em parceria com diversas entidades do segmento afro instalada na Casa Sede da antiga Fazenda Roseira, no Jardim Roseira, bairro de Campinas. A casa, construída a partir do final do século XIX, de pau a pique (taipa) e tijolos, foi reformada em 1920 e desde então foi sofrendo diversas intervenções e novos usos, diferentes do original de plantio do café. A fazenda tem várias riquezas naturais, diversas espécies de árvores nativas e exóticas e um canteiro de plantas medicinais. Esta fazenda originou, além do Jardim Roseira, outros dois bairros: a Vila Perseu Leite de Barros e o Jardim Ipaussurama. Nos últimos anos, encontrou-se inativa e no ano de 2009 o casarão da fazenda foi entregue a Prefeitura de Campinas e agora se encontra sendo usada para atividades de cultura e lazer como aulas de inglês e dança. A Fazenda Roseira encontra-se em meio a um processo de loteamento e urbanização, estando localizada às margens da Avenida John Boyd Dunlop, em frente à PUC-Campinas, dentro de um loteamento em construção. Dessa fazenda desmembrada, surgiram os bairros Jd. Roseira, Jd. Ipaussurama, Vila Perceu Leite de Barros, sendo, a área da Casa de Cultura Fazenda Roseira, a última referência histórica preservada deste lado periférico da cidade. E ao mesmo uma possibilidade efetiva de releitura histórica para a cidade de Campinas e Região Metropolitana de Campinas, e ao mesmo uma vivência transversal através da africanidade da: música, danças, arquitetura, gastronomia, artesanatos, linguagens, costumes e tradições afro brasileira relacionadas às práticas ambientais e solidária fortalecendo o auto-estima e o protagonismo comunitário.

Instituto das Artes Luana Lopes

Endereço: www.luanalopes.com.br

O Instituto das Artes Luana Lopes(IALL), localizado no distrito de Sousas, desenvolve atividades na área artística nas modalidades: DANÇA, MÚSICA, ARTES PLÁSTICAS, ARTES CÊNICAS E CIRCENSES. Há 15 anos vem representando a comunidade em diversos eventos no país, inclusive com o grupo folclórico italiano de Campinas em parceria com a Società Lavoro e Progresso e Casa di Italia.
O IALL atua no desenvolvimento de habilidades artísticas desde a primeira infância até a melhor idade e também na capacitação de profissionais deste campo. Junto à comunidade desenvolve projetos sociais como o "Bellarts", que oferece bolsas de estudo para alunos carentes da região, e o Grupo de Dança da Melhor Idade, no qual jovens maiores de 60 anos frequentam aulas semanais de dança gratuitamente e se apresentam em eventos regionais. Em parceria com o movimento Natureza e Arte, o instituto se propõe a oferecer:

  • Espaço físico para realização de cursos, workshops e exposições relacionadas ao propósito deste movimento
  • Cursos de natureza artística com profissionais qualificados
  • Apresentações diversas em eventos


Outras propostas poderão ser inseridas de acordo com a viabilidade e andamento dos trabalhos no Natureza e Arte.

Escola Amarelinha

www.amarelinhasousas.com.br

A Escola Amarelinha pretende contribuir para a formação de pessoas capazes de manter sua integridade, comprometidas com a sociedade e com o planeta. Propicia um ambiente onde a criança possa desenvolver-se e colocar-se em sua totalidade como ser intelectual, social, emocional, físico e espiritual. Adota uma proposta pedagógica que trabalha os conteúdos por meio de projetos desenvolvidos em conjunto com alunos e professores, propiciando que as crianças tragam situações de seu cotidiano que enriquecerão o trabalho a ser desenvolvido. A escola poderá contribuir na formação de educadores para trabalharem a partir de projetos de forma interdisciplinar; oficinas com crianças e educadores para elaboração de projetos pedagógicos; cessão de espaço físico para a realização de cursos e exposições.

Ecomercado Avis Rara

Agenda

Em agosto fizemos uma visita monitorada à fazenda Santa Elisa e à sede do IAC.

Em 27 de agosto de 2011, sábado, realizamos um encontro para apresentação dos proponentes e das propostas do Projeto Natureza e Arte, na sede do Instituto Agronômico de Campinas, à Av Barão de Itapura, 1481. Várias atividades aconteceram ao longo do dia, quando recebemos muitos convidados. Iniciamos fazendo uma visita monitorada aos jardins do Parque da Sede, que constituem uma pequena mas expressiva amostra das coleções de nosso Jardim Botânico, cujo cultivo sistemático foi iniciado pelo Dr. Hermes Moreira de Souza, a partir de 1960. Aqui os visitantes puderam vislumbrar cerca de 600 espécies diferentes de árvores e 150 de palmeiras, provenientes de todos os cantos do mundo. Todos os proponentes do projeto estiveram representados e puderam demonstrar o papel de cada instituição na organização e desenvolvimento das atividades propostas. O Sr. Toshiro, por exemplo, que é lutier exímio, montou um estande para demostração dos instrumentos musicais que cria e constrói, oferecendo aos interessados a oportunidade e orientação para experimentá-los. Os presentes, de todos os níveis e faixas etárias, divertiram-se enquanto aprendiam com música, caracterizando uma das principais idéias do projeto, que é reaproximar os participantes da Natureza, através da Arte. Muitos dos instrumentos expostos foram construidos a partir de elementos vegetais, alguns muito sofisticados em sua simplicidade. O Sr. Felipe,representando a Casa de Cultura Tainã, surpreendeu a todos com uma exibição impecável de Tambor de Aço, steel drum, instrumento raro e de sonoridade incomparável, inclusive apresentando-se em conjunto com o Prof. Marcos, representante das oficinas da Escola Salesiana São José, e que também constrói cajons (que são instrumentos de percussão) com características diferenciadas. A Casa das Oficinas também montou um estande exibindo seus produtos alimentícios e artesanais. Parte das atividades ocorreu na lanchonete da ASSIAC, Associação dos Servidores do Instituto Agronômico, espaço adaptado para restaurante numa estufa antiga, pela Campinas Decor. Foi montada uma pequena exposição com frutos, sementes e outros materiais de origem vegetal procedentes das coleções do Jardim Botânico. Também foram expostos painéis com reproduções fotográficas de plantas, realizadas pela artista Josiane Giacomini Alves,em trabalho conjunto, com participação importante da repórter Maraísa Ribeiro, em parceria entre o Jardim Botânico e a revista Terra da Gente. Josiane, que também é poetisa sensível, distribuiu generosamente alguns exemplares de seu livro, Metade de mim que não sei onde. Poesia, aqui e agora. Foram exibidos vídeos e apresentações musicais sempre com tema pertinente à proposta, Natureza e Arte. Foram preparadas e distribuídas diversas mudas de Nolina recurvata, pata-de-elefante, espécie vegetal que sugerimos como símbolo do projeto. Às 20:00h, ponto culminante do encontro, recebemos os Corais PIO XI e Vozes Amigas, ambos regidos pelo Maestro Osvaldo Urban, que apresentou músicas com tema referente à terra e à Natureza, inclusive composições próprias, especialmente criadas para o dia. O Coral PIO XI é tradicional em Campinas, com mais de sessenta anos de atividade ininterrupta, e possui forte vínculo com nossa instituição. Para esse dia nós havíamos programado um grande encontro entre dois maestros, ambos com 93 anos, o maestro da Natureza, Hermes Moreira de Souza, e o maestro da Arte, Osvaldo Antonio Urban. Natureza e Arte. Simbólicamente nós exibimos um vídeo registrado em matéria no Complexo Botânico Monjolinho, quando o Dr. Hermes foi entrevistado num dos primeiros Repórter Eco, da TV Cultura. E o grande encontro ocorreu no plano superior, espiritual, simbólico. Porque o Dr. Hermes já não estava mais conosco e a êle, um dos principais inspiradores de nossas ações, gostaríamos de dedicar os trabalhos do dia, com esperança de que possamos realizar sempre mais e melhor. Natureza e Arte. Em Setembro fizemos uma oficina de utilização deste wiki para inclusão de novos parceiros. Realizamos também uma reunião na EE Rosina Frazatto dos Santos, no Jardim Satélite Iris I, para apresentar o projeto e articular ações coletivas na região.

==> Apresentação do projeto - (NPDJB – IAC).

==> Desafios na área: falta de conhecimento sobre o grau de contaminação da área e as possibilidades técnicas de descontaminação.

==> Estratégias de mobilização via Intersetorial Micro II ==> Visita ao EE"Profa. Hercy Moraes, na Vila Perseu Leite de Barros, em maio de 2011, para planejamento de ação e implantação do projeto, iniciando com plantio de arboreto. ==> Programada - Visita do coletivo do projeto do satélite iris à Sede do Instituto Agronômico de Campinas, na Av Barão de Itapura, Dia 19 de outubro, com presença do Progen, da EE Rosina Frazatto dos Santos, CRAS Satélite e Instituto Bosch (e outros possíveis participantes do projeto no Sat. Iris I. ==> Reunião realizada na Casa de Cultura Tainã, dia 15/06/2013, sábado, para planejamento de site do projeto. ==> Visita à Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, para avaliação das condições de formação de um arboreto orientado em parceria com o JBIAC, bem como participação nas outras atividades sugeridas no projeto. Programada atividade conjunta para o dia 22 de Agôsto, cujo tema será a Escola e o Jardim Botânico, aproximando os alunos da Natureza, através da Arte. ==> Dia 13/07/2013, sábado, reunião na Casa de Cultura Tainã, para planejamento de ação e construção do site.

Ações

  • Arborização Especial nas Escolas, Instituições e Áreas Públicas

Extensões do Jardim Botânico, coleções de espécies raras, planejadas com rigor técnico, constituindo arboretos com matrizes para a produção de sementes e elementos que possam ser utilizados em atividades do projeto, tais como: construção de instrumentos musicais, artesanato e arte, utilizando sementes, frutos, bambus e madeiras obtidos através de manejo adequado.

As sementes serão empregadas na produção de mudas para expansão desses arboretos.

O aspecto essencial desses arboretos é reaproximar as pessoas da natureza, principalmente nas escolas, onde o desenvolvimento dos alunos ocorrerá simultaneamente ao das árvores cultivadas, criando a oportunidade para que conheçam as particularidades de cada espécie.

Essa ação vem sendo praticada há vários anos em escolas e entidades no município, tais como: o arboreto do Coral Pio XI, que foi utilizado em parceria pelo Colégio Parthenon; o arboreto iniciado na EE Newton Silva Teles; o arboreto já constituído na Escola Salesiana São José, o arboreto do Serviço de Saúde Cândido Ferreira e nos canteiros da Avenida Antonio Carlos Couto de Barros,no distrito de Sousas, arboreto iniciado junto à sede da Casa de Cultura Tainã.

  • Tainã / Rede Mocambos - Desenvolvimento de Tecnologias Sociais

Parceria no desenvolvimento do Projeto de Bio Construção na Casa de Cultura Tainã - Rota dos Baobás / Tenda dos Saberes - obra iniciada em junho de 2011, com a retirada e tratamento dos bambus cedidos pelo Instituto Agronômico de Campinas / Projeto Natureza e Arte. ver link: https://picasaweb.google.com/tctamboryo/TendaDosSaberesUmSonhoConstruidoColetivamente

Textos de interesse comum

Árvores

Hermann Hesse (escritor alemão)

“As árvores sempre foram para mim os oradores mais convincentes. Eu as venero entre suas famílias e povos, as florestas e os bosques, mas, ainda mais as adoro quando estão a sós. Então são como os seres solitários, mas não como eremitas que por causa de alguma fraqueza se isolaram, mas como os grandes homens solitários: como Beethoven e Nietzsche. Em suas copas cicia o mundo, suas raízes jazem no infinito. Solitárias, elas não se perdem, senão com toda a força do seu ser procuram a única meta, preencher a sua própria lei desenvolvendo suas formas e se autorrepresentando. Não existe nada mais santo, mais exemplar do que uma bela e forte árvore. Quando uma árvore é cortada e seu ferimento mortal fica exposto ao sol, então é possível ler-se em seu toco, que ao mesmo tempo lhe serve como lápide, toda a sua história. No cerne e nas ramificações encontra-se fielmente descrita toda a luta, todo o sofrimento, todas as doenças, toda a felicidade e todo seu desenvolvimento nos anos ruins e nos anos fortes, nas agressões e nas tempestades sobrevividas. Todo jovem camponês conhece a madeira mais forte e nobre pelos seus anéis de vida mais unidos, e que é lá no alto das montanhas, desafiando os mais constantes perigos, que crescem os troncos mais exemplares, mais fortes e resistentes. Árvores são relíquias. Quem sabe como falar-lhes, ouvi-las, esse conhece a verdade. Elas não pregam ensinamentos e receitas, pregam isoladamente a primária lei da vida. Uma árvore diz: eu trago em mim uma luz, um pensamento, um âmago, pois eu sou a vida da vida eterna. Soberba e única foi a jogada que a eterna mãe ousou comigo em minhas formas, na constituição da minha pele, na mais leve cicatriz em minha casca ou no mais leve movimento de minhas folhas. Nada sei sobre meus pais, nem dos milhares de filhos que ano a ano brotam de mim. Vivo o segredo da minha semente até o fim, além disso, nada mais me preocupa. Eu tenho a certeza de ter Deus em mim e que a minha missão é santa e dessa confiança vivo. Quando estamos tristes, sem mais nenhuma vontade de aturar a vida, então uma árvore poderá falar conosco. Ela dirá: Calma, calma! Olhe-me! Viver não é fácil, mas nem tão difícil, pensamentos assim são criancice, cale, deixe que Deus fale em você. Você treme porque seu caminho lhe afasta da mãe e da pátria, mas cada passo e cada dia o levarão novamente ao seu reencontro. A pátria não está lá, nem cá, está em você ou em lugar nenhum. A nostalgia de um viajante corta o meu coração quando à noite ouço as árvores sussurrarem. Escutando longamente e, quieto, descubro a essência dessa saudade, que como poderia parecer não é uma fuga do sofrimento, senão a nostalgia por uma pátria, a saudade de uma mãe ou a procura de novos símbolos para a vida. É a saudade que nos guia para casa. Todo caminho leva para casa, qualquer passo é um nascer, um morrer, qualquer sepultura uma mãe. É assim, quando à noite sentimos medo de nossos pensamentos infantis, que a árvore cicia. As árvores têm pensamentos extensos, calmos e de fôlego comprido, da mesma forma que sua vida é muito mais longa que a nossa. Enquanto não aprendemos a ouvi-las, são mais sábias que nós, mas quando conseguimos, então, essa pressa e rapidez infantil em nossos pensamentos se enche de uma alegria sem igual. Quem já aprendeu a ouvir uma árvore não deseja mais ser uma, não desejará ser mais nada do que é e isso é a pátria, a felicidade.”

"Árvores são o esforço sem fim da Terra, em falar com o Céu, que está à escuta." 
 R.Tagore

A Educação pela Arte e para a Arte

Schiller ( filósofo,poeta e historiador alemão)


"A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens”.


"A arte, deusa ferida, vagueia pálida e fria pelas nações do planeta, à procura de devotos que a socorram, ensaiando despertar as sensibilidades adormecidas... Quem haverá de vir lhe prestar novamente o culto que merece, para que ela se recomponha e brilhe no altar da Beleza, do Bem e da Perfeição? É preciso que seus seguidores se despeçam dos lauréis, que aceitem serví-la desinteressadamente, que busquem se revestir da pureza moral, para não manchar sua divindade, que enverguem o heroísmo da virtude para se entregarem à posse da deusa... Mas, como esperar que as sensibilidades, capazes de incorporar os eflúvios invisíveis do infinito, possam fazê-lo fielmente, sem que se enredem nas ilusões do corpo, sem que cedam aos apelos da vaidade, se não as educais para isso? Educados pela Arte, todos os homens devem ser. Pois que outro componente melhor e mais propício a fazer florescer a divindade interior do homem, que o de colocá-lo desde cedo sob a inspiração da Beleza e da Harmonia? Toda criança pode crescer sob o signo do equilíbrio se ao lado do pão, da idéia, da experiência, e do brinquedo, lhe derdes o alimento da Beleza...e se ela própria puder dar seus primeiros ensaios de criação livre e espontânea, percebendo e intuindo diretamente a sua infinita capacidade de criar e produzir. Não lhe imponhais modelos e padrões, deixai-a experimentar e achar a própria expressão. Mas também não lhe negueis acesso ao que a cultura humana já compôs através do tempo. Deixai que as crianças bebam nas fontes mais puras da Arte terrestre...que elas possam exercitar a sua sensibilidade, ouvindo as melodias mais doces jamais feitas; olhando as cores e luzes mais sutis já tecidas; declamando os poemas mais elevados já compostos; sentindo as produções mais próximas da divindade que o homem atingiu. Fazei isso com todas elas e se não tiverdes no futuro todos os homens literalmente artistas, tê-lo-eis moralmente melhores e mais criativos. Mas se perceberdes nessas almas, que tendes sob vossa tutela, um grande talento despertando, um germe latente de genialidade, então não deveis mais apenas educar pela Arte, mas para a Arte! Não lhe estimuleis apenas a aprendizagem da técnica artística, como se o dom de compor, tocar, pintar, escrever, fosse mero instrumento morto, código pronto de uso...Desenvolvei-lhe sobretudo o sentimento do Belo e do Bom, para que coloque seu talento a serviço dos homens e de Deus e não a serviço de si próprio. Que esses gênios precoces não sejam cultuados como flores exóticas a que se deve admiração, mas não familiaridade. Que eles sejam amados como seres pertencentes à mesma humanidade de que todos fazeis parte... E que se lhes dê o exemplo vigoroso da virtude moral, que lhes possa garantir a segurança de fazer de seus talentos um presente de Deus aos homens e não um elemento de perturbação social e de queda para si mesmos. Sobretudo, não percais com eles nem os laços de carinho nem o vínculo de uma autoridade moral, que os guie em seus primeiros passos, para que não se sintam isolados num mundo adverso, que os idolatra e os usa, que os explora e os denigre depois... Se assim educardes vossos gênios – eles virão em grande massa habitar em vós- tê-lo-eis como irmãos em vosso benefício e os vereis realizados e felizes, a salvo de todas as tragédias que tem sido o destino de muitas almas sensíveis, mas ególatras; generosas, mas vaidosas, que carregam entre vós o nome de artistas! E então, a deusa da Arte, soerguida da lama que a lançaram neste século, se levantará luminosa, para conduzir a humanidade a outras esferas!"


"Porque nós somos ouro, somos poeira de estrelas, somos carbono de um milhão de anos e precisamos voltar ao Jardim". J.Mitchell

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