Projetos/Tecnologia e educacao quilombola
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São serviços que necessitam uma certa flexibilidade de operação para atender necessidades das ações de pesquisa e desenvolvimento. Não existe uma lista especifica mas será mantido um registro provisório. | São serviços que necessitam uma certa flexibilidade de operação para atender necessidades das ações de pesquisa e desenvolvimento. Não existe uma lista especifica mas será mantido um registro provisório. | ||
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Edição das 19h15min de 22 de maio de 2014
Conteúdo |
Apresentação
O projeto visa estruturar a pesquisa, o desenvolvimento, a formação e a educação nos contextos sócio-culturais de matriz africana propostos pela Rede Mocambos. Busca fortalecer a comunicação através da apropriação de tecnologias de informação entre mais de duzentas comunidades distribuídas pelo Brasil, na Africa e na Europa. São quilombos rurais e urbanos, aldeias indígenas, terreiros, associações e assentamentos, além de grupos de ativistas e pesquisadores que usam tecnologias novas e ancestrais como meio de engajamento e articulação.
Nesses contextos podem-se encontrar muitos pontos em comum: a questão do território, em suas múltiplas dimensões; a resistência à homogenização das expressões culturais, buscando a valorização da tradição como instrumento de inserção para fazer um mundo contemporâneo com mais espaço para a diversidade; a crítica prática e concreta à sociedade consumista e individualista, criando alternativas sustentáveis; além da onipresente condição de precariedade de infraestruturas de comunicação. Muitas das comunidades envolvidas estão em localidades periféricas ou afastadas, que usualmente atraem pouco ou nenhum interesse de empresas de telecomunicações, geralmente orientadas somente pelo lucro.
Mesmo com o apoio de programas públicos de inclusão digital como o GESAC e o Telecentros.BR, a Rede Mocambos frequentemente se vê à frente de péssimas condições de conectividade. São pontos onde o acesso à internet é extremamente lento, ou só está disponível de maneira intermitente ou inexistente. Entendemos que é necessário pleitear melhores condições de conexão para todas essas comunidades, mas também sabemos que não existe solução instantânea.
É nesse sentido que surge a necessidade de novos paradigmas de comunicação baseados em tecnologias livres e abertas, para atender necessidades diferenciadas. A criação de serviços locais de rede que permitam trabalhar a comunicação em cada localidade, mesmo quando a internet não estiver disponível - armazenando dados para posterior sincronização, oferecendo espelhos locais de conteúdo e software, adaptando a construção tecnológica às demandas e condições locais.
Pesquisa e Desenvolvimento
A Rede Mocambos desenvolve tecnologias em diferentes áreas desde a construção civil até geradores elétricos sustentáveis. O primeiro núcleo a se estruturar foi o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital, NPDD. O Núcleo envolve pessoas com conhecimento técnicos de varias comunidade e realidades da Rede. O NPDD é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das ferramentas digitais da Rede, cuidando atualmente dos portais (www.mocambos.net, acs.taina.net.br, mapa.mocambos.net, galeria.mocambos.net), das contas email (@mocambos.net e @mocambos.org) e de criar documentação de base sobre as ferramentas digitais.
Linhas de pesquisa e desenvolvimento:
- redes assíncronas e eventualmente conectadas
- interfaces e interação coletiva
- infraestrutura de comunicação comunitária
- radio digital e analógico
- mapeamento e geoinformática
- acervos e base de dados descentralizadas
- filosofia e ética da tecnologia
Formação e Educação
A Rede Mocambos articula ações em mais de duzentas comunidades atendendo potencialmente dezenas de milhares de pessoas. A capilaridade e a qualidade das ações de formação e educação são amplificadas e otimizadas pela pratica da troca e compartilhamento do conhecimento de forma orgânica numa espiral continua.
A Rede Mocambos se estrutura em Núcleos de Formação Continuada, NFCs. Os NFCs são comunidades da Rede Mocambos mais estruturadas que assumiram o papel de multiplicadores regionais, através de praticas locais e de encontros chamados "Pajelanças Quilombolicas"
A próxima fonteira é a estruturação do Núcleo de Produção de Conteúdos, NPC. O Núcleo envolve pessoas com experiencia em pedagogia de varias comunidade e realidades da Rede. O NPC é responsável pela sistematização do material textual e audiovisual produzido nas comunidades e demais recursos educacionais abertos.
A parceria com o NIED, CLE, IC, ...
Infraestrutura tecnológica
I Fase - Hospedagem da Madiba
Para a implementação do primeira fase do projeto será necessário uma infraestrutura de comunicação comunitária com apoio na infraestrutura da universidade.
A Casa de Cultura Tainã, NFC fundador da Rede Mocambos adquiriu com apoio do NPDD em parceria com a Fundação Banco do Brasil no projeto “Baobáxia na Rota dos Baobás” uma maquina HP DL 380P de ultima geração para atender as necessidades básicas de infraestrutura de rede. A Tainã colocaria a maquina na infraestrutura de datacenter da Unicamp mantendo a gestão da mucua Madiba concordando com a equipe técnica necessidades e padrões. A Unicamp oferece apoio técnico e os recursos necessários para o desempenho das atividades de pesquisa, desenvolvimento, formação e educação da Rede Mocambos.
Serviços para Pesquisa e desenvolvimento
São serviços que necessitam uma certa flexibilidade de operação para atender necessidades das ações de pesquisa e desenvolvimento. Não existe uma lista especifica mas será mantido um registro provisório.
Serviços para Formação e Educação
São serviços estáveis que necessitam de alta disponibilidade e backup:
- Portais e sites web (http, https)
- VOIP (sip, h323)
- Comunicação instantânea (xmpp)
- Streaming (icecast, outros)
- Email e listas (pop, imap, smtp, webmail)
- Acervos (git, git-annex, rsync, baobáxia)
II Fase – Infraestruturas comunitárias
Assessoria e apoio junto a outras universidades e instituições para melhorar as infraestruturas de pesquisa, desenvolvimento, formação e educação comunitárias, junto aos NFCs que disponibilizam já suas infraestruturas de base.