Projetos/PROPOSTA SEPPIR 2012 002

De Rede Mocambos
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Prazo para inscrição: 9 de Setembro
 
Prazo para inscrição: 9 de Setembro
 
==Links==
 
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http://www.seppir.gov.br/.arquivos/chamada-publica-02-2012-quilombos
 
http://www.seppir.gov.br/.arquivos/chamada-publica-02-2012-quilombos
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==Nome do Projeto==
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Núcleos de Formação e Comunicação Quilombola
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==Diagnóstico==
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A Rede Mocambos, desde 2002, iniciou uma caminhada pelas comunidades quilombolas do país, desde então já foram visitadas quase 120 comunidades em 18 estados brasileiros. Outras 115 comunidades estão sendo envolvidas através do Programa Telecentros.Br, via Convênio de Parceria assinado em 2010 entre Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos, Ministério das Comunicações e a Seppir. O conjunto dessas experiências, pautadas na valorização dos saberes locais, da oralidade e ancestralidade negras, tem disseminado a necessidade da desconstrução de modelos prontos, impostos sob fundamentação ocidental, que sutilmente fragmentam as bases da cultura negra.
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A partir de 2004, as ações governamentais e da sociedade civil, têm conectado comunidades rurais em diversos territórios do país, garantindo-lhe o acesso digital através da implementação de telecentros. Atualmente, existem cerca de 120 quilombos da Rede Mocambos com acesso a internet e mais 80 em processo de implementação de seus centros digitais. Porém, muitos desafios se colocam para os quilombos, especialmente para os territórios mais afastados dos centros urbanos:
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A baixa velocidade da internet disponibilizada pelo governo se torna ainda pior nos lugares mais afastados, inviabilizando aprendizados e acesso a diversos conteúdos
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A gestão do telecentro, muitas vezes é caracteriza por permitir acesso livre apenas e não utilizar a tecnologia como um instrumento e uma linguagem que potencializa caminhos para solução de problemas comunitários e desenvolvimento local. Isso nos leva buscar o desenvolvimento de tecnologias e pedagogias que permitam a apropriação dessas novas tecnologias pelas comunidades que, em sua maioria não tiveram nenhuma ferramenta de acesso à informação e conhecimento.
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O conhecimento da cultura negra e quilombola é disperso e fragmentado, também no universo da internet
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A Rede Mocambos trabalha difundindo o quanto a produção da comunicação comunitária autônoma é determinante para a construção de um processo de luta e melhoria do modelo de vida comunitária, tão contaminado por conteúdos da grande mídia que não respeitam as identidades e necessidades locais.
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A compreensão da comunicação comunitária pautada em princípios de ancestralidade e conquista de direitos como uma das estratégias centrais ainda é pouco difundida nas comunidades, seja pela ausência de políticas para tal fim, seja pelas marcas que a desigualdade no Brasil acarreta para comunidades rurais e negras,favorecendo ações e mecanismos locais capazes de geração de renda e sustentabilidade, como fonte de produção de sistemas de inovação, os conhecimentos tradicionais destacam-se por seu vasto campo e variedade que comportam: técnicas de manejo de recursos naturais, métodos de caça e pesca, conhecimentos sobre os diversos ecossistemas e sobre propriedades farmacêuticas, alimentícias e agrícolas de espécies e as próprias categorizações e classificações de espécies de flora e fauna utilizadas pelas populações tradicionais.
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Destacamos ainda algumas tecnologias sociais de comunicação e compartilhamento de conhecimentos que a Rede Mocambos vem produzindo ao longo desses dez anos de atuação com essas comunidades:  www.mapa.mocambos.net  -  www.mocambos.net  -  www.acs.taina.net.br
  
 
==Objeto==
 
==Objeto==
  
Estruturar uma rede de produção, organização e difusão de conteúdos históricos, artísticos, culturais, técnicos e linguísticos produzidos por comunidades tradicionais por meio da comunicação comunitária e viabilizar que tais produções estruturem a auto gestão para a sustentabilidade.
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Efetivar ações através de uma rede de produção, organizando  e difundindo conteúdos históricos, artísticos,
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culturais, técnicos e linguísticos, produzidos por comunidades tradicionais por meio da comunicação
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comunitária.
  
 
==Objetivo==
 
==Objetivo==
  
Resgatar a prática ancestral africana e indígena da roda de conversa e do trabalho coletivo para a comunicação e difusão de saberes, integrando práticas e tecnologias novas e antigas para criar soluções sustentáveis e replicáveis através da Rede Mocambos.
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Realizar práticas comunitárias de oralidade construindo caminhos e estratégias de fortalecimento
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entre saberes ancestrais, comunicação comunitária e tecnologias digitais.
  
 
==Objetivos Específicos==
 
==Objetivos Específicos==
  
Propiciar a formação de uma rede de produção cultural, capaz de detectar movimentos, que reflitam as mudanças nas áreas da Cultura e da Economia Criativa, visando  assim  buscar  novas formas de criar, produzir, circular e fruir obras e produtos culturais.
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Realizar a formação de uma rede de produção cultural para o fortalecimento do Núcleo de Produção de Conteúdo e dos Núcleos de Formação Continuada da Rede Mocambos;
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Realizar ações para a valorização e difusão dos elementos da história e da vida comunitária através do registro em diversas linguagens multimídia, ( vídeo, fotografias e textos)
  
Fortalecer  o  Núcleo de Produção de Conteúdo e o Núcleo de Formação Continuada, atuante no  processo de  multiplicação, para isso realizar encontros em cada estado onde já existe um  Núcleo  de Formação, sempre  pensando  ações soluções culturais, locais e peculiares afim de efetivar trocas -  intercambios, escambos -  que através da Rede construirão bases para a  estruturação,  alimentação  e manutenção do Portal, como ferramenta fundamental de todo este  processo.
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Difundir os bens culturais e materiais para formação sobre a cultura afro brasileira e comunitária elaborados durante a realização do projeto através do portal da Rede Mocambos e outros meios de difusão estratégicos, como escolas relacionadas à Rede e com ênfase na lei 10.639/01.
  
 
==Justificativa==
 
==Justificativa==
  
É possível estruturar os produtos culturais da Rede Mocambos em acervos digitais tendo em vista a trajetória de uma década promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana; a estruturação da rede parte de pesquisas (Tozzi, 2012) já desenvolvidas em torno da implementação de servidores de baixo custo que permitirão a criação e circulação de conhecimento em locais com acesso pleno, ou limitado, à Internet. Tendo isto em vista o apoio aqui solicitado será imprescindível para a garantia da estrutura inicial, que é a produção e organização do conteúdo, bem como dar continuidade ao levantamento de demandas e encontro de respostas dentro das comunidades, que já tem sido registrado em linguagens multimídias nos encontros da Rede Mocambos, que dará base para que seja possível a troca e a difusão de tais conteúdos entre as comunidades através de servidores locais que posteriormente poderão ser conectados à Internet.  
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A Rede Mocambos, ao acumular uma trajetória de quase uma década de articulação negra e quilombola, traz em suas experiências, no campo da cultura negra e de pesquisa e desenvolvimento em cultura digital, a possibilidade de estruturação de acervos digitais a partir de servidores de baixo custo.
  
Em curto prazo, através deste projeto, a rede funcionará como uma fonte de produção e organização de conteúdo local, e em médio-longo prazo como consulta para o público em geral. Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, além de garantir a solidez da produção de conteúdo (registro de suas práticas) dentro das comunidades. De maneira inovadora, o projeto realizará ações que fornecerão recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados entre as comunidades podendo posteriormente serem utilizados na formação sobre a cultura afro-brasileira.
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As estratégias que vem sendo alvo de pesquisas, levam em conta locais com características diversas, para que seja possível a implementação de servidores de baixo custo que permitam a criação e circulação de conhecimentos locais em comunidades com acesso pleno, ou limitado ou sem acesso à Internet.
  
Com o fortalecimento das comunidades através da formação de quadros técnicos voltados para a compreensão, capacidade de reconhecimento e empoderamento do que são bens materiais e imateriais para que sejam registrados, assim como a capacitação técnica e tecnológica para que estes bens possam passar por um processo inicial de digitalização, através da criação do acervo e da inserção de conteúdo no Portal da Rede Mocambos, bem como outros meios de fusão que a própria digitalização do conteúdo favorece, se estabelece uma afinidade com a lei 11.645/08, que preconiza como "obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena" nas escolas e fomenta a elaboração de material ligado a essa temática. Ou seja, ele traz a possibilidade que as comunidades tradicionais se identifiquem como parte da história e sociedade brasileira a partir de suas próprias práticas culturais, e que possam valorizar e difundir isso de forma aberta também no espaço digital.  
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um cenário preocupante no desmantelamento dos saberes afro comunitários, como reflexo de um contexto que associa uma história de invisibilização e opressão pautada no "supremacismo branco" com as eficazes articulações entre capitalismo, racismo e dominação dos meios de comunicação pelas elites. Diante disso, a proposta desse trabalho é um contraponto, gira em torno de questões centrais que entendem a apropriação da comunicação numa perspectiva ancestral, não apenas como a ruptura do indivíduo em ser mero receptor de informação, mas também como uma estratégia de poder com capacidade de redefinir e ampliar uma filosofia do ser e suas infinitas possibilidades de intervenção na realidade.  
  
As comunidades são aqui posicionadas como protagonistas da valorização histórica e cultural e é preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos; utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, será possível estruturar o processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. Há tradicionalmente na historiografia do Brasil um gesto de apagamento das iniciativas das comunidades negras em busca da liberdade e cidadania, com maior ênfase nos movimentos em prol da liberdade e direitos humanos.Este movimento de re-significação muda a perspectiva que tal historiografia insiste em perpetuar.  
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O apoio aqui solicitado será imprescindível para a garantia da estrutura da rede, bem como para dar continuidade ao levantamento de demandas e encontro de respostas, dentro das comunidades.Aquilo que tem sido e será registrado em linguagens multimídias nos encontros da Rede Mocambos, dará base para que seja possível a troca e a difusão de tais conteúdos entre as comunidades, através de servidores locais que posteriormente poderão ser conectados à Internet.
  
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Em curto prazo, através deste projeto, a rede funcionará como uma fonte de produção e organização de conteúdo local, e em médio-longo prazo como consulta para o público em geral. Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639/03 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Africana e  Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, além de garantir a solidez da produção de conteúdo (registro de suas práticas) dentro das comunidades.
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De maneira inovadora, o projeto desenvolverá capacidades técnicas em torno da cultura digital, registro, difusão e comunicação comunitária,  patrimônio material e imaterial e realizará ações que fornecerão recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados entre as comunidades podendo posteriormente serem utilizados na formação sobre a cultura afro-brasileira.
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As comunidades são então posicionadas como protagonistas da valorização histórica e cultural e é preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos; utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, será possível estruturar o processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais.
 
As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegure a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil.
 
As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegure a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil.
  
A Rede Mocambos é uma iniciativa em andamento, articulada dentre diversas organizações em diferentes localidades. Seus Núcleos de trabalho têm diferentes estratégias de sustentabilidade, já em implementação.
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==Plano de sustentabilidade==
  
Considerando que as comunidades tradicionais possuem um histórico de suas práticas que se estruturam como tradição, o fortalecimento institucional precisa ter imanente essa organização como um estabelecimento de inovação no que pode ser considerado fortalecimento de valores.
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O presente projeto entende que sua própria contribuição nas comunidades fortalece a visão e compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas,saberes ancestrais, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência; gera um elemento não mensurável numericamente, que está atrelado à construção de modelos de desenvolvimento endógenos e autônomos.  
  
Tendo isto em vista, o fortalecimento precisa colocar a visão das comunidades como referência sendo ela uma das heranças que tais comunidades levam a cabo em suas vivências, uma visão que relaciona todas as práticas, ações e produções harmonicamente. Na África, mesmo dentro da diversidade, profundidade e peculiaridade gigantesca dos povos africanos, tal visão de mundo é compartilhada e tem um aspecto civilizatório, ou seja faz parte do desenvolvimento político, social, econômico e de organização que não se fragmenta em burocracias e nem corresponde ao modelo econômico capitalista, mas enxerga a terra, todos os seres vivos, entre eles o ser humano, a organização coletiva, aspectos educativos e de estruturação cultural como uma relação intrínseca às decisões, ações, práticas e produções de tecnologias sociais, econômicas, políticas e culturais.
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Para isso, adotamos a prática de desenvolvimento de Planos de Ações de Sustentabilidade, considerando as características de cada comunidade e o ambiente externo onde ela está inserida, analisando os recursos e potencialidades de cada uma delas de forma a explorar oportunidades e reduzir riscos, melhorando, consequentemente, o seu desempenho na gestão de seus territórios, seus conhecimentos e saberes, com foco na construção de sustentabilidade social, ambiental e econômica. Ao mesmo tempo fortalecer as relações com os programas e projetos do poder público (em seus diferentes níveis)como Programa Gesac e Telecentros.Br do Ministério das Comunicações, ou o projeto de Capacitação de Lideranças e o Fortalecimento Institucional junto às comunidades Tradicionais de Matriz Africana da Seppir no Brasil, para formulação e execução de políticas públicas.
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Além disso, o projeto encontra as construções maiores da Rede Mocambos:  A Rota dos Baobás é um modelo de articulação e disposição colaborativa e política entre comunidades quilombolas, terreiros e coletivos afins. A rota vem sendo construída desde o surgimento da Rede e implica em processos de georreferenciamento e apropriação tecnológica, fluxos de intercâmbios que possibilite a integração entre as comunidades junto a fluxos de escambos diversos, pautados em compartilhamento e solidariedade. Todo esse conjunto, está necessariamente circunscrito num processo de mobilização maior: a mobilização de símbolos, que tem na ancestralidade africana, através do Baobá (árvore sagrada africana), um referencial necessário e redefinidor de sentidos.
  
Esta visão, fomentada e vivida pelas comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais no Brasil, possibilita compreender que o fortalecimento institucional e desenvolvimento socioeconômico se dá com o fortalecimento das práticas desenvolvidas e respostas já encontradas para demandas observadas pelas comunidades para continuar existindo, garantindo sua autonomia e a valorização de suas criações, em todos os campos de suas práticas que se inter-relacionam.
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O presente projeto então, além de incorporar os Núcleos que compõem a rede, tem como horizonte de sustentabilidade todas as ações de estruturação permanentes da Rede, como a Rota dos Baobás e a apropriação compartilhadas das ferramentas da Rede. A consolidação de Novos Núcleos de Formação Continuada ou de potencialização dos existentes, se apresentam como outro caminho possível, uma vez que o processo colaborativo da Rede é amplo e fortalecedor dos processos de sustentabilidade de ações e projetos comuns.
  
Neste sentido o projeto contribui com a visão das comunidades que traz a compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência e a Rede é um organismo que se estrutura neste olhar criando mecanismos para este desenvolvimento.
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==Metodologia==
  
Pensar o que é riqueza pode equivocadamente remeter à questão financeira somente, porém, na realidade das comunidades sua riqueza está relacionada ao território, conquistado e trabalhado de forma comunitária, a produção dos bens e a relação de troca vivenciada por estas comunidades.
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'''A Rede Mocambos''', em suas ações, tem uma estrutura metodológica baseada em '''Núcleos''', que impulsiona o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais. e são constituídos por três frentes:
  
Muito para além do modo capitalista de produção e de consumo, as práticas realizadas nas comunidades valorizam uma produção que não tende a se estabelecer como acúmulo de mercadoria e obtenção de dinheiro como a maior moeda de troca para um consumo exacerbado de produtos que nem mesmo tem a ver com vida nas comunidades, mas sim fazer ver que os valores gerados dentro das comunidades tem grande potencial de troca que pode garantir a sustentabilidade delas.  
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Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital, NPDD. O Núcleo envolve pessoas com conhecimento técnico de várias comunidades e realidades da Rede. O NPDD é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das ferramentas digitais da Rede, cuidando atualmente dos portais (www.mocambos.net, acs.taina.net.br, mapa.mocambos.net, galeria.mocambos.net), das contas e-mail (@mocambos.net e @mocambos.org) e de criar documentação de base sobre as ferramentas digitais.  
  
Trata-se assim de conhecer de que forma é a produção para realizar trocas de saberes, e como tais bens serão fornecidos para a troca, aliás formas criadas pelas próprias comunidades, levando também em conta a necessidade da continuidade de suas práticas em gestão do território, produção agrícola, artesanal entre outras para garantir sua sustentabilidade através da comercialização de seus produtos de forma não predatória e colaborativa, garantindo a permanência dos recursos.
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Núcleo de Produção de Conteúdos, NPC. O Núcleo envolve pessoas com experiência em pedagogia de várias comunidades e realidades da Rede. O NPC é responsável pela sistematização do material textual e audiovisual produzido nas comunidades e demais conteúdos abertos de interesse da Rede.  
  
==Metodologia==
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Os NFCs são comunidades rurais e urbanas da Rede Mocambos mais estruturadas que assumiram o papel de multiplicadores regionais, através de práticas locais e de encontros chamados "Pajelanças Quilombólicas" (metodologia reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil). Estão localizados em regiões de concentração de comunidades quilombolas, no Pará, no Maranhão,em Pernambuco, na Bahia, no Rio Grande do Sul, em São Paulo, e um no Rio de Janeiro.
  
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Para realizar esta proposta haverá a atuação das três frentes e serão trabalhados conteúdos já existentes capitados nas comunidades e novos registros multimídia em encontros nos Núcleos de Formação Continuada.
  
'''A Rede Mocambos''' em suas ações se baseia nos '''Núcleos de Formação''' que contribuem com o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais com o registro das diversas práticas gerando conteúdo para ser organizado afim de ser compartilhado entre as comunidades inicialmente e depois seja difundido através da Internet.
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Tais encontros descritos abaixo serão precedidos por um momento de preparação, mobilização e divulgação. No primeiro mês do projeto a Casa de Cultura Tainã receberá pela internet (através de e-mail, Skype e wiki) os dados, os conteúdos e as sugestões locais para a primeira formação, recolhidas pelas(os) coordenadoras(es) de Núcleos entre as comunidades participantes dos Núcleos de Formação Continuada, responsáveis por essa mobilização fundamental para todo o processo.
  
São constituídos por três frentes: '''Núcleo de Produção de Conteúdo''', metodologia para a produção de conteúdos locais baseadas em modelos de pesquisa participativa. Para sistematizar o conhecimento relativo à complexidade da produção de conteúdo local em situações reais de uso e produção, neste encontro, um representante em cada grupo de trabalho se dedicará à produção de recursos didáticos para formação, além de capacitação para produção de recursos digitais. Estes serão multiplicadores para a continuidade do projeto. Tais metodologias de pesquisa são inovações educacionais e priorizam a identificação de problemas e situações identificados, na comunidade específica, como ponto de partida para o desenvolvimento de tecnologias e técnicas de ensino. Utilizando os atores locais como parceiros de pesquisa de longo prazo, o espaço se transforma em um laboratório de pesquisa autêntico garantindo maior valor aos resultados identificados. É possível então, obter uma série de informações sobre barreiras e fatores de sucesso que podem ser compartilhados gerando modelos; e em instância final, teorias sobre a apropriação tecnológica.  para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas livres e socialmente acessíveis para produção, organização e divulgação de conteúdo.
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Sendo este material recebido, será finalizado na Tainã e redistribuído para as(os) coordenadoras(es) de Núcleos pra última análise. ( Ressaltando que a comunicação pela internet é uma ferramenta para o trabalho colaborativo, e é amplamente utilizada pela Rede: quem tem acesso à internet abre comunicação com quem não tem, sabendo que muitas comunidades não possuem esse acesso, assim se torna ponte para alcançar comunidades mais isoladas).
  
'''Núcleo de Formação Continuada''' este núcleo tem como enfoque o reconhecimento do valor da cultura local, tal reconhecimento será feito paulatinamente em nível regional, nacional e mundial. O Projeto aposta em uma crítica epistemológica à interpretação corrente que legitima a produção de conteúdo exclusivamente no espaço intra-muros da universidade. O acesso à cultura também pode ser feito dando condições às comunidades de terem voz e escrita próprias. E aqui nos referimos ao acesso à produção cultural e à produção da reflexão, e não apenas ao consumo do conteúdo disponível on line.Aqui o trabalho na formação de recursos humanos das próprias comunidades que poderão identificar o que pode ser registrado e difundido, possibilita que existam as condições das comunidades verem suas práticas culturais reconhecidas formalmente como parte do tesouro da cultura nacional.
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Serão 5 encontros presenciais, sendo o primeiro na Casa de Cultura Tainã - tal encontro terá a duração de 10 dias e será a base para a difusão das oficinas nele realizadas - participarão deste encontro 4 integrantes indicadas(os) de cada Núcleo de Formação existente, desta forma contabilizando um total de 28 pessoas.
  
'''Núcleo de Desenvolvimento Digital'''  tem como meta a estruturação das condições materiais para a produção de acervos. Trata-se da concepção, desenvolvimento e implementação de uma arquitetura distribuída, voltada para a integração de redes locais mesmo em localidades nas quais a conexão à internet seja instável, lenta ou intermitente. Parte-se da experiência acumulada pela Rede Mocambos, que trabalha com a integração de duzentas comunidades em todas as regiões do país através da apropriação de tecnologias, considerando pontos críticos em que a precariedade do acesso à internet se torna um impeditivo para a efetiva comunicação entre essas comunidades. Este núcleo parte do pressuposto de que não basta usar tecnologias de informação já existentes - precisamos moldar o próprio desenvolvimento dessas tecnologias para que atendam às demandas da sociedade. E adota como princípio básico e metodologia de trabalho, os fundamentos do software livre - tanto na gestão das equipes de trabalho quanto nas soluções tecnológicas que utilizará. Para tanto, baseado nas experiências da rede está em desenvolvimento uma arquitetura e um “kit” de baixo custo que poderá ser adquirido ou montado por cada grupo, com base nos recursos existentes. O modelo para o kit é constituído de um servidor de baixo custo e equipamento para produção de áudio, vídeo, fotos, e digitalização de recursos existentes.Os conteúdos digitalizados e organizados em acervos comporão bibliotecas digitais representativas dos saberes das comunidades e estarão hospedadas em servidores locais utilizando hardware aberto e de baixo custo (um protótipo está em desenvolvimento utilizando hardware de baixo custo como a plataforma Raspberry Pi (http://www.raspberrypi.org) no CLE/UNICAMP) e software livre ([www.greenstone.org Greenstone]). Estes serão sincronizados através do uso de protocolos abertos para troca de metadados (OAI-PMH, git e git-annex). As coleções poderão conter as mídias já disponíveis mas também contemplam as mídias que serão geradas durante o curso do projeto. Para tanto, será base uma metodologia para criação de coleções digitais baseado no trabalho desenvolvido no CLE através do Grupo de Trabalho Multilinguismo no Mundo Digital (cf. Wanderley, 2010). O processo de construção de coleções digitais é desenvolvido desde 2009 neste projeto com alunos de ensino médio, através do CNPq com o Programa de Iniciação Científica Júnior/PICJr. Ele permite verificar a possibilidade do cidadão com letramento médio poder criar, organizar e disponibilizar conteúdo de forma livre, enfim organizar seus interesses particulares de forma metódica em coleções digitais. Permite igualmente que se façam os recortes necessários para que as coleções digitais contemplem o assunto de interesse do usuário, sem que estejam "coladas" ao sistema de áreas e disciplinas acadêmicas. Ou seja, é possível coletar, gerar e tratar informação com temas chamados academicamente de "transversais", de forma a responderem ao conjunto de saberes reconhecidos pelas comunidades, ao mesmo tempo que permite uma interlocução multidisciplinar com a academia. As coleções terão interface com o sistema de geo-referenciamento criado no âmbito do projeto Mocambos. O mapa interativo inclui informações atualizadas das comunidades e será mapeado de maneira integrada para incluir as coleções digitais. Efetivamente, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital terá como meta estruturar os recursos digitais produzidos localmente para criação de material didático sobre os temas de maior interesse local. Em primeira instância, buscaremos a produção de recursos educacionais com temas relacionados as culturas tradicionais, de utilidade não somente para as próprias comunidades, bem como para a educação formal como um todo.  
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Durante o encontro de formação de base será elaborado pelas pessoas participantes um tutorial sobre os conteúdos trabalhados, de forma a oferecer para os encontros posteriores um material de referência.
  
Neste projeto serão fortalecidos os núcleos de produção de conteúdo e o de formação continuada, trabalhando em conteúdos já existentes, capitados nas comunidades e realizar novos registros multimídia, bem como trabalhar conteúdos relativos a outras tecnologias que precisam ser conhecidas e desenvolvidas de acordo com a comunidade específica.
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Os encontros descritos a seguir são denominados '''Pajelança Quimlobólica''', são vivências com caráter de residência social que fomentam o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente, trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos. Dentro dessa metodologia também acontecem oficinas de cultura e tecnologia, com foco na formação em comunicação comunitária e software livre.
  
No núcleo de produção de conteúdo, haverá formação de base e terá como lugar de encontro a Casa de Cultura Tainã; será a primeira ação a ser realizada com duração de 15 dias. Consiste em estruturar três frentes: 1) a organização de uma rede para a construção de uma estrutura para reconhecimento e troca de recursos digitais e de conhecimentos; 2) estrutura para realização de formação continuada e 3) bases para formação de recursos humanos ligada à produção e à disseminação de conteúdo produzido localmente - Deste encontro, através de tais frentes, será elaborado um tutorial para servir como exemplo para formação nas comunidades.
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O segundo encontro acontecerá na Casa do Boneco de Itacaré, Bahia, e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ), para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.
  
Neste encontro haverá também formação para construir e encaminhar acervo para biblioteca digital, bem como a produção de notícias para o Portal da Rede Mocambos e migrar o portal para outra ferramenta, levando em conta o design e arquitetura, e para a organização do Mapa de Geo-referenciamento para descrição das comunidades no mapa.
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O terceiro encontro acontecerá na Casa Preta, e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ), para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.
  
A segunda ação está relacionada ao núcleo de formação continuada, serão realizados encontros em cada comunidade participante para levantamento da situação de cada uma delas com a intenção de organizar uma estrutura para resgatar, divulgar e compartilhar as produções linguísticas, filosóficas e culturais das matrizes africanas que participam na formação da cultura brasileira para fortalecer as potencialidades técnica e operacional das organizações representativas dos povos e comunidades tradicionais locais em uma ação de formação educacional Acontecerá uma em cada comunidade participante, é a '''Pajelança Quilombolica''' uma vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente, trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos.Além de uma oficina de cultura e tecnologia, é uma vivência transformadora sobre identidade que remete ao passado, presente e futuro e sobre o que as ações podem influenciar no que pretende ser deixado para a posteridade.
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O quarto encontro acontecerá no Odomodé Afrosul - Porto Alegre - RS - e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ) , para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.
  
O terceiro passo é a ação dos multiplicadores em suas comunidades afim de registrar e organizar o conteúdo produzido, com autonomia para definir o que é relevante para ser registrado e organizado, deste modo contribuir para um olhar emancipatório tendo como referencia o próprio envolvimento do multiplicador com a comunidade para avaliar o que precisa ser registrado, transmitido e difundido.Os eixos que já são terrenos de trabalho e reflexão dentro da Rede Mocambos são 4: Rede de Comunicação Compartilhada, Gestão de Território, Sustentabilidade e Cultura Popular, sendo assim, além dos levantamentos peculiares a cada situação encontrada pelos multiplicadores, tais eixos são prioritários.Sequencialmente, a terceira ação são as realizações dos multiplicadores em acompanhar as práticas e produções das comunidades localmente.
 
  
Concomitante à terceira ação, a quarta ação será de eleger os conteúdos que serão compartilhados e colocá-los no Portal da Rede Mocambos e acompanhar os conteúdos que serão postados no Portal considerando aspectos técnicos como, por exemplo, tamanho do arquivo e relação com a proposta do projeto.
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O quinto encontro é o momento de avaliação, fechamento e lançamento do material desenvolvido pela Rede, será na Casa de Cultura Tainã, Campinas - SP e terá a duração de 5 dias. Tem o objetivo de avaliar as vivências do projeto e o material produzido para finalizá-lo e lançá-lo no Portal da Rede.
  
A avaliação, é a quarta ação, e será um encontro para compartilhar o desenvolvimento do trabalho dentro de cada comunidade, levantando dificuldades e respostas encontradas, apontando as mudanças feitas para adequação a cada realidade, que tipo de produto foi produzido e como foi produzido bem como o impacto social da proposta e a adesão dos membros da comunidade no desenvolvimento das atividades um encontro para avaliação, onde multiplicadores de todas as comunidades participantes se reunirão para troca de experiências e compartilhamento de avaliação crítica do trabalho, considerando todos os aspectos e caminhos percorridos para as realizações.
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Posteriormente tal material será publicado nos sites das comunidades, coletivos e entidades participantes, tal material também terá o seu lançamento em DVD para a distribuição em escolas.
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Entre os intervalos dos encontros haverá a multiplicação das oficinas nas comunidades participantes, seu desenvolvimento, acompanhamento, registro e edição do conteúdo é de responsabilidade das(os) assistentes locais e coordenadoras(es) de Núcleo, sempre em comunicação com a Casa de Cultura Tainã e que intermitentemente receberá o conteúdo produzido e auxiliará na publicação do mesmo no Portal da Rede.
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Durante todos os encontros haverá o momento para a sistematização dos conteúdos locais para o acervo digital; nesses encontros também haverão oficinas de apropriação tecnológica das ferramentas que a rede já tem desenvolvidas.
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Tais oficinas terão como foco o Portal da Rede Mocambos, Acervo/biblioteca, Mapa e o Wiki.
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As oficinas sobre Portal terão em seu conteúdo técnicas de manejo da ferramenta para a sua alimentação.
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As oficinas de Acervo e Biblioteca terão em seu conteúdo dados sobre a relevância da organização digital de materiais feitos pelas comunidades sobre suas práticas, de forma a ser um meio para o compartilhamento de tais conteúdos em outros espaços; também serão estudadas práticas para a criação e alimentação do acervo.
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As oficinas sobre o Mapa terão em seu conteúdo informações sobre georreferenciamento e processamento de dados.
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As oficinas sobre o wiki, ferramenta que funciona como uma comunidade virtual, onde é possível inserir conteúdos abertos que podem ser editados por diversas pessoas, terão como objetivo a reflexão sobre a simbologia da ferramenta que tem características comunitárias e é um meio de registro que proporciona a constante avaliação e revisão de tudo o que esta sendo inserido e sobre seu aspecto colaborativo.
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Além desse momento reflexivo as oficinas sobre o wiki terão como conteúdo as formas de inserir postagens, criar páginas e gerenciar edições das páginas.
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Tais oficinas serão realizadas na Tainã e nos Núcleos de Formação Continuada, no final de todas as oficinas está presente o Laboratório prático, que consiste em colocar em prática o aprendizado, já organizando o conteúdo registrado nas ferramentas.
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- Intervenções de assistentes locais e coordenadoras(es) de Núcleo - Durante a intervenção nas comunidades serão realizados registro e organização de conteúdos produzidos e oficinas sobre o Portal da Rede Mocambos, sobre Acervo e biblioteca e sobre o Wiki, com o mesmo esquema apresentado no encontro de formação de base e com o aparato do tutorial produzido.
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Tais oficinas tem como objetivo associar teoria e prática: serão realizados os registros das práticas elegidas na comunidade, tais conteúdos serão editados e inseridos no Portal - para isso serão anteriormente organizados em forma de acervo.
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No Wiki será criada uma página sobre as inovação metodológicas das aplicações das oficinas, bem como dados de seu desenvolvimentos e uma descrição do material produzido e inserido no Portal da Rede.
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- Encontro avaliativo e de fechamento -  será um encontro para compartilhar o desenvolvimento do trabalho dentro de cada comunidade, levantando dificuldades e respostas encontradas, apontando as mudanças feitas para adequação a cada realidade, que tipo de bem foi produzido e como foi produzido, assim como o impacto social da proposta e a adesão dos membros da comunidade no desenvolvimento das atividades.
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Esta avaliação terá a duração de um dia; em 3 dias acontecerá a sistematização dos conteúdos produzidos por todas as comunidades. Será uma imersão para edição e finalização do material já pré-finalizados nas comunidades e Núcleos.
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E no último dia haverá o lançamento do material final no Portal da Rede Mocambos.
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Ressaltando que as comunidades envolvidas estão ligadas aos Núcleos de Produção de Conteúdo, Núcleos de Formação Continuada  e Núcleos de Pesquisa e Desenvolvimento Digital e possuem estrutura que possibilite a edição de material registrado, em formatos como, vídeo, foto e texto e ampla experiência no assunto, neste sentido o material produzido será trabalhado durante todo o projeto para facilitar a edição final durante os 3 dias de imersão na Casa de Cultura Tainã.
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Para que todo esse processo seja possível a atividade das(os) assistentes locais e coordenador(as) de Núcleos terá base na mobilização e divulgação local das oficinas, assim como o registro e a seleção de conteúdo a ser compartilhado.
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Os materiais oriundos das oficinas regionais serão editados e inseridos no Portal e serão material para o bem final produzido.       
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Os próximos 25 dias do mês serão utilizados para edição do vídeo relatório e organização e efetivação da prestação de contas.
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==Metodologia para a gestão compartilhada com as lideranças e Comunidades envolvidas==
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Este projeto, desde o início do processo, pretende garantir a gestão compartilhada com as comunidades e entidades que lutam pelas causas quilombolas.
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Deste modo, a metodologia é compartilhar em conjunto, nos encontros, como se dará o processo pedagógico, quais serão as formas de registro e o processo de avaliação do desenvolvimento das práticas e sistematização de conteúdo.
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Integrando olhares e conhecendo as questões locais, a reflexão sobre as problemáticas e soluções sustentáveis serão múltiplas a partir da interação das ideias propostas.
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A elaboração de relatórios que descrevam e avaliem as ações locais, também serão ferramentas para gestão compartilhada, criando uma metodologia de ações funcionais diante das demandas das comunidades e dos resultados alcançados.
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== Metodologia para monitoramento e avaliação do projeto==
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A equipe executora realizará o acompanhamento das ações fazendo avaliações concomitantes com o desenvolvendo do projeto, observando e estabelecendo critérios de desempenho dentro dos objetivos visados.
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Tais critérios serão compartilhados de modo a criar um modelo de monitoramento com diversas soluções a partir de dificuldades locais com base nos elementos que fornecerão alguns dados:
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-Questionários sobre a apreensão dos recursos das ferramentas, trabalhados nas oficinas;
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- Monitoramento da aplicação dos recursos das ferramentas - contabilização de conteúdo finalizado, organizado por tipo, e de conteúdo postado no Portal.
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-Levantamento das demandas e problemáticas locais e soluções para elas,
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-Levantamento das potencialidades locais.
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-Levantamento de ações onde tais potencialidades podem se efetivar.
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-Levantamento de contatos realizados e propostas encaminhadas entre diferentes comunidades rurais e urbanas.
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As ferramentas utilizadas na proposta são direcionadas para produção e documentação colaborativa de conteúdos e o wiki, em especial, possibilita um acompanhamento dos conteúdos inseridos por manter um histórico e também todas as versões, com possibilidades de reverter as mudanças, comparar entre uma versão e outra, e identificar os autores das contribuições.
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Ao fim do projeto será realizada uma reunião geral com representantes das comunidades quilombolas ,dos coletivos partipantes e do proponente para compartilhar e avaliar o desenvolvimento do projeto, avaliar a qualidade de funcionamento da comunicação comunitária e seus resultados.
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==Resultados esperados==
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Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos. Tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições da cultura quilombola, considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas.
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Estruturar uma rede de administradores interestaduais, para que a manutenção e alimentação do portal seja descentralizada, mas com competência e domínio de cada ferramenta que o compõe.
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Divulgar os bens produzidos nas comunidades promovendo as trocas (escambo) entre elas daquilo que produzem e também inseri-los em outros espaços de circulação.
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Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639/03.
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==Público alvo==
 +
 
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O público alvo direto deste projeto são pessoas das comunidades quilombolas rurais e urbanas, ligadas aos Núcleos de Formação da Rede Mocambos; são lideranças, mestres e jovens que já desenvolvem junto à Rede vivências e práticas colaborativas. Sendo assim, são cerca de 200 pessoas considerando também àquelas que serão convidadas à participar das oficinas dentro das comunidades.
 +
 
 +
O público alvo indireto é formado por pessoas que terão acesso ao material produzido sobre algumas práticas quilombolas e suas articulações sociais e culturais por meio do Portal da Rede Mocambos e materiais digitalizados distribuídos nas escolas próximas à Rede Mocambos, cerca de 1.000 pessoas.
  
 
==Cronograma Físico==
 
==Cronograma Físico==
  
'''Primeira etapa'''
+
===Primeira Meta - Organizar encontro de formação de base para fortalecimento dos Núcleos===
  
'''Formação de base'''
+
==== Mês 1 ====
  
Meta:organizar os conteúdos produzidos pelas comunidades em encontro inicial de formação de base;
+
'''Primeira etapa'''
  
*Acervo/ biblioteca - para organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.
+
'''Formação de equipe e Produção do Encontro de base'''
  
* Notícias Portal - Como inserir notícias no Portal da Rede Mocambos, pensar e elaborar uma nova interface considerando a questão visual,
+
Duração: 60 horas
  
* Mapa / organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as comunidades,  
+
Determinar entre membros da Rede profissionais nas áreas de tecnologia e comunicação para a equipe de trabalho. Ao total serão contratadas(os) 5 Coordenadoras(es) de Núcleos,  28 assistentes de coordenação locais, um artista gráfico,  3 editores e 1 assistente de produção.
 +
 
 +
Gerir elementos como acomodação das(os) participantes, alimentação, e estrutura geral.
  
 
'''Segunda etapa'''
 
'''Segunda etapa'''
  
Meta: Pajelança - Encontros nas comunidades a fim de discutir e refletir sobre a situação de cada comunidade bem como o levantamento de proposta dentro das linhas de trabalho que cada comunidade segue;
+
Duração: 15 dias
 +
 
 +
'''Mobilização Contínua da Rede'''
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 +
As(os) coordenadoras(es) e assistentes dos Núcleos realizarão mobilização e organização dentro das comunidades com as quais estão envolvidas(os) e divulgar o chamamento para o Encontro de Formação de Base na Casa de Cultura Tainã, em Campinas.
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 +
'''Terceira etapa'''
 +
 
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Duração: 15 dias
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'''Levantamento de registros em vídeo, fotografia e texto existentes nas comunidades participantes dos Núcleos da Rede Mocambos.'''
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A mobilização se dará também no campo do conteúdo e da forma como tal será trabalhado, tais elementos abaixo serão linhas de ações para levantamento de informações entre as pessoas das comunidades através dos Núcleos e sua coordenação:
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 +
*Recolher produção cultural regionalmente;
 +
*coletar conteúdos pedagógicos já utilizados nas vivências das comunidades;
 +
* manter contato com os Núcleos e com as comunidades para compartilhar as escolhas feitas para a formação;
 +
 
 +
==Segunda Meta==
 +
 
 +
===Mês 2===
 +
 
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'''Realizar encontro de formação de base na Casa de Cultura Tainã'''
 +
 
 +
Duração: 10 dias
 +
 
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'''Primeira etapa'''
 +
 
 +
'''Organizar conteúdos locais'''
 +
 
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Carga horária: 10 horas
 +
 
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Agrupar os conteúdos locais em um único servidor local ( protótipo Dandara existente na Casa de Cultura Tainã já em utilização) as(os) participantes das oficinas poderão usar os computadores locais ( Na Tainã existe um telecentro com 10 computadores)  e conseguirão ter acesso à Dandara para colocar os conteúdos trazidos no servidor e também para acessar conteúdos existentes no servidor. 
 +
 
 +
 
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 
 +
'''Realizar oficinas sobre Acervo/biblioteca e ferramentas digitais da Rede Mocambos (Portal, Mapa de Georreferenciamento e Wiki)'''
 +
 
 +
'''Descrição das oficinas'''
 +
 
 +
 
 +
* Oficina I- carga horária 16 horas - Acervo/biblioteca - organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.
 +
 
 +
Conteúdo da oficina:
 +
 
 +
#História dos acervos
 +
#Arquivo, acervo e armazenamento
 +
#Cuidados necessários e memória
 +
#Metodologia do acervo (catalogação, numeração e conservação)
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
 +
* Oficina II- carga horário 16 horas - Portal - potencialidades da ferramenta.
 +
 
 +
Conteúdo da oficina:
 +
 
 +
#O que é um Portal?
 +
#Como utilizar a ferramenta;
 +
#Laboratório prático;
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial ao final da oficina.
 +
 
 +
*Oficina III - carga horária: 16 horas - Mapa /organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as
 +
comunidades;
 +
 
 +
Conteúdo da oficina :
 +
 
 +
#Como funciona a rede?
 +
#Processamento dos dados e Hospedagem
 +
#Seleção de conteúdo
 +
#Didática de postagem
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
 +
* Oficina IV- carga 16 horas - Wiki - conhecer a ferramenta para inserir informações e trabalhar as dinâmicas de elaboração de projetos coletivos.
 +
 
 +
Conteúdo da oficina:
 +
 
 +
#O que é o Wiki?
 +
#Como utilizar a ferramenta
 +
#Laboratório prático
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
  
 
'''Terceira etapa'''
 
'''Terceira etapa'''
  
Meta: Multiplicadores - serão definidos multiplicadores em cada comunidade para gerir a produção e realização das propostas encaminhadas dentro das linhas de trabalho tais linhas são:
+
==Fechamento==
  
(será feito contato para conhecer quem gostaria de ser multiplicador)
+
Para o fechamento das atividades organizar material levantado para o tutorial digitalmente e definir assistentes locais para gerir a produção e encaminhamentos das propostas dentro das linhas de trabalho para registro junto com coordenadoras(es) de Núcleos; tais linhas são:
  
 
#Rede de Comunicação Comunitária  
 
#Rede de Comunicação Comunitária  
 
#Cultura Popular  
 
#Cultura Popular  
#Gestão do território - Vale do Ribeira
+
#Gestão do território  
#Sustentabilidade  
+
#Sustentabilidade
  
'''Quarta etapa'''
+
carga horária: 16 horas.
  
Meta: Avaliação Crítica do trabalho - Durante o desenvolvimento da terceira etapa, os multiplicadores realizarão encontros de avaliação para o registro e sistematização do trabalho em andamento, bem como seu aprimoramento;
+
==== Mês 3 ====
  
 +
===Terceira Meta===
  
'''Quinta etapa'''
+
Realizar oficinas locais simultâneas nos Núcleos participantes sobre acervo/biblioteca e ferramentas digitais da Rede Mocambos (Portal, Mapa de Georreferenciamento e Wiki)
  
Meta: Avaliação Geral
 
  
Será um encontro para fazer a avaliação conjunta das realizações do projeto.
+
'''Primeira etapa'''
  
==Pendências==
+
Duração: 30 dias
  
===Pedências do Formulário Anexo===
+
Realização de oficinas pelos(as) assistentes de coordenação, baseadas no material produzido pelo Núcleo de Produção de Conteúdos e adaptadas as necessidades locais:
  
*Diagnóstico
 
  
*Público Alvo
+
* Oficina I- carga horária 10 horas - Acervo/biblioteca - organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.
  
*Resultados Esperados
+
Conteúdo das oficinas:
  
===Pendências página Dados Inserção Siconv===
+
#História dos acervos
 +
#Arquivo, acervo e armazenamento
 +
#Cuidados necessários e memória
 +
#Metodologia do acervo (catalogação, numeração e conservação)
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
 +
* Oficina II- carga horário 10 horas - Portal - potencialidades da ferramenta.
 +
 
 +
Conteúdo das oficinas:
 +
 
 +
#O que é um Portal?
 +
#Como utilizar a ferramenta;
 +
#Laboratório prático;
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial ao final da oficina.
 +
 
 +
*Oficina III - carga horária: 10 horas - Mapa /organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as
 +
comunidades;
 +
 
 +
Conteúdo da oficina :
 +
#Como funciona a rede?
 +
#Processamento dos dados e Hospedagem
 +
#Seleção de conteúdo
 +
#Didática de postagem
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
 +
* Oficina IV- carga 10 horas - Wiki - conhecer a ferramenta para inserir informações e trabalhar as dinâmicas de elaboração de projetos coletivos.
 +
 
 +
Conteúdo das oficinas:
 +
 
 +
#O que é o Wiki?
 +
#Como utilizar a ferramenta
 +
#Laboratório prático
 +
#Elaboração do material para compor o tutorial
 +
 
 +
'''Fechamento das oficinas'''
 +
 
 +
Primeira etapa
 +
 
 +
Encerramento das atividades com discussões no campo das áreas de trabalho estruturadas pelas ações de cada comunidade nos temas:
 +
 
 +
#Rede de Comunicação Comunitária
 +
#Cultura Popular
 +
#Gestão do território
 +
#Sustentabilidade
 +
 
 +
carga horária: 16 horas.
 +
 
 +
===Mês 4===
 +
 
 +
====Quarta Meta====
 +
 
 +
''' Realizar Pajelança Quilombólica na Casa do Boneco'''
 +
 
 +
Duração: 7 dias
 +
 
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 
 +
Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas
 +
 
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 
 +
Carga horária: 28 horas
 +
 
 +
Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Gestão do Território e Cultura Popular em oficinas de experimentação de metodologias digitais;
 +
 
 +
'''Terceira etapa'''
 +
 
 +
Agrupar conteúdos já  existentes que se refiram aos temas das frentes citadas criar um padrão de organização para ele e coloca-lo no Portal.
 +
 
 +
===Mês 5===
 +
 
 +
====Quinta meta====
 +
 
 +
Duração: 30 dias
 +
 
 +
Realizar a aplicação da metodologia com base no material produzido pelos Núcleos e adaptados às necessidades locais,
 +
 
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 
 +
Realizar oficina e vivência prática de Acervo/biblioteca afim de organizar e catalogar os conteúdos digitais locais.
 +
 
 +
Carga horária: 30 horas
 +
 
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 
 +
Realizar oficina e vivência prática sobre o Mapa, ferramenta de georreferenciamento da Rede Mocambos, afim de levantar dados e inseri-los no Mapa.
 +
 
 +
Carga horária: 30 horas
 +
 
 +
'''Terceira etapa'''
 +
 
 +
Realizar oficina e vivência prática sobre o wiki, inserindo relatórios sobre as ações e oficinas e realizar exercícios de elaboração de projetos colaborativos.
 +
 
 +
Carga horária: 30 horas
 +
 
 +
===Mês 6===
 +
 
 +
====Sexta meta====
 +
 
 +
'''Realizar Pajelança Quilombólica na Casa Preta.'''
 +
 
 +
Duração: 7 dias
 +
 
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 
 +
Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas
 +
 
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 
 +
Carga horária: 28 horas
 +
 
 +
Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Sustentabilidade e Comunicação compartilhada em oficinas de experimentação de metodologias digitais;
 +
 
 +
'''Terceira etapa'''
 +
 
 +
Agrupar conteúdos já  existentes que se refiram aos temas das frentes citadas, criar um padrão de organização para ele e colocá-lo no Portal.
 +
 
 +
===Mês 7===
 +
 
 +
====Sétima meta====
 +
 
 +
Duração: 1 mês
 +
 
 +
'''Aprofundar o uso das ferramentas na organização e produção de conteúdo'''
 
   
 
   
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 +
'''Encontros de produção e organização de conteúdo'''
 +
 +
Carga horária: 30 horas
 +
 +
===Mês 8===
 +
 +
====Oitava meta====
 +
 +
'''Realizar Pajelança Quilombólica no Afrosul Odomodê'''
 +
 +
Duração: 7 dias
 +
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 +
Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas
 +
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 +
Carga horária: 28 horas
 +
 +
Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Sustentabilidade e Comunicação compartilhada em oficinas de experimentação de metodologias digitais;
 +
 +
'''Terceira etapa'''
 +
 +
Agrupar conteúdos já  existentes que se refiram aos temas das frentes citadas criar um padrão de organização para ele e colocá-lo no Portal.
 +
 +
 +
=== Mês 9 ===
 +
 +
====Nona Meta====
 +
 +
 +
'''Avaliação Geral e Lançamento do Material'''
 +
 +
Duração: 5 dias
 +
 +
A avaliação e lançamento tem como objetivos avaliar as ações do projeto, o  desenvolvimento dos trabalhos, publicar um material digital e realizar seu compartilhamento.
 +
 +
Seguirá o seguinte esquema:
 +
 +
 +
Dia 1 - Avaliação
 +
 +
Dias 2, 3 e 4 - Fechamento do material
 +
 +
Dia 5 - Lançamento do material finalizado no Portal da Rede Mocambos
 +
 +
Duração: 25 dias
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 +
====Décima meta====
 +
 +
'''Produção do vídeo relatório e prestação de contas'''
 +
 +
Carga horária: 120 horas
 +
 +
'''Primeira etapa'''
 +
 +
Edição e finalização do vídeo - todas a atividades do projeto serão registras em vídeo.
 +
 +
Carga horária: 120 horas
 +
 +
'''Segunda etapa'''
 +
 +
Finalização dos relatórios de atividades e fechamento da prestação de contas financeira.
 +
 +
==Aderência ao decreto 6170/07==
 +
 +
A Casa de Cultura Tainã, através de seu representante legal, Antônio Carlos dos Santos Silva, RG 11.426.867-8, CPF 721.507.428-53 declara aderência ao decreto 6170/70, que em suas disposições gerais define:
 +
 +
"Art. 1o  Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades."
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E aderência à Portaria Interministerial n 507/07, que em suas disposições gerais define:
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"Art. 1o Esta Portaria regula os convênios, os contratos de repasse e os termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União."
 +
 +
Data:
 +
 +
Assinatura:
 +
 +
==Parceiros==
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O projeto, proposto pela Casa de Cultura Tainã, será conduzido junto aos seguintes Núcleos de Formação Continuada:
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* Casa Preta - PA
 +
* Casa do Boneco - BA
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* Instituto Sociocultural Afro-Sul Odomode - RS
 +
* Associação Pró-Desenvolvimento Linharinho - ES
 +
 +
A Tainã e os demais NFCs organizarão atividades com as seguintes comunidades:
 +
* Quilombo Rural Curiau -AP
 +
* Quilombo Urbano Laguinho - AP
 +
* Associação dos Remanescentes de Quilombos da Comunidade de Maria Ribeira - ARQMR - PA
 +
* Coletivo Cospe Tinta - PA
 +
* Associação de Amigos da Inclusão Digital da Amazônia - INDIA - PA
 +
* Quilombo Santa Rita de Barreira - PA
 +
* Quilombo de Macapazinho - PA
 +
* Quilombo de Guajará Mirim - PA
 +
* Quilombola de Monte alegre- ES
 +
 +
==Equipe==
 +
 +
A equipe é composta por coordenação e edição, porém as funções não são estanques, fechadas, toas as pessoas envolvidas tem o papel primordial de articulação da Rede Mocambos entre as comunidades e o envolvimento das mesmas com as ações do projeto.
 +
 +
 +
PC Barbosa - RS
 +
 +
Patrícia - RS
 +
 +
Priscila - SP
 +
 +
TC-SP
 +
 +
Guinê - ES
 +
 +
Say - BA
 +
 +
Sérgio - BA
 +
 +
Ronaldo Eli - PE
  
* Cronograma de Desembolso;
+
Don Perna - PA
* Plano de Aplicação Detalhado (relação dos ítens a serem adquiridos);
+
* Plano de Aplicação Consolidado;
+
* Anexos: deverão ser anexados todos os documentos obrigatórios exigidos pela SENASP (projeto de convênio, declaração de Contrapartida, conforme modelos da SENASP);
+
* Projeto Básico/ Termo de referencia: deverão ser anexados os termos de referencia para as aquisições conforme modelo SENASP
+
* Valor de repasse no exercício atual;
+
* Valor de repasse em exercícios futuros, se for o caso;
+
* Participantes (executor e/ou interveniente, quando houver);
+
* Cronograma desembolso;
+
* Bens e serviços a serem adquiridos (plano de aplicação);
+
  
 
==Ítens da tela de preenchimento da proposta do SICONV==
 
==Ítens da tela de preenchimento da proposta do SICONV==
Linha 164: Linha 596:
 
'''Anexo Capacidade Técnica''' (arquivos anexos)
 
'''Anexo Capacidade Técnica''' (arquivos anexos)
  
'''Banco'''
+
'''Banco''' 001 - Banco do Brasil
  
'''Agência'''
+
'''Agência''' 1844-9
  
 
'''Data início Vigência'''
 
'''Data início Vigência'''
Linha 194: Linha 626:
  
 
'''Listagem de parcelas'''
 
'''Listagem de parcelas'''
 
(Não aparece a tela pra inserir, é necessário antes inserir os dados do crono físico)
 
  
 
===Plano de Aplicação Detalhadamento===
 
===Plano de Aplicação Detalhadamento===

Edição atual tal como às 14h36min de 17 de setembro de 2013

Prazo para inscrição: 9 de Setembro

Conteúdo

Links

http://www.seppir.gov.br/.arquivos/chamada-publica-02-2012-quilombos

Nome do Projeto

Núcleos de Formação e Comunicação Quilombola

Diagnóstico

A Rede Mocambos, desde 2002, iniciou uma caminhada pelas comunidades quilombolas do país, desde então já foram visitadas quase 120 comunidades em 18 estados brasileiros. Outras 115 comunidades estão sendo envolvidas através do Programa Telecentros.Br, via Convênio de Parceria assinado em 2010 entre Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos, Ministério das Comunicações e a Seppir. O conjunto dessas experiências, pautadas na valorização dos saberes locais, da oralidade e ancestralidade negras, tem disseminado a necessidade da desconstrução de modelos prontos, impostos sob fundamentação ocidental, que sutilmente fragmentam as bases da cultura negra.

A partir de 2004, as ações governamentais e da sociedade civil, têm conectado comunidades rurais em diversos territórios do país, garantindo-lhe o acesso digital através da implementação de telecentros. Atualmente, existem cerca de 120 quilombos da Rede Mocambos com acesso a internet e mais 80 em processo de implementação de seus centros digitais. Porém, muitos desafios se colocam para os quilombos, especialmente para os territórios mais afastados dos centros urbanos:

A baixa velocidade da internet disponibilizada pelo governo se torna ainda pior nos lugares mais afastados, inviabilizando aprendizados e acesso a diversos conteúdos A gestão do telecentro, muitas vezes é caracteriza por permitir acesso livre apenas e não utilizar a tecnologia como um instrumento e uma linguagem que potencializa caminhos para solução de problemas comunitários e desenvolvimento local. Isso nos leva buscar o desenvolvimento de tecnologias e pedagogias que permitam a apropriação dessas novas tecnologias pelas comunidades que, em sua maioria não tiveram nenhuma ferramenta de acesso à informação e conhecimento. O conhecimento da cultura negra e quilombola é disperso e fragmentado, também no universo da internet

A Rede Mocambos trabalha difundindo o quanto a produção da comunicação comunitária autônoma é determinante para a construção de um processo de luta e melhoria do modelo de vida comunitária, tão contaminado por conteúdos da grande mídia que não respeitam as identidades e necessidades locais.

A compreensão da comunicação comunitária pautada em princípios de ancestralidade e conquista de direitos como uma das estratégias centrais ainda é pouco difundida nas comunidades, seja pela ausência de políticas para tal fim, seja pelas marcas que a desigualdade no Brasil acarreta para comunidades rurais e negras,favorecendo ações e mecanismos locais capazes de geração de renda e sustentabilidade, como fonte de produção de sistemas de inovação, os conhecimentos tradicionais destacam-se por seu vasto campo e variedade que comportam: técnicas de manejo de recursos naturais, métodos de caça e pesca, conhecimentos sobre os diversos ecossistemas e sobre propriedades farmacêuticas, alimentícias e agrícolas de espécies e as próprias categorizações e classificações de espécies de flora e fauna utilizadas pelas populações tradicionais.

Destacamos ainda algumas tecnologias sociais de comunicação e compartilhamento de conhecimentos que a Rede Mocambos vem produzindo ao longo desses dez anos de atuação com essas comunidades: www.mapa.mocambos.net - www.mocambos.net - www.acs.taina.net.br

Objeto

Efetivar ações através de uma rede de produção, organizando e difundindo conteúdos históricos, artísticos, culturais, técnicos e linguísticos, produzidos por comunidades tradicionais por meio da comunicação comunitária.

Objetivo

Realizar práticas comunitárias de oralidade construindo caminhos e estratégias de fortalecimento entre saberes ancestrais, comunicação comunitária e tecnologias digitais.

Objetivos Específicos

Realizar a formação de uma rede de produção cultural para o fortalecimento do Núcleo de Produção de Conteúdo e dos Núcleos de Formação Continuada da Rede Mocambos;

Realizar ações para a valorização e difusão dos elementos da história e da vida comunitária através do registro em diversas linguagens multimídia, ( vídeo, fotografias e textos)

Difundir os bens culturais e materiais para formação sobre a cultura afro brasileira e comunitária elaborados durante a realização do projeto através do portal da Rede Mocambos e outros meios de difusão estratégicos, como escolas relacionadas à Rede e com ênfase na lei 10.639/01.

Justificativa

A Rede Mocambos, ao acumular uma trajetória de quase uma década de articulação negra e quilombola, traz em suas experiências, no campo da cultura negra e de pesquisa e desenvolvimento em cultura digital, a possibilidade de estruturação de acervos digitais a partir de servidores de baixo custo.

As estratégias que vem sendo alvo de pesquisas, levam em conta locais com características diversas, para que seja possível a implementação de servidores de baixo custo que permitam a criação e circulação de conhecimentos locais em comunidades com acesso pleno, ou limitado ou sem acesso à Internet.

Há um cenário preocupante no desmantelamento dos saberes afro comunitários, como reflexo de um contexto que associa uma história de invisibilização e opressão pautada no "supremacismo branco" com as eficazes articulações entre capitalismo, racismo e dominação dos meios de comunicação pelas elites. Diante disso, a proposta desse trabalho é um contraponto, gira em torno de questões centrais que entendem a apropriação da comunicação numa perspectiva ancestral, não apenas como a ruptura do indivíduo em ser mero receptor de informação, mas também como uma estratégia de poder com capacidade de redefinir e ampliar uma filosofia do ser e suas infinitas possibilidades de intervenção na realidade.

O apoio aqui solicitado será imprescindível para a garantia da estrutura da rede, bem como para dar continuidade ao levantamento de demandas e encontro de respostas, dentro das comunidades.Aquilo que tem sido e será registrado em linguagens multimídias nos encontros da Rede Mocambos, dará base para que seja possível a troca e a difusão de tais conteúdos entre as comunidades, através de servidores locais que posteriormente poderão ser conectados à Internet.

Em curto prazo, através deste projeto, a rede funcionará como uma fonte de produção e organização de conteúdo local, e em médio-longo prazo como consulta para o público em geral. Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639/03 que tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, além de garantir a solidez da produção de conteúdo (registro de suas práticas) dentro das comunidades.

De maneira inovadora, o projeto desenvolverá capacidades técnicas em torno da cultura digital, registro, difusão e comunicação comunitária, patrimônio material e imaterial e realizará ações que fornecerão recursos educacionais regionais, contextualizados e ricos que poderão ser utilizados entre as comunidades podendo posteriormente serem utilizados na formação sobre a cultura afro-brasileira. As comunidades são então posicionadas como protagonistas da valorização histórica e cultural e é preciso dar voz e visibilidade à história e cultura dos quilombos; utilizando como elemento catalizador a Rede Mocambos, será possível estruturar o processo de transferência tecnológica e de metodologia de reconhecimento do valor cultural e histórico destes grupos sociais. As etapas do processo estruturarão a forma com que as produções das comunidades serão registradas e difundidas garantindo a elaboração de uma tecnologia social que assegure a preservação e a transmissão de tais produções de modo a re-significar a história do negro no Brasil.

Plano de sustentabilidade

O presente projeto entende que sua própria contribuição nas comunidades fortalece a visão e compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas,saberes ancestrais, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência; gera um elemento não mensurável numericamente, que está atrelado à construção de modelos de desenvolvimento endógenos e autônomos.

Para isso, adotamos a prática de desenvolvimento de Planos de Ações de Sustentabilidade, considerando as características de cada comunidade e o ambiente externo onde ela está inserida, analisando os recursos e potencialidades de cada uma delas de forma a explorar oportunidades e reduzir riscos, melhorando, consequentemente, o seu desempenho na gestão de seus territórios, seus conhecimentos e saberes, com foco na construção de sustentabilidade social, ambiental e econômica. Ao mesmo tempo fortalecer as relações com os programas e projetos do poder público (em seus diferentes níveis)como Programa Gesac e Telecentros.Br do Ministério das Comunicações, ou o projeto de Capacitação de Lideranças e o Fortalecimento Institucional junto às comunidades Tradicionais de Matriz Africana da Seppir no Brasil, para formulação e execução de políticas públicas.

Além disso, o projeto encontra as construções maiores da Rede Mocambos: A Rota dos Baobás é um modelo de articulação e disposição colaborativa e política entre comunidades quilombolas, terreiros e coletivos afins. A rota vem sendo construída desde o surgimento da Rede e implica em processos de georreferenciamento e apropriação tecnológica, fluxos de intercâmbios que possibilite a integração entre as comunidades junto a fluxos de escambos diversos, pautados em compartilhamento e solidariedade. Todo esse conjunto, está necessariamente circunscrito num processo de mobilização maior: a mobilização de símbolos, que tem na ancestralidade africana, através do Baobá (árvore sagrada africana), um referencial necessário e redefinidor de sentidos.

O presente projeto então, além de incorporar os Núcleos que compõem a rede, tem como horizonte de sustentabilidade todas as ações de estruturação permanentes da Rede, como a Rota dos Baobás e a apropriação compartilhadas das ferramentas da Rede. A consolidação de Novos Núcleos de Formação Continuada ou de potencialização dos já existentes, se apresentam como outro caminho possível, uma vez que o processo colaborativo da Rede é amplo e fortalecedor dos processos de sustentabilidade de ações e projetos comuns.

Metodologia

A Rede Mocambos, em suas ações, tem uma estrutura metodológica baseada em Núcleos, que impulsiona o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais. e são constituídos por três frentes:

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital, NPDD. O Núcleo envolve pessoas com conhecimento técnico de várias comunidades e realidades da Rede. O NPDD é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das ferramentas digitais da Rede, cuidando atualmente dos portais (www.mocambos.net, acs.taina.net.br, mapa.mocambos.net, galeria.mocambos.net), das contas e-mail (@mocambos.net e @mocambos.org) e de criar documentação de base sobre as ferramentas digitais.

Núcleo de Produção de Conteúdos, NPC. O Núcleo envolve pessoas com experiência em pedagogia de várias comunidades e realidades da Rede. O NPC é responsável pela sistematização do material textual e audiovisual produzido nas comunidades e demais conteúdos abertos de interesse da Rede.

Os NFCs são comunidades rurais e urbanas da Rede Mocambos mais estruturadas que assumiram o papel de multiplicadores regionais, através de práticas locais e de encontros chamados "Pajelanças Quilombólicas" (metodologia reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil). Estão localizados em regiões de concentração de comunidades quilombolas, no Pará, no Maranhão,em Pernambuco, na Bahia, no Rio Grande do Sul, em São Paulo, e um no Rio de Janeiro.

Para realizar esta proposta haverá a atuação das três frentes e serão trabalhados conteúdos já existentes capitados nas comunidades e novos registros multimídia em encontros nos Núcleos de Formação Continuada.

Tais encontros descritos abaixo serão precedidos por um momento de preparação, mobilização e divulgação. No primeiro mês do projeto a Casa de Cultura Tainã receberá pela internet (através de e-mail, Skype e wiki) os dados, os conteúdos e as sugestões locais para a primeira formação, recolhidas pelas(os) coordenadoras(es) de Núcleos entre as comunidades participantes dos Núcleos de Formação Continuada, responsáveis por essa mobilização fundamental para todo o processo.

Sendo este material recebido, será finalizado na Tainã e redistribuído para as(os) coordenadoras(es) de Núcleos pra última análise. ( Ressaltando que a comunicação pela internet é uma ferramenta para o trabalho colaborativo, e é amplamente utilizada pela Rede: quem tem acesso à internet abre comunicação com quem não tem, sabendo que muitas comunidades não possuem esse acesso, assim se torna ponte para alcançar comunidades mais isoladas).

Serão 5 encontros presenciais, sendo o primeiro na Casa de Cultura Tainã - tal encontro terá a duração de 10 dias e será a base para a difusão das oficinas nele realizadas - participarão deste encontro 4 integrantes indicadas(os) de cada Núcleo de Formação existente, desta forma contabilizando um total de 28 pessoas.

Durante o encontro de formação de base será elaborado pelas pessoas participantes um tutorial sobre os conteúdos trabalhados, de forma a oferecer para os encontros posteriores um material de referência.

Os encontros descritos a seguir são denominados Pajelança Quimlobólica, são vivências com caráter de residência social que fomentam o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente, trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos. Dentro dessa metodologia também acontecem oficinas de cultura e tecnologia, com foco na formação em comunicação comunitária e software livre.

O segundo encontro acontecerá na Casa do Boneco de Itacaré, Bahia, e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ), para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.

O terceiro encontro acontecerá na Casa Preta, e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ), para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.

O quarto encontro acontecerá no Odomodé Afrosul - Porto Alegre - RS - e terá a duração de 7 dias. Para este encontro uma pessoa de cada Núcleo existente estará presente( contabilizando 6 pessoas dos outros núcleos ) , para contribuir com a difusão das oficinas e organização dos conteúdos.


O quinto encontro é o momento de avaliação, fechamento e lançamento do material desenvolvido pela Rede, será na Casa de Cultura Tainã, Campinas - SP e terá a duração de 5 dias. Tem o objetivo de avaliar as vivências do projeto e o material produzido para finalizá-lo e lançá-lo no Portal da Rede.

Posteriormente tal material será publicado nos sites das comunidades, coletivos e entidades participantes, tal material também terá o seu lançamento em DVD para a distribuição em escolas.

Entre os intervalos dos encontros haverá a multiplicação das oficinas nas comunidades participantes, seu desenvolvimento, acompanhamento, registro e edição do conteúdo é de responsabilidade das(os) assistentes locais e coordenadoras(es) de Núcleo, sempre em comunicação com a Casa de Cultura Tainã e que intermitentemente receberá o conteúdo produzido e auxiliará na publicação do mesmo no Portal da Rede.

Durante todos os encontros haverá o momento para a sistematização dos conteúdos locais para o acervo digital; nesses encontros também haverão oficinas de apropriação tecnológica das ferramentas que a rede já tem desenvolvidas.

Tais oficinas terão como foco o Portal da Rede Mocambos, Acervo/biblioteca, Mapa e o Wiki.

As oficinas sobre Portal terão em seu conteúdo técnicas de manejo da ferramenta para a sua alimentação.

As oficinas de Acervo e Biblioteca terão em seu conteúdo dados sobre a relevância da organização digital de materiais feitos pelas comunidades sobre suas práticas, de forma a ser um meio para o compartilhamento de tais conteúdos em outros espaços; também serão estudadas práticas para a criação e alimentação do acervo.

As oficinas sobre o Mapa terão em seu conteúdo informações sobre georreferenciamento e processamento de dados.

As oficinas sobre o wiki, ferramenta que funciona como uma comunidade virtual, onde é possível inserir conteúdos abertos que podem ser editados por diversas pessoas, terão como objetivo a reflexão sobre a simbologia da ferramenta que tem características comunitárias e é um meio de registro que proporciona a constante avaliação e revisão de tudo o que esta sendo inserido e sobre seu aspecto colaborativo.

Além desse momento reflexivo as oficinas sobre o wiki terão como conteúdo as formas de inserir postagens, criar páginas e gerenciar edições das páginas.

Tais oficinas serão realizadas na Tainã e nos Núcleos de Formação Continuada, no final de todas as oficinas está presente o Laboratório prático, que consiste em colocar em prática o aprendizado, já organizando o conteúdo registrado nas ferramentas.

- Intervenções de assistentes locais e coordenadoras(es) de Núcleo - Durante a intervenção nas comunidades serão realizados registro e organização de conteúdos produzidos e oficinas sobre o Portal da Rede Mocambos, sobre Acervo e biblioteca e sobre o Wiki, com o mesmo esquema apresentado no encontro de formação de base e com o aparato do tutorial produzido.

Tais oficinas tem como objetivo associar teoria e prática: serão realizados os registros das práticas elegidas na comunidade, tais conteúdos serão editados e inseridos no Portal - para isso serão anteriormente organizados em forma de acervo.

No Wiki será criada uma página sobre as inovação metodológicas das aplicações das oficinas, bem como dados de seu desenvolvimentos e uma descrição do material produzido e inserido no Portal da Rede.

- Encontro avaliativo e de fechamento - será um encontro para compartilhar o desenvolvimento do trabalho dentro de cada comunidade, levantando dificuldades e respostas encontradas, apontando as mudanças feitas para adequação a cada realidade, que tipo de bem foi produzido e como foi produzido, assim como o impacto social da proposta e a adesão dos membros da comunidade no desenvolvimento das atividades.

Esta avaliação terá a duração de um dia; em 3 dias acontecerá a sistematização dos conteúdos produzidos por todas as comunidades. Será uma imersão para edição e finalização do material já pré-finalizados nas comunidades e Núcleos.

E no último dia haverá o lançamento do material final no Portal da Rede Mocambos.

Ressaltando que as comunidades envolvidas estão ligadas aos Núcleos de Produção de Conteúdo, Núcleos de Formação Continuada e Núcleos de Pesquisa e Desenvolvimento Digital e possuem estrutura que possibilite a edição de material registrado, em formatos como, vídeo, foto e texto e ampla experiência no assunto, neste sentido o material produzido será trabalhado durante todo o projeto para facilitar a edição final durante os 3 dias de imersão na Casa de Cultura Tainã.

Para que todo esse processo seja possível a atividade das(os) assistentes locais e coordenador(as) de Núcleos terá base na mobilização e divulgação local das oficinas, assim como o registro e a seleção de conteúdo a ser compartilhado.

Os materiais oriundos das oficinas regionais serão editados e inseridos no Portal e serão material para o bem final produzido.

Os próximos 25 dias do mês serão utilizados para edição do vídeo relatório e organização e efetivação da prestação de contas.

Metodologia para a gestão compartilhada com as lideranças e Comunidades envolvidas

Este projeto, desde o início do processo, pretende garantir a gestão compartilhada com as comunidades e entidades que lutam pelas causas quilombolas.

Deste modo, a metodologia é compartilhar em conjunto, nos encontros, como se dará o processo pedagógico, quais serão as formas de registro e o processo de avaliação do desenvolvimento das práticas e sistematização de conteúdo.

Integrando olhares e conhecendo as questões locais, a reflexão sobre as problemáticas e soluções sustentáveis serão múltiplas a partir da interação das ideias propostas.

A elaboração de relatórios que descrevam e avaliem as ações locais, também serão ferramentas para gestão compartilhada, criando uma metodologia de ações funcionais diante das demandas das comunidades e dos resultados alcançados.

Metodologia para monitoramento e avaliação do projeto

A equipe executora realizará o acompanhamento das ações fazendo avaliações concomitantes com o desenvolvendo do projeto, observando e estabelecendo critérios de desempenho dentro dos objetivos visados.

Tais critérios serão compartilhados de modo a criar um modelo de monitoramento com diversas soluções a partir de dificuldades locais com base nos elementos que fornecerão alguns dados:

-Questionários sobre a apreensão dos recursos das ferramentas, trabalhados nas oficinas;

- Monitoramento da aplicação dos recursos das ferramentas - contabilização de conteúdo finalizado, organizado por tipo, e de conteúdo postado no Portal.

-Levantamento das demandas e problemáticas locais e soluções para elas,

-Levantamento das potencialidades locais.

-Levantamento de ações onde tais potencialidades podem se efetivar.

-Levantamento de contatos realizados e propostas encaminhadas entre diferentes comunidades rurais e urbanas.

As ferramentas utilizadas na proposta são direcionadas para produção e documentação colaborativa de conteúdos e o wiki, em especial, possibilita um acompanhamento dos conteúdos inseridos por manter um histórico e também todas as versões, com possibilidades de reverter as mudanças, comparar entre uma versão e outra, e identificar os autores das contribuições.

Ao fim do projeto será realizada uma reunião geral com representantes das comunidades quilombolas ,dos coletivos partipantes e do proponente para compartilhar e avaliar o desenvolvimento do projeto, avaliar a qualidade de funcionamento da comunicação comunitária e seus resultados.

Resultados esperados

Estruturação do saber comunitário possibilitado pela organização e difusão dos conteúdos. Tal sistematização garantirá um acervo digitalizado que poderá ser acessado por toda a sociedade, afim de dar visibilidade às contribuições da cultura quilombola, considerando suas criações na diversidade da abordagem de suas práticas.

Estruturar uma rede de administradores interestaduais, para que a manutenção e alimentação do portal seja descentralizada, mas com competência e domínio de cada ferramenta que o compõe.

Divulgar os bens produzidos nas comunidades promovendo as trocas (escambo) entre elas daquilo que produzem e também inseri-los em outros espaços de circulação.

Os conteúdos serão utilizados para criação de material didático (recursos educacionais abertos), visando a formação sobre temas diretamente relacionados à matriz cultural africana, relativos à Lei 10.639/03.

Público alvo

O público alvo direto deste projeto são pessoas das comunidades quilombolas rurais e urbanas, ligadas aos Núcleos de Formação da Rede Mocambos; são lideranças, mestres e jovens que já desenvolvem junto à Rede vivências e práticas colaborativas. Sendo assim, são cerca de 200 pessoas considerando também àquelas que serão convidadas à participar das oficinas dentro das comunidades.

O público alvo indireto é formado por pessoas que terão acesso ao material produzido sobre algumas práticas quilombolas e suas articulações sociais e culturais por meio do Portal da Rede Mocambos e materiais digitalizados distribuídos nas escolas próximas à Rede Mocambos, cerca de 1.000 pessoas.

Cronograma Físico

Primeira Meta - Organizar encontro de formação de base para fortalecimento dos Núcleos

Mês 1

Primeira etapa

Formação de equipe e Produção do Encontro de base

Duração: 60 horas

Determinar entre membros da Rede profissionais nas áreas de tecnologia e comunicação para a equipe de trabalho. Ao total serão contratadas(os) 5 Coordenadoras(es) de Núcleos, 28 assistentes de coordenação locais, um artista gráfico, 3 editores e 1 assistente de produção.

Gerir elementos como acomodação das(os) participantes, alimentação, e estrutura geral.

Segunda etapa

Duração: 15 dias

Mobilização Contínua da Rede

As(os) coordenadoras(es) e assistentes dos Núcleos realizarão mobilização e organização dentro das comunidades com as quais estão envolvidas(os) e divulgar o chamamento para o Encontro de Formação de Base na Casa de Cultura Tainã, em Campinas.

Terceira etapa

Duração: 15 dias

Levantamento de registros em vídeo, fotografia e texto existentes nas comunidades participantes dos Núcleos da Rede Mocambos.

A mobilização se dará também no campo do conteúdo e da forma como tal será trabalhado, tais elementos abaixo serão linhas de ações para levantamento de informações entre as pessoas das comunidades através dos Núcleos e sua coordenação:

  • Recolher produção cultural regionalmente;
  • coletar conteúdos pedagógicos já utilizados nas vivências das comunidades;
  • manter contato com os Núcleos e com as comunidades para compartilhar as escolhas feitas para a formação;

Segunda Meta

Mês 2

Realizar encontro de formação de base na Casa de Cultura Tainã

Duração: 10 dias

Primeira etapa

Organizar conteúdos locais

Carga horária: 10 horas

Agrupar os conteúdos locais em um único servidor local ( protótipo Dandara existente na Casa de Cultura Tainã já em utilização) as(os) participantes das oficinas poderão usar os computadores locais ( Na Tainã existe um telecentro com 10 computadores) e conseguirão ter acesso à Dandara para colocar os conteúdos trazidos no servidor e também para acessar conteúdos existentes no servidor.


Segunda etapa

Realizar oficinas sobre Acervo/biblioteca e ferramentas digitais da Rede Mocambos (Portal, Mapa de Georreferenciamento e Wiki)

Descrição das oficinas


  • Oficina I- carga horária 16 horas - Acervo/biblioteca - organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.

Conteúdo da oficina:

  1. História dos acervos
  2. Arquivo, acervo e armazenamento
  3. Cuidados necessários e memória
  4. Metodologia do acervo (catalogação, numeração e conservação)
  5. Elaboração do material para compor o tutorial
  • Oficina II- carga horário 16 horas - Portal - potencialidades da ferramenta.

Conteúdo da oficina:

  1. O que é um Portal?
  2. Como utilizar a ferramenta;
  3. Laboratório prático;
  4. Elaboração do material para compor o tutorial ao final da oficina.
  • Oficina III - carga horária: 16 horas - Mapa /organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as

comunidades;

Conteúdo da oficina :

  1. Como funciona a rede?
  2. Processamento dos dados e Hospedagem
  3. Seleção de conteúdo
  4. Didática de postagem
  5. Elaboração do material para compor o tutorial
  • Oficina IV- carga 16 horas - Wiki - conhecer a ferramenta para inserir informações e trabalhar as dinâmicas de elaboração de projetos coletivos.

Conteúdo da oficina:

  1. O que é o Wiki?
  2. Como utilizar a ferramenta
  3. Laboratório prático
  4. Elaboração do material para compor o tutorial


Terceira etapa

Fechamento

Para o fechamento das atividades organizar material levantado para o tutorial digitalmente e definir assistentes locais para gerir a produção e encaminhamentos das propostas dentro das linhas de trabalho para registro junto com coordenadoras(es) de Núcleos; tais linhas são:

  1. Rede de Comunicação Comunitária
  2. Cultura Popular
  3. Gestão do território
  4. Sustentabilidade

carga horária: 16 horas.

Mês 3

Terceira Meta

Realizar oficinas locais simultâneas nos Núcleos participantes sobre acervo/biblioteca e ferramentas digitais da Rede Mocambos (Portal, Mapa de Georreferenciamento e Wiki)


Primeira etapa

Duração: 30 dias

Realização de oficinas pelos(as) assistentes de coordenação, baseadas no material produzido pelo Núcleo de Produção de Conteúdos e adaptadas as necessidades locais:


  • Oficina I- carga horária 10 horas - Acervo/biblioteca - organizar os conteúdos produzidos e trazidos pelas representantes das comunidades.

Conteúdo das oficinas:

  1. História dos acervos
  2. Arquivo, acervo e armazenamento
  3. Cuidados necessários e memória
  4. Metodologia do acervo (catalogação, numeração e conservação)
  5. Elaboração do material para compor o tutorial
  • Oficina II- carga horário 10 horas - Portal - potencialidades da ferramenta.

Conteúdo das oficinas:

  1. O que é um Portal?
  2. Como utilizar a ferramenta;
  3. Laboratório prático;
  4. Elaboração do material para compor o tutorial ao final da oficina.
  • Oficina III - carga horária: 10 horas - Mapa /organização - conhecer a ferramenta para inserir informações sobre as

comunidades;

Conteúdo da oficina :

  1. Como funciona a rede?
  2. Processamento dos dados e Hospedagem
  3. Seleção de conteúdo
  4. Didática de postagem
  5. Elaboração do material para compor o tutorial
  • Oficina IV- carga 10 horas - Wiki - conhecer a ferramenta para inserir informações e trabalhar as dinâmicas de elaboração de projetos coletivos.

Conteúdo das oficinas:

  1. O que é o Wiki?
  2. Como utilizar a ferramenta
  3. Laboratório prático
  4. Elaboração do material para compor o tutorial

Fechamento das oficinas

Primeira etapa

Encerramento das atividades com discussões no campo das áreas de trabalho estruturadas pelas ações de cada comunidade nos temas:

  1. Rede de Comunicação Comunitária
  2. Cultura Popular
  3. Gestão do território
  4. Sustentabilidade

carga horária: 16 horas.

Mês 4

Quarta Meta

Realizar Pajelança Quilombólica na Casa do Boneco

Duração: 7 dias

Primeira etapa

Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas

Segunda etapa

Carga horária: 28 horas

Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Gestão do Território e Cultura Popular em oficinas de experimentação de metodologias digitais;

Terceira etapa

Agrupar conteúdos já existentes que se refiram aos temas das frentes citadas criar um padrão de organização para ele e coloca-lo no Portal.

Mês 5

Quinta meta

Duração: 30 dias

Realizar a aplicação da metodologia com base no material produzido pelos Núcleos e adaptados às necessidades locais,

Primeira etapa

Realizar oficina e vivência prática de Acervo/biblioteca afim de organizar e catalogar os conteúdos digitais locais.

Carga horária: 30 horas

Segunda etapa

Realizar oficina e vivência prática sobre o Mapa, ferramenta de georreferenciamento da Rede Mocambos, afim de levantar dados e inseri-los no Mapa.

Carga horária: 30 horas

Terceira etapa

Realizar oficina e vivência prática sobre o wiki, inserindo relatórios sobre as ações e oficinas e realizar exercícios de elaboração de projetos colaborativos.

Carga horária: 30 horas

Mês 6

Sexta meta

Realizar Pajelança Quilombólica na Casa Preta.

Duração: 7 dias

Primeira etapa

Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas

Segunda etapa

Carga horária: 28 horas

Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Sustentabilidade e Comunicação compartilhada em oficinas de experimentação de metodologias digitais;

Terceira etapa

Agrupar conteúdos já existentes que se refiram aos temas das frentes citadas, criar um padrão de organização para ele e colocá-lo no Portal.

Mês 7

Sétima meta

Duração: 1 mês

Aprofundar o uso das ferramentas na organização e produção de conteúdo

Primeira etapa

Encontros de produção e organização de conteúdo

Carga horária: 30 horas

Mês 8

Oitava meta

Realizar Pajelança Quilombólica no Afrosul Odomodê

Duração: 7 dias

Primeira etapa

Realizar vivência que fomenta o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa presente. Carga horária: 7 horas

Segunda etapa

Carga horária: 28 horas

Criar metodologias comunitárias para utilizar as ferramentas que sustentem as frentes de trabalho Sustentabilidade e Comunicação compartilhada em oficinas de experimentação de metodologias digitais;

Terceira etapa

Agrupar conteúdos já existentes que se refiram aos temas das frentes citadas criar um padrão de organização para ele e colocá-lo no Portal.


Mês 9

Nona Meta

Avaliação Geral e Lançamento do Material

Duração: 5 dias

A avaliação e lançamento tem como objetivos avaliar as ações do projeto, o desenvolvimento dos trabalhos, publicar um material digital e realizar seu compartilhamento.

Seguirá o seguinte esquema:


Dia 1 - Avaliação

Dias 2, 3 e 4 - Fechamento do material

Dia 5 - Lançamento do material finalizado no Portal da Rede Mocambos

Duração: 25 dias

Décima meta

Produção do vídeo relatório e prestação de contas

Carga horária: 120 horas

Primeira etapa

Edição e finalização do vídeo - todas a atividades do projeto serão registras em vídeo.

Carga horária: 120 horas

Segunda etapa

Finalização dos relatórios de atividades e fechamento da prestação de contas financeira.

Aderência ao decreto 6170/07

A Casa de Cultura Tainã, através de seu representante legal, Antônio Carlos dos Santos Silva, RG 11.426.867-8, CPF 721.507.428-53 declara aderência ao decreto 6170/70, que em suas disposições gerais define:

"Art. 1o Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades."

E aderência à Portaria Interministerial n 507/07, que em suas disposições gerais define:

"Art. 1o Esta Portaria regula os convênios, os contratos de repasse e os termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União."

Data:

Assinatura:

Parceiros

O projeto, proposto pela Casa de Cultura Tainã, será conduzido junto aos seguintes Núcleos de Formação Continuada:

  • Casa Preta - PA
  • Casa do Boneco - BA
  • Instituto Sociocultural Afro-Sul Odomode - RS
  • Associação Pró-Desenvolvimento Linharinho - ES

A Tainã e os demais NFCs organizarão atividades com as seguintes comunidades:

  • Quilombo Rural Curiau -AP
  • Quilombo Urbano Laguinho - AP
  • Associação dos Remanescentes de Quilombos da Comunidade de Maria Ribeira - ARQMR - PA
  • Coletivo Cospe Tinta - PA
  • Associação de Amigos da Inclusão Digital da Amazônia - INDIA - PA
  • Quilombo Santa Rita de Barreira - PA
  • Quilombo de Macapazinho - PA
  • Quilombo de Guajará Mirim - PA
  • Quilombola de Monte alegre- ES

Equipe

A equipe é composta por coordenação e edição, porém as funções não são estanques, fechadas, toas as pessoas envolvidas tem o papel primordial de articulação da Rede Mocambos entre as comunidades e o envolvimento das mesmas com as ações do projeto.


PC Barbosa - RS

Patrícia - RS

Priscila - SP

TC-SP

Guinê - ES

Say - BA

Sérgio - BA

Ronaldo Eli - PE

Don Perna - PA

Ítens da tela de preenchimento da proposta do SICONV

Dados

Número (proposta) 037800/2012

Órgão 20000 - Presidência da República

Órgão Vinculado 20126 - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade

Modalidade Convênio

Data da Proposta 20/08/2012

Justificativa (Descrever os objetivos e denefícios a serem alcançados coma a execução do projeto do convênio/contrato de repasse)


Objeto do Convênio (Descrever o objeto a que se destina o convênio de repasse de forma clara e resumida)


Capacidade Técnica e Gerencial


Anexo Capacidade Técnica (arquivos anexos)

Banco 001 - Banco do Brasil

Agência 1844-9

Data início Vigência

Anexos de comprovação da contrapartida ( Declaração/Comprovação da Contrapartida - Documento Digitalizado)


Crono Físico

Dados da Meta

Programa Fomento ao Desenvolvimento Local para Comunidades Remanescentes de Quilombos e Outras Comunidades Tradicionais - Chamada Pública nº 002/2012

  1. Especificações (5000 caracteres)
  2. Unidade Fornecimento
  3. Valor Total
  4. Quantidade
  5. Valor Unitário (R$)
  6. Data de Início
  7. Data de Término
  8. UF
  9. Município
  10. Endereço
  11. CEP

Crono Desembolso

Listagem de parcelas

Plano de Aplicação Detalhadamento

Tipo de Despesa Bem Serviços Obra Tributo Outros

(-Preencher os dados para a inclusão do Bem ou Serviços)


  1. Programa
  2. Tipo de Despesa Serviço
  3. Descrição Item (5000 caracteres)
  4. Natureza Aquisição
  5. Código da Natureza de Despesa (?)
  6. Unidade Fornecimento
  7. Valor Total(R$)
  8. Quantidade
  9. Valor Unitário(R$)
  10. Endereço de Localização (Endereço de execução do serviço, da instalação do bem ou de localização da obra)
  11. CEP
  12. Código do Município
  13. UF
  14. Observação(5000 caracteres)
Valores totais
Valor Total Com Recurso do Convêncio Contrapartida em bens/serviços
TOTAL em Bens 0,00 0,00 0,00
TOTAL em Tributos 0,00 0,00 0,00
TOTAL em Obras 0,00 0,00 0,00
Total em Outros 0,00 0,00 0,00
TOTAL em Despesa Administrativa 0,00 0,00 0,00
TOTAL GERAL 0,00 0,00 0,00


Formulário do projeto - ANEXO

PROJETO

  • DIAGNÓSTICO deverá ser contextualizado o ambiente a receber a intervenção – área geográfica,

problemas da região, principais crimes e ocorrências policiais, características sociais, econômicas e políticas do município, população, prováveis causas que originaram o problema apresentado. Apresentar os problemas a serem resolvidos relacionados ao objeto da proposta.

  • JUSTIFICATIVA deverá apresentar argumentos que embasem a intervenção; explicitar importância da

proposta, a necessidade das aquisições e serviços solicitados para a diminuição do problemas apresentados no diagnóstico e sua compatibilidade com o programa federal.

  • OBJETIVO GERAL: No objetivo Geral deve-se deixar claro o ponto em que se quer chegar através da

execução do projeto, ou seja, a condição que se espera alcançar como conseqüência do mesmo.

  • OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Os objetivos específicos são operacionais e correspondem aos resultados

esperados. Definem as ações que serão executadas ao longo do desenvolvimento do projeto para se alcançar o objetivo geral. Atentar que no item 6. Resultados esperados / Metas físicas deverá constar os objetivos específicos relacionados com as metas físicas bem como sua forma de verificação.

  • METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO explicar, sucintamente, como o projeto será desenvolvido,

detalhar como as diferentes etapas serão implementadas e qual a inter-relação entre as mesmas, indicar os mecanismos de acompanhamento e avaliação do projeto e demonstrando a necessidade dos equipamentos, serviços para intervenção escolhida. É imprescindível informar o critério de seleção das pessoas capacitadas ou que farão parte das oficinas de prevenção.

  • Publico Alvo beneficiado direta e indiretamente com a intervenção: indicar o publico alvo

beneficiado com as intervenções.

  • RESULTADOS ESPERADOS: indicar o que se pretende alcançar com a implantação do objeto;

descrever quais os possíveis impactos e desdobramentos do Projeto. Utilizar impactos razoáveis e de fácil mensuração. Ressalta-se que as metas propostas deverão ser mensuradas tendo em vista um espaço de tempo

Ferramentas pessoais
Espaços nominais
Variantes
Ações
Navegação
Ferramentas
Rede Mocambos