Território Digital Livre
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* [http://libremesh.org/ LibreMesh] | * [http://libremesh.org/ LibreMesh] | ||
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* [http://wiki.mocambos.net/index.php/Territ%C3%B3rio_Digital_Livre#Baob.C3.A1xia Baobáxia] | * [http://wiki.mocambos.net/index.php/Territ%C3%B3rio_Digital_Livre#Baob.C3.A1xia Baobáxia] | ||
* [http://openbts.org/ OpenBTS] | * [http://openbts.org/ OpenBTS] | ||
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Edição atual tal como às 20h12min de 3 de novembro de 2017
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Terra - Saberes - Memorias
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Para a construção de uma educação e um território digital livre e sustentável, mais do nosso jeito..
Conteúdo |
História e introdução
Há mais de 15 anos, a Casa de Cultura Tainã é núcleo promotor da Rede Mocambos, atua em comunidades quilombolas, indígenas e assentamentos desenvolvendo atividades na chamada Inclusão Digital. Durante todos esses anos, se deparou com inúmeros problemas oriundos do impacto entre concepções equivocadas de atuação na inclusão digital de programas governamentais, desde a dificuldade de manutenção dos laboratórios, do acesso e a baixa apropriação tecnológica por parte dos comunitários e mesmo a perda dos conteúdos digitais produzidos pelas comunidades, seja pelo armazenamento precário ou em ambientes privados e corporativos.
Vivemos um período crucial na sociedade em rede, a internet, tem apresentado paulatinamente o caráter empresarial e monopolista, tem sobrepujado e delineado a linha hegemônica de desenvolvimento tecnológico. A inovação excessiva demanda troca de hardware e desenvolve software proprietário e de código fechado. A homogeneização desambientes virtuais em torno de grandes corporações de serviços privados,como: e-mail, hospedagem de vídeo, áudio e conteúdo em geral, provoca a exclusão das comunidades tradicionais.
A problemática das comunidades que estão fora da Internet e de como elas são integradas à rede mundial de computadores tem sido predominantemente uma inclusão passiva, seja enquanto leitoras e consumidoras, e no máximo se forem como produtoras, atuando em território digital empresarial. Isso leva a um novo ciclo de dominação técnica, em que o conhecimento das comunidades sofrem novo ataque, ou aculturação, através da expropriação de seus saberes e fazeres,em parte pela desqualificação de sua sabedoria – contribuindo para uma perda da autonomia local, enfraquecimento das memórias coletivas e adoção de novos valores, estranhos ao funcionamento da comunidade.
Consideramos ainda que a disponibilização de conexão á Internet segue opadão do desenvolvimento econômico que não considera as comunidades mais vulneráveis e a população que são desprovidas de conexão.
Atualmente temos o desafio de implantar 20 (vinte) novas mucuas em comunidades prioritárias, de modo a ampliar e consolidar a rede, sua diversidade e alcance.A criação de territórios digitais comunitários deve contribuir enormemente no processo de auto reconhecimento da cultura comunitária, do seu patrimônio imaterial e de seus saberes, bem como, a troca com outras comunidades com interesses afins.
Juntamente com a implantação da infra estrutura técnica, tem a formação para uso e gestão do acervo, por meio de oficinas com foco na juventude que tem grande potencial, qualificando sua atuação junto às suas comunidades. A adoção de software livre, quando bem encaminhada, proporciona a possibilidade do processo de aprendizagem contínuo, autônomo, que atenda-a realidade das comunidades, que estimule a criatividade de quem usa e permite a apropriação tecnológica não apenas enquanto usuária, mas participante de uma grande comunidade mundial, num modelo formativo que fortalece a autonomia local. Isso aumenta a possibilidade de as iniciativas ocorrerem com as próprias pernas e garantirem sua permanência sem a necessidade de um contínuo apoio para a manutenção.
Paralelamente, durante a implantação da infra estrutura do Baobáxia em novas comunidades, prevê-se que demandas por funcionalidades novas e correções de erros exijam a continuidade do desenvolvimento do software.
A rede já existente apresenta grande diversidade, com comunidades com atuação nas áreas da cultural, educação, música, agroecológica, dança e história das populações afro descendentes e indígenas. Deste modo,garante-se a difusão dos conteúdos entre as comunidades, em seu entorno, na medida que as comunidades tornam-se referência como pólos de produção e difusão de conhecimento. É beneficiada também a rede pública de ensino,aumentando a oferta de materiais para serem trabalhados em classe sobre temas africanos, afro brasileiros e indígenas contribuindo para a aplicação das (leis 10.639/03 e 11.645/08).
Conteúdos
Princípios
- Autonomia
- Sustentabilidade
- Resiliência
- Apropriação local
- Liberdade
Tecnologias
Baobáxia
A Rede Mocambos concebeu Baobáxia, uma plataforma de acervos que se constitui com uma infraestrutura para criar os territórios digitais locais gestados pelas próprias comunidades, por meio de adoção generalizada de Software Livre. Com Baobáxia se estabeleceu essa plataforma e rede de acervos comunitários de forma distribuída, garantindo tanto a hospedagem local dos conteúdos como o intercâmbio dessas informações, tendo como diferencial uma rede que funciona com ou sem o uso da Internet. O software Baobáxia, em 2013 e 2014 contou com o financiamento da Fundação Banco do Brasil, período este em que foi desenvolvida o núcleo do software em sua primeira versão, foram instaladas 16 mucuas (mucua é a fruta da árvore Baobá, sendo adotada no Baobáxia como o nome de um nó da rede, de acervos ou servidores), sendo 8 fixadas em 8 comunidades e 8 dispositivos móveis (laptops e afins).
Metodologia
Países e Núcleos
- Argentina ()
- Brasil (NFCs)
- Colombia (
- Cuba (Havana)
- Mexico (Oaxaca)
- Itália
- Danimarca (Aarhus)
Movimentos
Mocambos.net, Kefir.red, Rhizomatica.org, Metareciclagem.org, Estudiolivre.org, Altermundi.net, Guifi,net, Dyne.org, ...
Instituições
CTI, FBB, Unesco, IFMG, UNB,