Edição atual tal como às 17h28min de 19 de abril de 2014

Projeto Tambor, Acervos e Comunicação

Objetivos

A Rede Mocambos através da Casa de Cultura Tainã em parceria com a Universidade Estadual de Campinas através do NIED (Núcleo de Informática Aplicada à Educação) e do CLE (Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência), através deste projeto, visam disponibilizar ferramentas para produzir, organizar, catalogar digitalmente os conteúdos artísticos, culturais, lingüísticos produzidos por grupos e entidades de matriz africana no Brasil. Visam igualmente encaminhar as principais práticas desenvolvidas nesta comunidade para patrimoniamento, seja material ou imaterial. Isso se dará em conjunto com outros atores e/ou repositórios digitais através da construção de um sistema integrado digital concomitante à formação de mão de obra colaborativa integrada, que tenha afinidade com os temas originários de matriz africana.

1. O compartilhamento e difusão de conhecimento específico para agregar a mão de obra para digitalizar, organizar, catalogar, propagar e promover a cultura preservada no Brasil pelos povos e comunidades tradicionais de matriz africana;
2. A estruturação de uma rede digital para intercâmbio de tecnologias livres e produção e circulação de conteúdo aberto;
3. A criação de um núcleo permanente de formação visando a formação e capacitação de atores localizados para as comunidades tradicionais envolvidas na rede. O núcleo de formação ficará sediado na Casa de Cultura Tainã, utilizando como elemento catalizador a rede Mocambos.
   1. A capacitação ligada a ferramentas tecnológicas livres e socialmente acessíveis para organização e divulgação de conteúdo livre.
   2. A capacitação ligada a reconhecimento do valor da cultura local, e iniciativas de patrimoniamento material e imaterial dentro destas comunidades cuja difusão será feita a nível regional, nacional e mundial.

Através destas ações conjuntas pretendemos resgatar, divulgar e patrimoniar as contribuições lingüísticas, filosóficas e culturais das matrizes africanas na formação da cultura nacional, além de fortalecer a capacidade técnica e operacional das organizações representativas dos povos e comunidades tradicionais locais em uma ação de formação educacional que ambiciona reflexos sócio-ambientais.

A estruturação de uma rede digital para intercâmbio de tecnologias livres e produção e circulação de conteúdo aberto. O Projeto "'Tambor, Acervos e Comunicação neste edital acrescenta à idéia de Tambor e Comunicação, projeto em andamento há trés anos, a noção de Acervos. Depois de mais de duas décadas promovendo efetivo contato entre comunidades quilombolas e grupos de cultura de matriz africana, acreditamos que podemos estruturar os produtos culturais desta rede em acervos digitais. Considerando a ferramenta tecnológica como instrumento de acesso à informação e de armazenamento de conteúdo de matriz africana. Este processo de criação de acervos em médio longo prazo poderá funcionar como fonte de consulta, como fonte para criação de recursos educacionais abertos (cf. <educacaoaberta.org>) considerando a lei de ensino da historia e cultura africana na escola. Além de permitir a estruturação a longo prazo para formações, em que entra em cena o Núcleo Permanente de Formação.

Afirmamos assim o interesse em resgatar e divulgar as contribuições linguísticas, filosóficas e culturais das matrizes culturais africanas na formação da cultura nacional, a partir do esforço de um grupo social em se representar e em se apoderar dos recursos tecnológicos disponíveis. A possibilidade de resgate das contribuições dos descendentes de matriz africana nas próprias comunidades tem para nós valor inestimável. Depois de séculos de historiografia que representa as negras e negros no Brasil como coadjuvantes do processo de colonização brasileiro contado por outras matrizes culturais, torna-se possível ganhar voz e - esperamos - colocar questões para a "formação da cultura nacional". É preciso participar desta discussão como protagonista, e esta é a oportunidade de preparação das comunidades para ocupar este papel.

O edital está neste link

Parceiros

A Casa de Cultura Tainã, sediada em Campinas, São Paulo, possui ampla experiência acumulada ao longo de mais de vinte (20) anos de divulgação e preservação da cultura de matriz africana. É núcleo fundador da Rede Mocambos, espaço virtual de comunicação já consolidado que constitui uma fonte de consulta fidedigna para cidadãos interessados em culturas e línguas de matriz africana no Brasil. O site da rede Mocambos pode ser consultado através do www.mocambos.org. Este projeto tem como objetivo organizar, indexar e disponibilizar de forma aberta o acervo cultural produzido pela rede Mocambos de forma estruturada e sustentável.

A Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (COCEN) - tem como objetivo fundamental coordenar as atividades dos Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Estes realizam pesquisas interdisciplinares em diversas áreas do conhecimento. Esses núcleos foram criados (a partir de 1982) no intuito de preencher as lacunas sobre questões acadêmicas fundamentais e não respondidas através de uma só disciplina ou área do conhecimento. Ou seja, os Centros e Núcleos visam às questões acadêmicas e científicas que necessitam de respostas mais amplas do que aquelas possibilitadas pelas disciplinas, de forma isolada. Dessa forma, a investigação cultural, científica, tecnológica dos Centros e Núcleos apresenta características que em geral não são observadas nos Departamentos da Universidade^[1].

O Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED), que comemorará 30 anos de existência na UNICAMP em 2013, é considerado um centro de excelência na pesquisa e disseminação de conhecimento sobre tecnologia e educação. Participa de inúmeros projetos nacionais e internacionais relacionados à temática, como os projetos Um Computador Por Aluno (UCA), OLPC (One Laptop per Child/XO), e o desenvolvimento do software de educação a distância TELEDUC, entre outros. O núcleo detem pesquisadores e pessoal de apoio condizentes com a proposta em questão, além de uma extensa rede de colaboração com institutos e faculdades dentro e fora da universidade.

O Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) foi projetado e organizado em 1976, e implantado oficialmente na UNICAMP em 1977. Criado com o objetivo central de desenvolver atividades nas áreas de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, bem como pesquisas interdisciplinares, o CLE mantém intenso intercâmbio acadêmico com pesquisadores e instituições do Brasil e do exterior; organiza regularmente seminários e encontros científicos; coordena trabalhos de pesquisa; assessora cursos de pós-graduação de natureza interdisciplinar; mantém acervo bibliográfico e acervo de documentação que proporcionam subsídios a pesquisadores e estudantes; e promove a publicação de duas revistas e uma coleção de livros.

Proposta Projeto Tambor, Acervos e Comunicação

A proposta aqui apresentada se centra na criação de condições de trabalho para atender duas atividades de capacitação:

• A capacitação ligada a ferramentas tecnológicas livres e socialmente acessíveis para organização e divulgação de conteúdo livre.

O Projeto Tambor, Acervos e Comunicação deverá criar condições de recursos humanos e infra-estrutura digital para podermos realizar a criação e implementação de tecnologias digitais ou de convergência digital para organização e difusão de conhecimento de matriz africana. Isso se dará agregando estas ferramentas desenvolvidas às ferramentas já existentes para que funcionem de maneira a enriquecer a disponibilidade de recursos para acesso a este acervo. Priorizamos a utilização de ferramentas livres e de fácil acesso, que funcionarão concomitantemente ao posicionamento de difusores de conhecimento específico para compartilhamento de tecnologias guiadas para os objetivos e escopo do projeto.

• A capacitação ligada a reconhecimento do valor da cultura local, e iniciativas de patrimoniamento material e imaterial dentro destas comunidades cuja difusão será feita a nível regional, nacional e mundial.

O Projeto Tambor, Acervos e Comunicação aposta em uma crítica epistemológica à interpretação corrente que legitima a produção de conteúdo exclusivamente no espaço intra-muros da universidade. O acesso à cultura também pode ser feito dando condições às comunidades de terem voz e escrita próprias. E aqui nos referimos ao acesso à produção cultural e à produção da reflexão, e não apenas ao consumo do conteúdo disponível online. Para que isso aconteça, é preciso que haja parceria entre Casa de Cultura, a Universidade e outras instituições ligadas ao reconhecimento do Patrimônio Cultural como o IPHAN, a SEPPIR, o próprio MInC, etc. Deveremos portanto trabalhar na formação de recursos humanos das próprias comunidades que poderão identificar o que pode ser tombado e o que pode ser patrimoniado como bem material e imaterial. E oxalá dar condições para que estas comunidades possam ver suas práticas culturais reconhecidas formalmente como parte do tesouro da cultura nacional.

Público Alvo

Comunidades quilombolas interligadas a Rede Mocambos, atualmente cerca de duzentas (200) em dezoito (18) estados brasileiros. O projeto será conduzido diretamente por 5 comunidades quilombolas mais estruturadas, chamados Núcleos de Formação Continuada com apoio de pesquisadores da Unicamp. O material produzido será disponibilizado para o publico com licenças abertas na Internet. As propostas de patrimoniamento e tombamento serão encaminhadas ao IPHAN e à UNESCO.

Objetivos de Aprendizagem

A possibilidade de resgate das contribuições dos descendentes de matriz africana nas próprias comunidades tem para nós valor inestimável. Depois de séculos de historiografia que conta a história das negras e negros no Brasil como coadjuvantes de um processo de colonização, historiografia contada por outras matrizes culturais, torna-se possível ganhar voz e - esperamos - colocar questões para a "formação da cultura nacional". É preciso participar desta discussão como protagonista, e esta é a oportunidade de preparação das comunidades para ocupar este papel. O enfoque inicial é portanto, na formação dos agentes diretamente ligados à Rede Mocambos.

• Empoderar digitalmente e culturalmente membros de comunidades quilombolas de forma a que as comunidades locais estejam capacitadas produzir seu próprio conteúdo, disponibilizá-lo através de coleções digitais.
  • Aprendizado sobre ferramentas e software específico (instrumental), bem como formação para participação em uma cultura digital;
• Criação de recursos educacionais abertos no formato de módulos, cursos e atividades partindo das coleções e recursos criados;
  • Formação em desenho instrucional, adaptação, remix e criação de recursos educacionais abertos (REA) partindo de noções sobre cultura digital;
• Tomar as providências necessárias junto aos órgãos governamentais para permitir a representação de suas práticas tradicionais como patrimônio nacional e/ou mundial e de averiguar elementos passíveis de tombamento como patrimônio cultural brasileiro e/ou mundial; e
  • Aprendizado sobre procedimentos, formulários e processos formais para documentação voltada para os processos de patrimoniamento e tombamento.

Metodologia

A metodologia de constituição do projeto inclui a formação de três (3) frentes de trabalho integradas, a serem desenvolvidas de maneira conjunta:

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital

Rota dos baobás - Geo-referenciamento

O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital tem como meta a criação dos acervos e coleções digitais. As coleções estarão hospedadas em servidores locais utilizando hardware aberto e de baixo custo (um protótipo está em desenvolvimento utilizando a plataforma Raspberry Pi) e software livre ([www.greenstone.org Greenstone]). Estes serão sincronizados através do uso de protocolos abertos para troca de metadados (OAI-PMH). As coleções poderão conter as mídias já disponíveis mas também contemplam as mídias que serão geradas durante o curso do projeto. Para tanto, nos basearemos em uma metodologia para criação de coleções digitais baseado no trabalho desenvolvido no CLE através do Grupo de Trabalho Multilinguismo no Mundo Digital, fazendo uso do software Greenstone^[2]. O processo de construção de coleções digitais é desenvolvido desde 2009 neste projeto com alunos de ensino médio, através do programa do CNPq de Iniciação Científica Júnior. Ele permite verificar a possibilidade do cidadão com letramento médio poder criar, organizar e disponibilizar conteúdo de forma livre, enfim organizar seus interesses particulares de forma metódica em coleções digitais. Na proposta (Claudia, descrição do processo?Tamiel 19h12min de 29 de maio de 2012 (UTC)). As coleções terão interface com um sistema de geo-referenciamento criado no âmbito do projeto Mocambos. O mapa interativo inclui informações atualizadas das comunidades e será mapeado de maneira integrada para incluir também as coleções digitais.

Núcleo de Produção de Conteúdo

O Núcleo de Produção de Conteúdo, ficará encarregado da formação de difusores. Estes multiplicadores terão como meta implementar um programa de formação específica em ferramentas de de produção, adaptação, e criação de coleções. Isto inclui uma série de ferramentas para construção de conteúdos multimídia, criação de coleções digitais, além de ferramentas para discussão e produção comunicação e colaboração online (veja acima). Para tanto, os agentes multiplicadores farão uso de material e cursos já existentes no âmbito da Rede Mocambos, além de recursos abertos disponíveis na Internet (por exemplo, o Caderno REA ) que serão adaptados às necessidades e demandas de formação local. O Núcleo de Produção de Conteúdo também ficará encarregado de executar a transferência de conhecimento para que as comunidades possam adaptar-se a fazer a sua produção de conteúdo regionalizado, preservando, reunindo e propagando o conhecimento de matriz africana herdado. Todo o conteúdo de formação será disponibilizado abertamente na Internet.

Núcleos de Formação Continuada

Ciclo de produção de recursos abertos

Abrange ambos grupos de trabalho, fará utilização da infra-estrutura previamente existente da Rede Mocambos, para organização das agendas de trabalho e execução de parcerias para projetos de formação continuada. Com a criação de acervos de recursos abertos (Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital), e estruturas de formação (Núcleo de Produção de Conteúdo) haverá material e pessoal preparado para o desenvolvimento de cursos de formação continuada pautados nos interesses locais. Efetivamente, o Núcleo de Formação Continuada terá como meta investigar os recursos digitais disponíveis para criação de material didáticos sobre os temas de maior interesse local, e da rede como um todo. Baseado nas coleções criadas e disponíveis através de bibliotecas digitais, o Núcleo de Formação Continuada terá a sua disposição um rico acervo para construção de recursos educacionais. Estes por sua vez comporão módulos, cursos e atividades para usofruto da comunidade local, de toda a rede Mocambos, bem como o público em geral. Neste processo, nos pautamos nas metodologias imbricadas no movimento para Recursos Educacionais Abertos:

"...materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento."^[3]

Neste sentido, buscamos a produção local de conteúdo livre, aberto e acessível através do uso de 1) licenças abertas e 2) padrões e formatos técnicos abertos. REA vai além de recursos: é um processo de engajamento com os recursos didáticos, onde usuários criam, adaptam, e compartilham seus recursos. Isto fomenta um circulo virtuoso, onde novos usuários podem encontrar estes recursos, e os adaptam às suas necessidades.

Metodologia

Este projeto desenvolverá ações inovadoras que precisam ser pesquisadas em seu processo de implementação, e que precisam de elementos claros de avaliação ao longo de sua implementação. As inovações se darão na implementação de um servidor local na forma de um hardware, mas não somente. A implementação de dispositivos interagem diretamente com a configuração social - trata-se portanto de uma inovação que envolve tanto atores humanos como não humanos^[4]. Estas configurações e mudanças precisam ser investigadas de maneira local, participativa e interativa. Novas metodologias de pesquisa em inovações educacionais priorizam a identificação de problemas e situações identificados in loco como ponto de partida para o desenvolvimento de tecnologias e técnicas de ensino. Utilizando os atores locais como parceiros de pesquisa de longo prazo, o espaço se transforma em um “laboratório” de pesquisa autêntico garantindo maior valor aos resultados identificados. A pesquisa é realizada interativamente com protótipos ou “designs” que são estudados profundamente para que se identifiquem fatores importantes para que se atinja o objetivo^[5]. Neste sentido, buscaremos desenvolver designs complexos que serão implementados e avaliados de maneira iterativa. Os designs iniciais serão compostos de 1) equipamentos: um servidor local (protótipo) incluindo todos os recursos (software/hardware) indicados acima 2) formação de recursos humanos para uso do sistema, produção de recursos. Os designs implementados em um espaço (quilombo, comunidade) e a avaliação de seus fatores de sucesso/desafios servirão de modelo para a implementação nos próximos espaços. Em última instância, busca-se não somente um design replicável, mas também uma série de informações sobre barrerias e fatores de sucesso que podem ser compartilhados com as comunidades locais.

---RASCUNHO ABAIXO----
utilizando-se também de eventos específicos para difusão do projeto, como Pajelanças Quilombólicas e difusão desses eventos através da Rota dos Baobás. Gente, são 2 atividades distintas, não dá ara embaralhar tudo em um paragrafo, formacao tecnologica e patrimonio cultural... A metodologia de formação pedagógica e educacional para patrimoniamento ?

Prioridade para o uso de tecnologias socialmente acessíveis e de fácil difusão, incluindo não somente a instrumentalização tecnológica disponível no tocante a sua operação para as finalidades específicas do projeto,

Contemplar o estabelecimento dos vínculos com as matrizes africanas, utilizando a formação dos difusores de conhecimento dentro das tecnologias para que estas possam servir de meio ou mídia para difusão e preservação do conhecimento.
Dentro deste princípio, a metodologia parte da implementação de meios de mantenimento digital para multimeios integrados, sendo que estes serão desenvolvidos em conjunto por uma equipe de profissionais de desenvolvimento de software específico para a tarefa inicialmente e concomitantemente a contratação de profissionais para instrumentalizar difusores dentro de áreas específicas como filmagens, geração de conteúdo didático escrito, gravação de multimeios como música e arte em geral, e tudo o que se relaciona com o escopo de difusão, preservando e difundindo conteúdos de matriz africana.

preservação e patrimoniamento cultural do projeto, ...
---RASCUNHO ACIMA----

Cronograma de Execução

Projeto com duração de 1 ano.

Conteúdo Programático

• Mapeamento comunitário, Rota dos Baobás: plataforma Ushahidi (mapa.mocambos.net)
  • Criar um relato/comunidade
  • Criar e gerir categorias
  • Incluir dados geográficos
  • Incluir fotos
  • Sistematizar as informações
• Produção colaborativa de conteúdos: plataforma Mediawiki (acs.taina.net.br)
  • Criar e editar paginas wiki
  • Criar e gerir categorias
  • Sistematizar as informações
• Patrimoniamento e criação de catálogos: plataforma Greenstone
  • Criar e publicar conteúdos
  • Criar e gerir metadados
  • Sistematizar as informações
• Acervo decentralizado: plataforma git + git-annex
  • Criar um repositório git-annex
  • Adicionar arquivos no repositório
  • Sincronizar os repositórios

Processo de Avaliação

Equipe bolsista: ensino médio: técnico apoio criação coleções greenstone (Augusto Machado Ramos)

ensino superior: programador greenstone

Histórico da Casa de Cultura Tainã

Introdução

A Casa de Cultura Tainã^[6], que em Tupi Guarani significa “caminho das estrelas”, é uma entidade cultural e social sem fins lucrativos, fundada por moradores da Vila Castelo Branco e região, em 1989, como Associação de Moradores da Vila Castelo Branco e, mais tarde, por meio de um concurso, foi escolhido o nome de Casa de Cultura Tainã, localizada na Vila Padre Manoel da Nóbrega, região noroeste do município de Campinas/SP.

Campinas foi a última cidade a fazer a abolição da escravatura, mas também é uma cidade de resistência e de lutas. ^[7]

A Casa de Cultura Tainã apresenta-se, como uma das poucas opções de ação comunitária efetiva, sendo reconhecida como a única referência cultural numa região onde se registram todos os tipos de carências, resultantes da falta de políticas sociais que assegurem a sobrevivência e a qualidade de vida de crianças e jovens.

Sua missão é possibilitar o acesso ás tecnologias de informação e comunicação, fortalecendo a prática da cidadania. A identidade, o resgate e a preservação da cultura de matriz africana, estão presentes nas atividades da Casa de Cultura Tainã, visando contribuir para a formação de sujeitos conscientes e atuantes na comunidade e na sociedade. A região de atuação da Casa de Cultura Tainã compreende uma área de concentração populacional de aproximadamente 50.000 habitantes, distribuídos em quatro vilas populares das regiões sul e noroeste. Caracterizada como "o outro lado da cidade", a área possui cerca de 500.000 pessoas em sua linha de extensão, abrigando grande parte da população negra do município de Campinas.

A Casa de Cultura Tainã recebeu a Ordem ao Mérito Cultural em 2006^[8].

Projetos da Casa de Cultura Tainã

Alguns projetos da Casa de Cultura Tainã são:

• Nação Tainã - Maracatu de Baque Virado e Cultura Popular
• Fábrica de Música - Estudo de Música / Gravação / Produção Musical
• Lidas e Letras - Bibliotecas / Literatura
• Projeto Tambor Menino - Música / Dança / Produção de Artesanato
• Projeto Orquestra Tambores de Aço - Formação de Orquestra de Steel Drums
• Telecentro Comunitário - Laboratórios de Informática e Pesquisas Digitais
• Projeto Mocambos - Rede de comunicação entre comunidades quilombolas
• Projeto Fabrica de Musica - Estúdio de Gravação Comunitário
• Tambor dá Saúde - Prevenção contra DST/AIDS
• Pajelanças Quilombólicas - Encontros de troca de saberes (Tecnologia social reconhecida pela Fundação Banco do Brasil^[9])

Parcerias da Casa de Cultura Tainã com instituições culturais

O que é cultura afro no Brasil?

Algumas das atividades da Casa de Cultura Tainã

Reconhecimento público da importância da Casa de Cultura Tainã

• A Casa de Cultura Tainã é um Ponto de Cultura.
• A Casa de Cultura Tainã recebeu a Ordem ao Mérito Cultural em 2006^[10].
• A Casa de Cultura Tainã desenvolveu uma metodologia para encontros de troca de saberes, chamados Pajelanças Quilombólicas que foi reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil^[11]
• A Casa de Cultura Tainã assinou dois termos de cooperação com os Ministérios das Comunicações e do Planejamento^[12][13]

Créditos e Referências

Histórico da Rede Mocambos

Introdução

A Rede Mocambos é uma rede solidária de comunidades. O objetivo principal da Rede é compartilhar idéias e oferecer apoio recíproco. A rede integra diferentes projetos, programas, ações voltadas para o desenvolvimento humano, social, econômico, cultural, ambiental, preservação do patrimônio histórico, memória, ancestralidade. Investe por meio da promoção de competências pessoais, coletivas, sociais, formativas, produtivas, de indivíduos e comunidades, para a apropriação do conhecimento livre, do fortalecimento institucional das organizações, ampliação de acesso aos bens, serviços e tecnologias de comunicação e informação. A Rede visa potencializar o desenvolvimento de forma sustentável no âmbito local e regional em diferentes territórios urbanos e rurais, constituindo numa territorialidade tecnológica onde os recursos são utilizados para a integração das pessoas e das comunidades e não para o afastamento das culturas. O mocambo ou mucambo, a palhoça ou o tejupar, são denominações dadas a moradias construídas artesanalmente usando materiais locais. Nos quilombos mais antigos, como o quilombo de Palmares, os mocambos eram construídos em círculos para facilitar a comunicação e como tática de defesa e resistência. A Rede Mocambos não é uma instituição representativa das comunidades quilombolas, mas sim uma rede formada por comunidades quilombolas, indígenas e terreiros de matriz africana, ribeirinhas e caiçaras que busca a utilização e apropriação das tecnologias de informação e comunicação como estratégias fundamentais para desenvolvimento de ações conjunta das comunidades envolvidas na Rede, além de exercemos o direito humano a comunicação.

Projetos da Rede Mocambos

Parcerias da Rede Mocambos com instituições culturais

O que é cultura afro no Brasil?

Algumas das atividades da Rede Mocambos

Referências

1. ↑ http://www.cocen.unicamp.br/centrosenucleos_sobre.php
2. ↑ WANDERLEY, C. M. Bibliotecas digitais multilingues: uma proposta inclusiva. In: CYRANEK, G. N. (Ed.). Greenstone: Un software libre de código abierto para la construccíon de bibliotecas digitales: Experiências en América Latina y el Caribe. Montevideo: UNESCO, 2010. p.45-74.
3. ↑ UNESCO/COL. Guidelines for Open Educational Resources (OER) in Higher Education. Vancouver: COL, 2011.
4. ↑ LATOUR, B. Reassembling the social: An introduction to actor-network theory. Oxford: Oxford University Press, 2005
5. ↑ AMIEL, T.; REEVES, T. C. Design-Based Research and Educational Technology: Rethinking Technology and the Research Agenda. Journal of Educational Technology and Society, v. 11, n. 4, p. 29-40, 2008. Disponível em: < http://www.ifets.info/journals/11_4/3.pdf >
6. ↑ http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Cultura_Tainã
7. ↑ http://pt.wikipedia.org/wiki/Campinas
8. ↑ http://revistaraiz.uol.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=268&Itemid=190
9. ↑ http://www.fbb.org.br/tecnologiasocial/detalhar-tecnologia-423.htm
10. ↑ http://revistaraiz.uol.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=268&Itemid=190
11. ↑ http://www.fbb.org.br/tecnologiasocial/detalhar-tecnologia-423.htm
12. ↑ http://www.mocambos.org/projetos/Convenio%20Gesac%20-%20Taina%20.rtf/view
13. ↑ http://www.mocambos.org/projetos/telecentrosbr/Termo%20de%20cooperacao_325.pdf/view