Natureza e Arte
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− | = PROJETO NATUREZA E ARTE = | + | = PROJETO NATUREZA E ARTE = |
− | '''NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO JARDIM BOTÂNICO''' | + | '''NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO JARDIM BOTÂNICO'''- NPDJB-IAC |
== Justificativa == | == Justificativa == | ||
− | O IAC é uma instituição centenária dedicada à pesquisa agrícola | + | |
− | + | O Instituto Agronômico de Campinas- IAC, fundado em 1.887 por D. Pedro II, é uma instituição pública centenária, dedicada à pesquisa agrícola e vinculada à Secretaria de Agricultura do Governo do Estado de São Paulo. Possui um Jardim Botânico enquadrado pela Comissão Nacional de Jardins | |
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Botânicos (publicado em Diário Oficial de 28 de abril de 2010) na categoria B, mesma categoria do | Botânicos (publicado em Diário Oficial de 28 de abril de 2010) na categoria B, mesma categoria do | ||
− | Jardim Botânico do Rio de Janeiro. | + | Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fazendo parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Nosso Jardim Botânico reúne coleções de |
− | O NPDJB | + | espécies vegetais de importância econômica e ecológica, representadas principalmente por espécies arbóreas e palmeiras, muito raras, |
− | pesquisa e preservação. Dentre | + | constituindo um dos maiores acervos de recursos naturais e genéticos do País. As coleções de árvores, com cerca de 5 mil espécies, representam patrimônio natural e genético para pesquisa e preservação ambiental de valor e potencial inestimáveis, acumulado em mais de 100 anos de história da instituição. |
− | de espécies raras e desconhecidas, pesquisas sobre cultivo e possibilidades de utilização | + | O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do IAC - NPDJB-IAC, tem como missão criar as condições exigidas para o estabelecimento de um jardim botânico, tais como: cultivo, expansão e manutenção das coleções destinadas a pesquisa e preservação; herbário; biblioteca e infra-estrutura adequada ao atendimento dos servidores e visitantes. Dentre outras atividades, o NPDJB mantém viveiros de produção de mudas de espécies raras e desconhecidas, pesquisas sobre cultivo e possibilidades de utilização de |
− | espécies de bambu, projetos de educação ambiental, pesquisas com fitoterápicos. Neste ambiente, | + | espécies de bambu, projetos de educação ambiental, pesquisas com fitoterápicos. Neste ambiente, identificamos um potencial de fortalecimento destas atividades através do estabelecimento de novas formas de relacionamento com outras instituições atuantes em Campinas (SP). |
− | identificamos um potencial de fortalecimento destas atividades através do estabelecimento de novas | + | |
− | formas de relacionamento com outras instituições atuantes em Campinas | + | |
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== Objetivos == | == Objetivos == | ||
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− | == | + | Implementar ações de impacto social, educacional e ambiental, incluindo geração de renda, a partir das atividades desenvolvidas pelo NPDJB em parceria com as instituições participantes. |
− | + | ||
− | públicas e privadas | + | == Atividades propostas == |
− | + | ||
− | coleta e beneficiamento de sementes; | + | *Formação de coleções de espécies vegetais, extensões do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas, reunindo espécies raras, pouco conhecidas e cultivadas, com critério pedagógico, em escolas e instituições públicas e privadas; |
− | produção de mudas de espécies raras e desconhecidas para difusão e preservação; | + | |
− | formação e manutenção de jardins | + | *Orientação de mão de obra especializada nas áreas de: |
− | identificação de elementos | + | |
− | + | -coleta e beneficiamento de sementes; | |
− | instrumentos musicais; | + | |
− | + | -produção de mudas de espécies raras e desconhecidas para difusão e preservação; | |
− | + | ||
− | Botânico” | + | -formação e manutenção de jardins, sempre com introdução de novas espécies, caracterizando pequenas coleções. |
− | + | ||
− | + | *Pesquisa de materiais buscando a identificação e determinação do potencial de diversos elementos de origem vegetal (frutos, sementes, madeiras e bambus) e suas aplicações práticas para utilização em marcenaria, artesanato e arte, especialmente a criação e construção de instrumentos musicais. Como desdobramento, pretende-se estimular a formação de grupos musicais utilizando os instrumentos produzidos; | |
− | + | ||
− | + | *Criação de uma linha de produtos usando matéria-prima vegetal própria, com a marca “IAC/ Jardim Botânico”; | |
− | + | ||
− | resultados obtidos | + | *Seleção e cultivo de espécies para emprego nas atividades propostas; |
+ | |||
+ | *Produção e comercialização de brindes em loja própria do IAC/ Jardim Botânico e em redes parceiras; | ||
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+ | *Formação de monitores para visitas às instalações do IAC/ Jardim Botânico; | ||
+ | |||
+ | *Desenvolvimento de atividades educacionais; | ||
+ | |||
+ | *Sistematização e publicação de materiais de divulgação científica, educativa e popular a partir dos resultados obtidos. | ||
== Público alvo == | == Público alvo == | ||
− | Comunidade do entorno da instituição; | + | |
− | Jovens e adultos interessados em inserção no mercado de trabalho nestas áreas de produção | + | *Comunidade do entorno da instituição; |
− | Grupos sociais caracterizados como em risco ou vulneráveis | + | |
− | Comunidade em geral | + | *Jovens e adultos interessados em inserção no mercado de trabalho nestas áreas de produção; |
+ | |||
+ | *Grupos sociais caracterizados como em risco ou vulneráveis social, econômica e ambientalmente; | ||
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+ | *Comunidade em geral | ||
== Metodologia == | == Metodologia == | ||
− | Recursos | + | |
− | Existentes na Instituição | + | Recursos necessários |
− | * | + | |
− | + | Existentes na Instituição: | |
− | * | + | |
+ | * Coleções de espécies vegetais: matéria-prima (sementes, frutos, madeiras e outros) | ||
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+ | * Profissionais capacitados em Educação Ambiental e em Agricultura e Pesquisa | ||
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+ | * Área para cultivo | ||
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* Oficina de Marcenaria | * Oficina de Marcenaria | ||
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Profissionais nas áreas específicas: | Profissionais nas áreas específicas: | ||
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* Marcenaria | * Marcenaria | ||
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* Jardinagem | * Jardinagem | ||
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* Artesanato e criação artística | * Artesanato e criação artística | ||
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+ | * Educação, Comunicação e Tecnologia da Informação (TI) | ||
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+ | Recursos de apoio: | ||
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+ | * Alimentação | ||
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+ | * Transporte | ||
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+ | * Material didático | ||
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+ | * Ferramentas e Insumos diversos | ||
== Parceiros == | == Parceiros == | ||
+ | Para a realização deste projeto foram estabelecidas relações com importantes instituições, com histórico, qualificação e credibilidade reconhecidas, a saber: Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico-IAC; Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos; Centro de Convivência e Cooperativa Toninha; Casa das Oficinas; Centro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos" (Ceprocamp); PROjeto GENte Nova (Progen); RUMO - Educação para a Cidadania; Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira; Instituto das Artes Luana Lopes; Ecomercado Avis Rara; Escola Amarelinha; Coral PIO XI e Associação dos Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas. | ||
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+ | === Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas - NPDJB-IAC === | ||
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+ | O NPDJB-IAC desenvolve atividades de coleta e beneficiamento de sementes, produção de mudas, implantação de coleções de espécies vegetais, paisagismo e jardinagem, formação de monitores, recepção de visitas monitoradas em todos os níveis e faixas etárias. Cabe destacar o projeto "O Jardim Botânico - IAC vai à escola", que vem sendo desenvolvido principalmente na escola pública estadual Professor Newton Silva Teles, na Vila Costa e Silva, em Campinas, constituindo parte de um projeto praticado a nível nacional, "O Jardim Botânico vai à escola", também realizado por outros Jardins Botânicos participantes da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Além disso a unidade possui um Jardim Sensorial, que encontra-se em fase de reimplantação, na Fazenda Santa Elisa, centro experimental do IAC. | ||
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+ | As atividades acima poderão ser estendidas e incrementadas dentro do projeto Natureza e Arte e em conjunto com as instituições parceiras. | ||
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+ | === Cecco Toninha === | ||
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+ | O Centro de Convivência e Cooperativa Toninha (CCCT), em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do IAC, no projeto Natureza e Arte, propõe-se a desenvolver inicialmente duas ações: | ||
+ | |||
+ | 1- A composição de grupos de voluntários ligados ao CCCT para atividades de cultivo e manutenção de mudas e plantas cultivadas na Fazenda Santa Elisa, onde se encontra o | ||
+ | Jardim Botânico -IAC; | ||
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+ | 2- Produzir em oficinas com frequentadores do CCCT, bijuterias e utensílios domésticos artesanais com insumos vegetais fornecidos pelo NPDJB. | ||
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+ | A estas ações, que se inserem na lógica e objetivos do projeto Natureza e Arte, o CCCT poderá incluir novas atividades, ampliando nossa atuação na comunidade. | ||
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+ | === Progen === | ||
+ | |||
+ | O Progen desenvolve atividades de caráter socioeducativo, atendendo 630 crianças e jovens, entre 6 e 24 anos e suas famílias, além de 300 idosos e 340 famílias em situação de vulnerabilidade social em duas unidades - Castelo Branco e Satélite Iris I -, situadas na Região Noroeste da cidade de Campinas. A proposta socioeducativa visa propiciar condições para desenvolvimento de uma cidadania consciente e atuante entre os participantes. | ||
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+ | === Rumo - Educação para a cidadania === | ||
+ | A Rumo (www.gruporumo.org) tem como missão oferecer às crianças e suas famílias vivências significativas, valorizando seu conhecimento individual, contribuindo para a formação de sua cidadania, assim como atividades voltadas ao aprimoramento de sua educação global. Com isso pretende-se proporcionar o resgate de valores e atitudes coletivas perante as pessoas em relação ao ambiente no qual vivem. Tem um quadro técnico composto por pedagogas, assistentes sociais, um arquiteto e urbanista, e voluntários com diferentes formações. Dentre as ações que desenvolvemos podemos contribuir no que diz respeito a uma Educação para o Ambiente (problematizações, jogos e pesquisa); jogos cooperativos e oficinas de planejamento participativo, tendo como ferramenta o DRP - Diagnóstico Rápido Participativo. Este tem sua origem em projetos de extensão rural, cujos objetivos são de recuperar uma concepção holística do manejo dos recursos naturais renováveis. Tais experiências tiveram êxito em países das Américas Central e Latina no final da década de 1980 e início da década de 1990. | ||
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+ | Tal metodologia aposta no que as pessoas sentem, desejam e pensam a respeito do que se queira abordar, podendo ser utilizado em qualquer tipo de projeto que venha a ser pensado coletivamente, garantindo palavra e peso no processo de tomada de decisões. A utilização do DRP na comunidade contribui para que a participação dos sujeitos seja valorizada e, por conseqüência, respeitada, pois a partir da valorização do modo de vida das pessoas é que conseguiremos alcançar o equilíbrio desejado, intensificando a proposição de projetos educacionais que destaquem a cooperação e coletividade, e que ainda darão suporte para o fortalecimento e desenvolvimento comunitário. | ||
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+ | === Secretaria Municipal de Educação / Ceprocamp === | ||
+ | Através da secretaria faremos uso dos equipamentos, materiais e assessoria técnica para elaboração de subprojetos que visem o desenvolvimento da consciência ecológica na população de Campinas, em especial nos cidadãos envolvidos nos programas educacionais formais (ensino infantil e fundamental) e nos de inclusão, FUMEC e Qualificação Profissional. | ||
+ | Em contrapartida, a Secretaria de Educação de Campinas (SME) dará apoio pedagógico e de recursos humanos, no que competir na elaboração e implementação de propostas de caráter educacional. Algumas delas já viáveis: | ||
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+ | - Cursos de qualificação profissional de artesanato utilizando materiais naturais. | ||
+ | - Qualificação profissional de jardineiros e paisagistas. | ||
+ | - Estágios supervisionados dos cursos técnicos em segurança do trabalho, elaboração de projetos para segurança ergonômica e riscos a saúde do Jardim Botânico quando aberto ao público. | ||
+ | - Estágios supervisionados dos cursos de técnico em meio ambiente, elaboração de projetos de viabilidade sanitária (banheiros ecológicos) e reuso de água. | ||
+ | - Ampliação às escolas e centros infantis da prefeitura do projeto Arborização Especial nas Escolas, do Jardim Botânico. | ||
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+ | Essas e outras propostas semelhantes podem ser inseridas ou modificadas de acordo com a viabilidade e o andamento dos trabalhos no projeto Natureza e Arte. | ||
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+ | === Casa de Cultura Tainã / Rede Mocambos === | ||
+ | A Casa de Cultura Tainã é uma entidade cultural e social sem fins lucrativos fundada por moradores da Vila Castelo Branco e região, em 1989, como Associação de Moradores da Vila Castelo Branco e, mais tarde, através de um concurso, foi escolhido o nome de Casa de Cultura Tainã, que hoje fica na Vila Padre Manoel da Nóbrega, na região Noroeste do município de Campinas (SP). Sua missão é possibilitar o acesso à informação, fortalecendo a prática da cidadania e a construção da identidade cultural, visando contribuir para a formação de indivíduos conscientes e atuantes na comunidade. | ||
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+ | A Casa de Cultura Tainã, que é um Ponto de Cultura, apresenta-se hoje como uma das poucas opções de ação comunitária efetiva, sendo reconhecida como a única referencia cultural numa região onde se registram todos os tipos de carências, resultantes da falta de políticas sociais que assegurem a sobrevivência e a qualidade de vida de crianças e jovens. Ela atende atualmente, em média, 450 crianças e adolescentes/mês e 1.350 pessoas indiretamente através de atividades, oficinas e shows realizados fora da entidade. | ||
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+ | Além deste projeto, a Casa de Cultura Tainã tem mais oito áreas de atuação: | ||
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+ | * Rede Mocambos - Rede de Comunicação Social com comunidades quilombolas em 18 Estados | ||
+ | * Fábrica de Música - Estúdio Multimídia | ||
+ | * Lidas e Letras - Biblioteca | ||
+ | * Rota dos Baobás - Plantio de Baobás e Georreferenciamentos das comunidades quilombolas que fazem parte da Rede Mocambos | ||
+ | * Projeto Orquestra Tambores de Aço | ||
+ | * Telecentro Dona Nina - Programa Telecentros.Br | ||
+ | * Laboratório de Tecnologia Digital | ||
+ | * Centro de Convivência e Cooperativa Toninha | ||
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+ | ==== Tecnologias Sociais ==== | ||
+ | [[Arquivo:Tenda_natureza.png|300px|thumb|right|Tenda dos Saberes na Casa de Cultura Tainã]] Das ações desenvolvidas pela Casa de Cultura Tainã e a Rede Mocambos queremos destacar algumas que consideramos de maior relevância: A construção da Tenda dos Saberes, reuniu estudos e pesquisas sobre estruturas em bambu para construção de casas e instalações arquitetônicas. Numa ação direta da integração com o projeto " Natureza e Arte" pudemos, em curto espaço de tempo e contando com todo suporte técnico, reservas de bambu e orientação dos parceiros do Instituto Agronômico de Campinas, realizar uma das iniciativas mais importantes e expressivas no sentido de fundamentar conhecimentos e saberes ancestrais e populares como elemento essencial ao desenvolvimento sustentável e a valorização desses saberes. No momento em que estamos investindo na pesquisa com o bambu como uma alternativa de desenvolvimento sustentável, é sancionada pela presidenta Dilma Rousseff o projeto de lei que institui a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu – a Lei do Bambu. | ||
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+ | O bambu tem inúmeras utilidades, podendo ser usado na construção de móveis, de benfeitorias e dependências de uso rural, na fabricação de utensílios domésticos e de decoração. Sua fibra é utilizada, ainda, para a confecção de tecidos. Na construção civil, o bambu pode ser utilizado de várias formas, como escoramento em obras e acabamento. Sua utilização de forma generalizada no campo, contribui para a redução da pressão sobre as matas nativas. O bambu é utilizado, ainda, para a reparação de áreas degradadas e como protetor de nascentes e mananciais de água. | ||
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+ | === Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira === | ||
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+ | Arquivo:FazendaRoseiraRoda.jpg | ||
+ | </gallery> | ||
+ | A Casa de Cultura Fazenda Roseira é a articulação da gestão da comunidade Jongo Dito Ribeiro, em parceria com diversas entidades do segmento afro, instalada na Casa Sede da antiga Fazenda Roseira, no Jardim Roseira, bairro de Campinas (SP). A construção data do final do século XIX, é feita de pau a pique (taipa) e tijolos, e foi reformada em 1920. Desde então foi sofrendo diversas intervenções e novos usos, diferentes do período do ciclo do café. A fazenda tem várias riquezas naturais, diversas espécies de árvores nativas e exóticas, e um canteiro de plantas medicinais. Ela originou, além do Jardim Roseira, outros dois bairros campineiros: a Vila Perseu Leite de Barros e o Jardim Ipaussurama. Nos últimos anos, esteve inativa e, no ano de 2009, o casarão foi entregue à Prefeitura de Campinas e agora é usada para atividades de cultura e lazer como aulas de inglês e dança. A Fazenda Roseira encontra-se em meio a um processo de loteamento e urbanização, localizada às margens da Avenida John Boyd Dunlop, em frente à PUC-Campinas. O uso do espaço, que também constitui um Ponto de Cultura, possibilita uma vivência transversal através da africanidade da música, da dança, da arquitetura, gastronomia, artesanatos, linguagens, costumes e tradições afro brasileiras, relacionadas às práticas ambientais e solidárias, fortalecendo o auto-estima e o protagonismo comunitário. | ||
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+ | === Instituto das Artes Luana Lopes === | ||
+ | O Instituto das Artes Luana Lopes (http://www.luanalopes.com.br), localizado no distrito de Sousas, desenvolve atividades na área artística nas modalidades: DANÇA, MÚSICA, ARTES PLÁSTICAS, ARTES CÊNICAS E CIRCENSES. Há 15 anos vem representando a comunidade em diversos eventos no País, inclusive com o grupo folclórico italiano de Campinas, em parceria com a Società Lavoro e Progresso e Casa di Italia. <br /> | ||
+ | O IALL atua no desenvolvimento de habilidades artísticas desde a primeira infância até a melhor idade e também na capacitação de profissionais deste campo. | ||
+ | Junto à comunidade desenvolve projetos sociais como o "Bellarts", que oferece bolsas de estudo para alunos carentes da região, e o Grupo de Dança da Melhor Idade, no qual jovens maiores de 60 anos frequentam aulas semanais de dança gratuitamente e se apresentam em eventos regionais. | ||
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+ | Em parceria com o movimento Natureza e Arte, o instituto se propõe a oferecer: | ||
+ | <br /> | ||
+ | - Espaço físico para realização de cursos, workshops e exposições relacionadas ao propósito deste movimento | ||
+ | - Cursos de natureza artística com profissionais qualificados | ||
+ | - Apresentações diversas em eventos | ||
+ | <br /> | ||
+ | Outras propostas poderão ser inseridas de acordo com a viabilidade e andamento dos trabalhos no Natureza e Arte. | ||
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+ | === Escola Amarelinha === | ||
+ | A Escola Amarelinha (www.amarelinhasousas.com.br) pretende contribuir para a formação de pessoas capazes de manter sua integridade, comprometidas com a sociedade e com o planeta. Propicia um ambiente onde a criança possa desenvolver-se e colocar-se em sua totalidade como ser intelectual, social, emocional, físico e espiritual. Adota uma proposta pedagógica que trabalha os conteúdos por meio de projetos desenvolvidos em conjunto com alunos e professores, propiciando que as crianças tragam situações de seu cotidiano que enriquecerão o trabalho a ser desenvolvido. A escola poderá contribuir na formação de educadores para trabalharem a partir de projetos de forma interdisciplinar; oficinas com crianças e educadores para elaboração de projetos pedagógicos; cessão de espaço físico para a realização de cursos e exposições. | ||
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+ | === Ecomercado Avis Rara === | ||
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+ | O Ecomercado Avis Rara é um Centro Comercial inteiramente ecológico e uma iniciativa pioneira no Brasil, situado em Sousas, dentro da APA - Área de Proteção Ambiental de Campinas. | ||
+ | Possui 7 áreas de atividades, todas com foco numa visão sustentável, Bioarquitetura, Paisagismo e Conservação Ambiental, Empório de Produtos Orgânicos, Restaurante Orgânico Vegetariano, Loja de Arte e Artesanato, Galeria de Arte e Eventos Culturais, Espaço para Terapias Holísticas, Cursos e Palestras, Ecoturismo. | ||
+ | Tem como missão INSPIRAR soluções para uma vida mais sustentável e feliz... | ||
+ | CONSTRUIR com critérios que levem em conta o respeito ao homem e o seu ambiente, preservando os Recursos Naturais para as gerações atuais e futuras. | ||
+ | ALIMENTAR de maneira saudável com produtos cultivados organicamente, de maneira social e ambientalmente responsável. CUIDAR com consciência, respeito e com terapias que levem em conta nosso corpo, nossa mente, nossa alma e nosso mundo. | ||
+ | COMPARTILHAR o que for enriquecedor, belo e contribua para a evolução do homem. | ||
+ | FAZER com Arte, Alegria e Amor... | ||
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+ | === Coral Pio XI === | ||
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+ | O CORAL PIO XI, fundado em 06 de Janeiro de 1948, é um Patrimônio Cultural da cidade de Campinas. | ||
+ | Constituído apenas por vozes masculinas, apresenta repertório variado, passando pela música popular, o canto lírico, folclórico, a música sacra e erudita, além de dedicar atenção especial na difusão das obras do imortal compositor de Campinas, Antonio Carlos Gomes. | ||
+ | Desde sua fundação, há 67 anos, é regido pelo mesmo Maestro, Oswaldo Antonio Urban, um incansável defensor da Educação e Cultura em nossa cidade, e que é um recordista, sendo o regente com mais tempo de atividade num mesmo Coral, no Brasil. | ||
+ | Em suas apresentações, sempre muito concorridas e emocionantes, o Coral PIO XI dedica-se esmeradamente em compartilhar com o público a alegria de cantar, que segundo Santo Agostinho, equivale a rezar duas vezes. Música é muito mais que música. A música engrandece, aproxima os homens do que é essencial e Sagrado, eleva. | ||
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+ | O CORAL PIO XI está permanentemente de portas abertas para receber novos amigos e cantores com disposição para, através da Arte da Música, ajudar na construção dos Novos Caminhos que podem conduzir-nos a uma sociedade mais justa e melhor. | ||
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+ | Os ensaios acontecem regularmente aos Sábados, a partir das 17h, em sua sede, à Rua Rafael Rosa n.187, Jardim das Paineiras, Campinas, SP. | ||
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+ | === Associação dos Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas === | ||
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+ | A Associação "Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas", foi criada em 27 de Junho de 2005, para apoiar o Jardim Botânico IAC, promovendo a integração de pessoas, instituições e empresas que possam contribuir para dinamizar as atividades próprias de um Jardim Botânico. Um de nossos principais objetivos é ajudar na preservação e no enriquecimento do patrimônio, principalmente vegetal, acumulado ao longo de muitos anos, em expedições de coleta e intercâmbio, com destaque para as coleções de árvores e palmeiras. Essas coleções estão distribuídas pela Fazenda Santa Elisa, concentradas no Complexo Botânico Monjolinho, e no Parque da Sede da Instituição, à Av. Barão de Itapura, 1481, são provavelmente as maiores do Brasil, possuindo valor e potencial incalculáveis, tanto no aspecto científico quanto econômico. Estamos capacitados para intermediar o estabelecimento de parcerias, captar e fazer gestão de recursos, estimular a interação na comunidade institucional e com a população, desenvolver atividades educacionais, difundir e compartilhar o conhecimento disponível em benefício da coletividade. | ||
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+ | == Ações == | ||
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+ | 2011 | ||
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+ | - Visita ao EE "Profa. Hercy Moraes, na Vila Perseu Leite de Barros para planejamento de ação e implantação do projeto, iniciando com plantio de arboreto - em maio de 2011. | ||
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+ | - Visita monitorada ao Jardim Botânico na fazenda Santa Elisa e na sede do IAC - agosto de 2011 | ||
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+ | - Lançamento oficial do projeto Natureza e Arte - 27/08/2011 - Foram apresentados os proponentes e as propostas do projeto, na sede do Instituto Agronômico de Campinas (Av Barão de Itapura, 1481). Várias atividades aconteceram ao longo deste dia, quando recebemos muitos convidados. Iniciamos com uma visita monitorada aos jardins do Parque da Sede, que constituem uma pequena mas expressiva amostra das coleções de nosso Jardim Botânico. O cultivo sistemático de suas coleções foi iniciado pelo Dr. Hermes Moreira de Souza, a partir de 1960, e continuado pelo Dr. Luiz Antonio Ferraz Matthes até os dias de hoje. Os visitantes puderam vislumbrar cerca de 600 espécies diferentes de árvores e 150 de palmeiras, provenientes de todos os cantos do mundo. Todos os proponentes do projeto estiveram representados e puderam demonstrar o papel de cada instituição na organização e desenvolvimento das atividades propostas. O Sr. Toshiro, por exemplo, que é lutier exímio, montou um estande para demostração dos instrumentos musicais que cria e constroi, oferecendo aos interessados a oportunidade e orientação para experimentá-los. Os presentes, de todos os níveis e faixas etárias, divertiram-se enquanto aprendiam com música, caracterizando uma das principais ideias do projeto, que é reaproximar os participantes da Natureza, através da Arte. Muitos dos instrumentos expostos foram construidos a partir de elementos vegetais, alguns muito sofisticados em sua simplicidade. O Sr. Felipe, representando a Casa de Cultura Tainã, surpreendeu a todos com uma exibição impecável de Tambor de Aço, steel drum, instrumento raro e de sonoridade incomparável, inclusive apresentando-se em conjunto com o Prof. Marcos, das oficinas da Escola Salesiana São José, e que também constroi cajons (que são instrumentos de percussão) com características diferenciadas. A Casa das Oficinas montou um estande exibindo seus produtos alimentícios e artesanais. Parte das atividades ocorreu na lanchonete da Associação dos Servidores do Instituto Agronômico de Campinas (ASSIAC), espaço adaptado para restaurante numa antiga estufa, pela Campinas Decor. Foi montada uma pequena exposição com frutos, sementes e outros materiais de origem vegetal procedentes das coleções do Jardim Botânico. Também foram expostos painéis com reproduções fotográficas de plantas, realizadas pela fotógrafa Josiane Giacomini Alves, em trabalho conjunto com a repórter Maraísa Ribeiro, em parceria entre o Jardim Botânico e a revista Terra da Gente. Josiane, que também é poetisa sensível, distribuiu generosamente alguns exemplares de seu livro, "Metade de mim que não sei onde". Poesia, aqui e agora. Foram exibidos vídeos e apresentações musicais, sempre com tema pertinente à proposta, Natureza e Arte. Foram preparadas e distribuídas diversas mudas de Nolina recurvata, pata-de-elefante, espécie vegetal que sugerimos como símbolo do projeto. Às 20 horas, ponto culminante do encontro, recebemos os Corais PIO XI e Vozes Amigas, ambos regidos pelo Maestro Osvaldo Urban, que apresentou músicas com temas referentes à terra e à Natureza, inclusive composições próprias, especialmente criadas para o dia. O Coral PIO XI é tradicional em Campinas, com mais de sessenta anos de atividade ininterrupta, e possui forte vínculo com nossa instituição. Para esse dia nós havíamos programado um grande encontro entre dois maestros, ambos com 93 anos, o maestro da Natureza, Hermes Moreira de Souza, e o maestro da Arte, Osvaldo Antonio Urban. Natureza e Arte. Simbólicamente nós exibimos um vídeo registrado em matéria no Complexo Botânico Monjolinho, quando o Dr. Hermes foi entrevistado num dos primeiros Repórter Eco, da TV Cultura. E o grande encontro ocorreu no plano superior, espiritual, simbólico. Porque o Dr. Hermes já não estava mais conosco e a ele, um dos principais inspiradores de nossas ações, gostaríamos de dedicar os trabalhos do dia, com esperança de que possamos realizar sempre mais e melhor. Natureza e Arte. | ||
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+ | - Oficina de utilização deste wiki para inclusão de novos parceiros, na Casa de Cultura Tainã - setembro de 2011. | ||
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+ | - Reunião na EE Rosina Frazatto dos Santos, no Jardim Satélite Iris I, para apresentar o projeto e articular ações coletivas na região - setembro de 2011. | ||
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+ | - Visita do coletivo do projeto do Satélite Íris à sede do Instituto Agronômico de Campinas (Av Barão de Itapura, 1481), com presença do Progen, da EE Rosina Frazatto dos Santos, CRAS Satélite e Instituto Bosch (e outros possíveis participantes do projeto no Sat. Iris I) - dia 19 de outubro. | ||
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+ | 2013 | ||
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+ | - Reunião realizada na Casa de Cultura Tainã para planejamento de site do projeto - dia 15 de junho. | ||
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+ | - Visita à Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, para avaliação das condições de formação de um arboreto orientado em parceria com o JBIAC, bem como participação nas outras atividades sugeridas no projeto - julho de 2013 | ||
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+ | - Reunião na Casa de Cultura Tainã para planejamento de ação e construção do site - Dia 13 de julho. | ||
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+ | - IV Conferência Infanto-juvenil do Meio Ambiente, na Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP), cujo tema foi "A Escola e o Jardim Botânico", aproximando os alunos da Natureza, através da Arte. Iniciamos com uma apresentação musical com participação dos alunos que puderam conhecer instrumentos diversos, construídos principalmente com elementos de origem vegetal. Em seguida, os estudantes falaram sobre questões ambientais importantes, estimulando a reflexão, as discussões e a busca de alternativas para resolver os problemas apontados. Foi apresentada a proposta de cultivar um pequeno jardim botânico, construído coletivamente, com grande diversidade, e função educativa e dinâmica. Para começar a construção desse jardim fizemos um ritual com muita música e plantamos um baobá, árvore de origem africana, uma das mais fantásticas do mundo - Dia 22 de agosto de 2013. | ||
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+ | - Comemoração do Dia da Árvore na Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Foi feita nova apresentação para alunos do ensino fundamental, a exemplo do dia da IV Conferência Infanto-juvenil do Meio Ambiente - Dia 20 de setembro de 2013. | ||
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+ | == Desdobramentos == | ||
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+ | * Arborização Especial nas Escolas, Instituições e Áreas Públicas | ||
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+ | Extensões do Jardim Botânico, coleções de espécies raras, planejadas com rigor técnico, constituindo arboretos com finalidade didática e conservacionista, formação de matrizes para a produção de sementes e elementos que possam ser utilizados em atividades do projeto, tais como: construção de instrumentos musicais, artesanato e arte, utilizando sementes, frutos, bambus e madeiras obtidos através de manejo adequado. As sementes serão empregadas na produção de mudas para expansão desses arboretos. O aspecto essencial desses arboretos é reaproximar as pessoas da natureza, principalmente nas escolas, onde o desenvolvimento dos alunos ocorrerá simultaneamente ao das árvores cultivadas, criando a oportunidade para que conheçam as particularidades de cada espécie. Essa ação vem sendo praticada há vários anos em escolas e entidades no município de Campinas (SP), tais como: o arboreto do Coral Pio XI, que foi utilizado em parceria pelo Colégio Parthenon; o arboreto iniciado na EE Newton Silva Teles; o arboreto já constituído na Escola Salesiana São José; o arboreto do Serviço de Saúde Cândido Ferreira e nos canteiros da Avenida Antonio Carlos Couto de Barros, no distrito de Sousas, e o arboreto iniciado junto à sede da Casa de Cultura Tainã. | ||
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+ | * '''Tainã / Rede Mocambos - Desenvolvimento de Tecnologias Sociais''' - Parceria no desenvolvimento do Projeto de Bio Construção na Casa de Cultura Tainã - Rota dos Baobás / Tenda dos Saberes - obra iniciada em junho de 2011, com a retirada e tratamento dos bambus cedidos pelo Instituto Agronômico de Campinas / Projeto Natureza e Arte. Ver o link: https://picasaweb.google.com/tctamboryo/TendaDosSaberesUmSonhoConstruidoColetivamente | ||
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+ | ==Textos de interesse comum== | ||
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+ | ==='''Árvores'''=== | ||
+ | ''Hermann Hesse'' (escritor alemão) | ||
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+ | “As árvores sempre foram para mim os oradores mais convincentes. Eu as venero entre suas famílias e povos, as florestas e os bosques, mas, ainda mais as adoro quando estão a sós. Então são como os seres solitários, mas não como eremitas que por causa de alguma fraqueza se isolaram, mas como os grandes homens solitários: como Beethoven e Nietzsche. Em suas copas cicia o mundo, suas raízes jazem no infinito. Solitárias, elas não se perdem, senão com toda a força do seu ser procuram a única meta, preencher a sua própria lei desenvolvendo suas formas e se autorrepresentando. Não existe nada mais santo, mais exemplar do que uma bela e forte árvore. Quando uma árvore é cortada e seu ferimento mortal fica exposto ao sol, então é possível ler-se em seu toco, que ao mesmo tempo lhe serve como lápide, toda a sua história. No cerne e nas ramificações encontra-se fielmente descrita toda a luta, todo o sofrimento, todas as doenças, toda a felicidade e todo seu desenvolvimento nos anos ruins e nos anos fortes, nas agressões e nas tempestades sobrevividas. Todo jovem camponês conhece a madeira mais forte e nobre pelos seus anéis de vida mais unidos, e que é lá no alto das montanhas, desafiando os mais constantes perigos, que crescem os troncos mais exemplares, mais fortes e resistentes. Árvores são relíquias. Quem sabe como falar-lhes, ouvi-las, esse conhece a verdade. Elas não pregam ensinamentos e receitas, pregam isoladamente a primária lei da vida. | ||
+ | Uma árvore diz: eu trago em mim uma luz, um pensamento, um âmago, pois eu sou a vida da vida eterna. Soberba e única foi a jogada que a eterna mãe ousou comigo em minhas formas, na constituição da minha pele, na mais leve cicatriz em minha casca ou no mais leve movimento de minhas folhas. Nada sei sobre meus pais, nem dos milhares de filhos que ano a ano brotam de mim. Vivo o segredo da minha semente até o fim, além disso, nada mais me preocupa. Eu tenho a certeza de ter Deus em mim e que a minha missão é santa e dessa confiança vivo. | ||
+ | Quando estamos tristes, sem mais nenhuma vontade de aturar a vida, então uma árvore poderá falar conosco. Ela dirá: Calma, calma! Olhe-me! Viver não é fácil, mas nem tão difícil, pensamentos assim são criancice, cale, deixe que Deus fale em você. Você treme porque seu caminho lhe afasta da mãe e da pátria, mas cada passo e cada dia o levarão novamente ao seu reencontro. A pátria não está lá, nem cá, está em você ou em lugar nenhum. | ||
+ | A nostalgia de um viajante corta o meu coração quando à noite ouço as árvores sussurrarem. Escutando longamente e, quieto, descubro a essência dessa saudade, que como poderia parecer não é uma fuga do sofrimento, senão a nostalgia por uma pátria, a saudade de uma mãe ou a procura de novos símbolos para a vida. É a saudade que nos guia para casa. Todo caminho leva para casa, qualquer passo é um nascer, um morrer, qualquer sepultura uma mãe. | ||
+ | É assim, quando à noite sentimos medo de nossos pensamentos infantis, que a árvore cicia. As árvores têm pensamentos extensos, calmos e de fôlego comprido, da mesma forma que sua vida é muito mais longa que a nossa. | ||
+ | Enquanto não aprendemos a ouvi-las, são mais sábias que nós, mas quando conseguimos, então, essa pressa e rapidez infantil em nossos pensamentos se enche de uma alegria sem igual. Quem já aprendeu a ouvir uma árvore não deseja mais ser uma, não desejará ser mais nada do que é e isso é a pátria, a felicidade.” | ||
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+ | "Árvores são o esforço sem fim da Terra, em falar com o Céu, que está à escuta." | ||
+ | R. Tagore | ||
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− | + | ===A Educação pela Arte e para a Arte=== | |
+ | ''Schiller'' ( filósofo, poeta e historiador alemão) | ||
− | + | "A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens”. | |
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− | + | "A arte, deusa ferida, vagueia pálida e fria pelas nações do planeta, à procura de devotos que a socorram, ensaiando despertar as sensibilidades adormecidas... | |
− | + | Quem haverá de vir lhe prestar novamente o culto que merece, para que ela se recomponha e brilhe no altar da Beleza, do Bem e da Perfeição? | |
− | + | É preciso que seus seguidores se despeçam dos lauréis, que aceitem serví-la desinteressadamente, que busquem se revestir da pureza moral, para não manchar sua divindade, que enverguem o heroísmo da virtude para se entregarem à posse da deusa... | |
+ | Mas, como esperar que as sensibilidades, capazes de incorporar os eflúvios invisíveis do infinito, possam fazê-lo fielmente, sem que se enredem nas ilusões do corpo, sem que cedam aos apelos da vaidade, se não as educais para isso? | ||
+ | Educados pela Arte, todos os homens devem ser. Pois que outro componente melhor e mais propício a fazer florescer a divindade interior do homem, que o de colocá-lo desde cedo sob a inspiração da Beleza e da Harmonia? Toda criança pode crescer sob o signo do equilíbrio se ao lado do pão, da idéia, da experiência, e do brinquedo, lhe derdes o alimento da Beleza...e se ela própria puder dar seus primeiros ensaios de criação livre e espontânea, percebendo e intuindo diretamente a sua infinita capacidade de criar e produzir. Não lhe imponhais modelos e padrões, deixai-a experimentar e achar a própria expressão. | ||
+ | Mas também não lhe negueis acesso ao que a cultura humana já compôs através do tempo. Deixai que as crianças bebam nas fontes mais puras da Arte terrestre...que elas possam exercitar a sua sensibilidade, ouvindo as melodias mais doces jamais feitas; olhando as cores e luzes mais sutis já tecidas; declamando os poemas mais elevados já compostos; sentindo as produções mais próximas da divindade que o homem atingiu. Fazei isso com todas elas e se não tiverdes no futuro todos os homens literalmente artistas, tê-lo-eis moralmente melhores e mais criativos. | ||
+ | Mas se perceberdes nessas almas, que tendes sob vossa tutela, um grande talento despertando, um germe latente de genialidade, então não deveis mais apenas educar pela Arte, mas para a Arte! | ||
+ | Não lhe estimuleis apenas a aprendizagem da técnica artística, como se o dom de compor, tocar, pintar, escrever, fosse mero instrumento morto, código pronto de uso...Desenvolvei-lhe sobretudo o sentimento do Belo e do Bom, para que coloque seu talento a serviço dos homens e de Deus e não a serviço de si próprio. | ||
+ | Que esses gênios precoces não sejam cultuados como flores exóticas a que se deve admiração, mas não familiaridade. Que eles sejam amados como seres pertencentes à mesma humanidade de que todos fazeis parte... | ||
+ | E que se lhes dê o exemplo vigoroso da virtude moral, que lhes possa garantir a segurança de fazer de seus talentos um presente de Deus aos homens e não um elemento de perturbação social e de queda para si mesmos. Sobretudo, não percais com eles nem os laços de carinho nem o vínculo de uma autoridade moral, que os guie em seus primeiros passos, para que não se sintam isolados num mundo adverso, que os idolatra e os usa, que os explora e os denigre depois... | ||
+ | Se assim educardes vossos gênios – eles virão em grande massa habitar em vós- tê-lo-eis como irmãos em vosso benefício e os vereis realizados e felizes, a salvo de todas as tragédias que tem sido o destino de muitas almas sensíveis, mas ególatras; generosas, mas vaidosas, que carregam entre vós o nome de artistas! | ||
+ | E então, a deusa da Arte, soerguida da lama que a lançaram neste século, se levantará luminosa, para conduzir a humanidade a outras esferas!" | ||
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− | + | "Porque nós somos ouro, somos poeira de estrelas, somos carbono de um milhão de anos e precisamos voltar ao Jardim". | |
+ | J. Mitchell | ||
− | + | ===A Floricultura de Deus=== | |
+ | ''Hermes Moreira de Sousa'' | ||
− | + | Ia passando e vi uma vitrine com arranjos artísticos, multicoloridos. Curioso, entrei. Era uma floricultura e um Anjo atencioso a servia. Deslumbrei-me vendo em seu interior um grande sortimento de buquês de belas flores numa profusão de variedades que exalavam perfumes diferentes. Cada uma delas estava etiquetada com uma palavra. Lí algumas: felicidade, bondade, caridade, humildade,piedade, fraternidade, sabedoria e outras mais. Intrigado, perguntei: | |
+ | - Anjo do Senhor, dizei-me, são esses os nomes das flores? | ||
+ | Sorrindo solicitamente,informou-me: | ||
+ | - Meu irmão, esses não são os nomes das flores. As palavras referem-se às virtudes que a fragrância de cada uma das variedades instila e impregna na alma de quem a sente. | ||
+ | Sôfrego, disse ao Anjo: | ||
+ | - Anjo meu, quero comprar todas. São muito caras? | ||
+ | Respondeu amavelmente: | ||
+ | - Aqui tudo é de graça. Não as damos nem as vendemos. | ||
+ | Insisti: | ||
+ | - Meu Anjo,então como posso obtê-las? | ||
+ | Em vez de responder-me, o Anjo pediu-me: | ||
+ | - Espere um momento, por favor. | ||
+ | Saiu silenciosammente e logo retornou, entregando-me um pequeno pacote, tão pequeno que cabia na palma da minha mão. E, esclareceu, obsequiosamente: | ||
+ | - Estas são as sementes delas. Semeie e mutiplique-as. | ||
− | |||
− | + | A VIDA É UM MILAGRE! |
Edição atual tal como às 07h59min de 26 de novembro de 2015
PROJETO NATUREZA E ARTE
NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DO JARDIM BOTÂNICO- NPDJB-IAC
Justificativa
O Instituto Agronômico de Campinas- IAC, fundado em 1.887 por D. Pedro II, é uma instituição pública centenária, dedicada à pesquisa agrícola e vinculada à Secretaria de Agricultura do Governo do Estado de São Paulo. Possui um Jardim Botânico enquadrado pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (publicado em Diário Oficial de 28 de abril de 2010) na categoria B, mesma categoria do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fazendo parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Nosso Jardim Botânico reúne coleções de espécies vegetais de importância econômica e ecológica, representadas principalmente por espécies arbóreas e palmeiras, muito raras, constituindo um dos maiores acervos de recursos naturais e genéticos do País. As coleções de árvores, com cerca de 5 mil espécies, representam patrimônio natural e genético para pesquisa e preservação ambiental de valor e potencial inestimáveis, acumulado em mais de 100 anos de história da instituição. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do IAC - NPDJB-IAC, tem como missão criar as condições exigidas para o estabelecimento de um jardim botânico, tais como: cultivo, expansão e manutenção das coleções destinadas a pesquisa e preservação; herbário; biblioteca e infra-estrutura adequada ao atendimento dos servidores e visitantes. Dentre outras atividades, o NPDJB mantém viveiros de produção de mudas de espécies raras e desconhecidas, pesquisas sobre cultivo e possibilidades de utilização de espécies de bambu, projetos de educação ambiental, pesquisas com fitoterápicos. Neste ambiente, identificamos um potencial de fortalecimento destas atividades através do estabelecimento de novas formas de relacionamento com outras instituições atuantes em Campinas (SP).
Objetivos
Implementar ações de impacto social, educacional e ambiental, incluindo geração de renda, a partir das atividades desenvolvidas pelo NPDJB em parceria com as instituições participantes.
Atividades propostas
- Formação de coleções de espécies vegetais, extensões do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas, reunindo espécies raras, pouco conhecidas e cultivadas, com critério pedagógico, em escolas e instituições públicas e privadas;
- Orientação de mão de obra especializada nas áreas de:
-coleta e beneficiamento de sementes;
-produção de mudas de espécies raras e desconhecidas para difusão e preservação;
-formação e manutenção de jardins, sempre com introdução de novas espécies, caracterizando pequenas coleções.
- Pesquisa de materiais buscando a identificação e determinação do potencial de diversos elementos de origem vegetal (frutos, sementes, madeiras e bambus) e suas aplicações práticas para utilização em marcenaria, artesanato e arte, especialmente a criação e construção de instrumentos musicais. Como desdobramento, pretende-se estimular a formação de grupos musicais utilizando os instrumentos produzidos;
- Criação de uma linha de produtos usando matéria-prima vegetal própria, com a marca “IAC/ Jardim Botânico”;
- Seleção e cultivo de espécies para emprego nas atividades propostas;
- Produção e comercialização de brindes em loja própria do IAC/ Jardim Botânico e em redes parceiras;
- Formação de monitores para visitas às instalações do IAC/ Jardim Botânico;
- Desenvolvimento de atividades educacionais;
- Sistematização e publicação de materiais de divulgação científica, educativa e popular a partir dos resultados obtidos.
Público alvo
- Comunidade do entorno da instituição;
- Jovens e adultos interessados em inserção no mercado de trabalho nestas áreas de produção;
- Grupos sociais caracterizados como em risco ou vulneráveis social, econômica e ambientalmente;
- Comunidade em geral
Metodologia
Recursos necessários
Existentes na Instituição:
- Coleções de espécies vegetais: matéria-prima (sementes, frutos, madeiras e outros)
- Profissionais capacitados em Educação Ambiental e em Agricultura e Pesquisa
- Área para cultivo
- Oficina de Marcenaria
Profissionais nas áreas específicas:
- Marcenaria
- Jardinagem
- Artesanato e criação artística
- Educação, Comunicação e Tecnologia da Informação (TI)
Recursos de apoio:
- Alimentação
- Transporte
- Material didático
- Ferramentas e Insumos diversos
Parceiros
Para a realização deste projeto foram estabelecidas relações com importantes instituições, com histórico, qualificação e credibilidade reconhecidas, a saber: Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico-IAC; Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos; Centro de Convivência e Cooperativa Toninha; Casa das Oficinas; Centro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos" (Ceprocamp); PROjeto GENte Nova (Progen); RUMO - Educação para a Cidadania; Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira; Instituto das Artes Luana Lopes; Ecomercado Avis Rara; Escola Amarelinha; Coral PIO XI e Associação dos Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas.
Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas - NPDJB-IAC
O NPDJB-IAC desenvolve atividades de coleta e beneficiamento de sementes, produção de mudas, implantação de coleções de espécies vegetais, paisagismo e jardinagem, formação de monitores, recepção de visitas monitoradas em todos os níveis e faixas etárias. Cabe destacar o projeto "O Jardim Botânico - IAC vai à escola", que vem sendo desenvolvido principalmente na escola pública estadual Professor Newton Silva Teles, na Vila Costa e Silva, em Campinas, constituindo parte de um projeto praticado a nível nacional, "O Jardim Botânico vai à escola", também realizado por outros Jardins Botânicos participantes da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Além disso a unidade possui um Jardim Sensorial, que encontra-se em fase de reimplantação, na Fazenda Santa Elisa, centro experimental do IAC.
As atividades acima poderão ser estendidas e incrementadas dentro do projeto Natureza e Arte e em conjunto com as instituições parceiras.
Cecco Toninha
O Centro de Convivência e Cooperativa Toninha (CCCT), em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico do IAC, no projeto Natureza e Arte, propõe-se a desenvolver inicialmente duas ações:
1- A composição de grupos de voluntários ligados ao CCCT para atividades de cultivo e manutenção de mudas e plantas cultivadas na Fazenda Santa Elisa, onde se encontra o Jardim Botânico -IAC;
2- Produzir em oficinas com frequentadores do CCCT, bijuterias e utensílios domésticos artesanais com insumos vegetais fornecidos pelo NPDJB.
A estas ações, que se inserem na lógica e objetivos do projeto Natureza e Arte, o CCCT poderá incluir novas atividades, ampliando nossa atuação na comunidade.
Progen
O Progen desenvolve atividades de caráter socioeducativo, atendendo 630 crianças e jovens, entre 6 e 24 anos e suas famílias, além de 300 idosos e 340 famílias em situação de vulnerabilidade social em duas unidades - Castelo Branco e Satélite Iris I -, situadas na Região Noroeste da cidade de Campinas. A proposta socioeducativa visa propiciar condições para desenvolvimento de uma cidadania consciente e atuante entre os participantes.
Rumo - Educação para a cidadania
A Rumo (www.gruporumo.org) tem como missão oferecer às crianças e suas famílias vivências significativas, valorizando seu conhecimento individual, contribuindo para a formação de sua cidadania, assim como atividades voltadas ao aprimoramento de sua educação global. Com isso pretende-se proporcionar o resgate de valores e atitudes coletivas perante as pessoas em relação ao ambiente no qual vivem. Tem um quadro técnico composto por pedagogas, assistentes sociais, um arquiteto e urbanista, e voluntários com diferentes formações. Dentre as ações que desenvolvemos podemos contribuir no que diz respeito a uma Educação para o Ambiente (problematizações, jogos e pesquisa); jogos cooperativos e oficinas de planejamento participativo, tendo como ferramenta o DRP - Diagnóstico Rápido Participativo. Este tem sua origem em projetos de extensão rural, cujos objetivos são de recuperar uma concepção holística do manejo dos recursos naturais renováveis. Tais experiências tiveram êxito em países das Américas Central e Latina no final da década de 1980 e início da década de 1990.
Tal metodologia aposta no que as pessoas sentem, desejam e pensam a respeito do que se queira abordar, podendo ser utilizado em qualquer tipo de projeto que venha a ser pensado coletivamente, garantindo palavra e peso no processo de tomada de decisões. A utilização do DRP na comunidade contribui para que a participação dos sujeitos seja valorizada e, por conseqüência, respeitada, pois a partir da valorização do modo de vida das pessoas é que conseguiremos alcançar o equilíbrio desejado, intensificando a proposição de projetos educacionais que destaquem a cooperação e coletividade, e que ainda darão suporte para o fortalecimento e desenvolvimento comunitário.
Secretaria Municipal de Educação / Ceprocamp
Através da secretaria faremos uso dos equipamentos, materiais e assessoria técnica para elaboração de subprojetos que visem o desenvolvimento da consciência ecológica na população de Campinas, em especial nos cidadãos envolvidos nos programas educacionais formais (ensino infantil e fundamental) e nos de inclusão, FUMEC e Qualificação Profissional. Em contrapartida, a Secretaria de Educação de Campinas (SME) dará apoio pedagógico e de recursos humanos, no que competir na elaboração e implementação de propostas de caráter educacional. Algumas delas já viáveis:
- Cursos de qualificação profissional de artesanato utilizando materiais naturais. - Qualificação profissional de jardineiros e paisagistas. - Estágios supervisionados dos cursos técnicos em segurança do trabalho, elaboração de projetos para segurança ergonômica e riscos a saúde do Jardim Botânico quando aberto ao público. - Estágios supervisionados dos cursos de técnico em meio ambiente, elaboração de projetos de viabilidade sanitária (banheiros ecológicos) e reuso de água. - Ampliação às escolas e centros infantis da prefeitura do projeto Arborização Especial nas Escolas, do Jardim Botânico.
Essas e outras propostas semelhantes podem ser inseridas ou modificadas de acordo com a viabilidade e o andamento dos trabalhos no projeto Natureza e Arte.
Casa de Cultura Tainã / Rede Mocambos
A Casa de Cultura Tainã é uma entidade cultural e social sem fins lucrativos fundada por moradores da Vila Castelo Branco e região, em 1989, como Associação de Moradores da Vila Castelo Branco e, mais tarde, através de um concurso, foi escolhido o nome de Casa de Cultura Tainã, que hoje fica na Vila Padre Manoel da Nóbrega, na região Noroeste do município de Campinas (SP). Sua missão é possibilitar o acesso à informação, fortalecendo a prática da cidadania e a construção da identidade cultural, visando contribuir para a formação de indivíduos conscientes e atuantes na comunidade.
A Casa de Cultura Tainã, que é um Ponto de Cultura, apresenta-se hoje como uma das poucas opções de ação comunitária efetiva, sendo reconhecida como a única referencia cultural numa região onde se registram todos os tipos de carências, resultantes da falta de políticas sociais que assegurem a sobrevivência e a qualidade de vida de crianças e jovens. Ela atende atualmente, em média, 450 crianças e adolescentes/mês e 1.350 pessoas indiretamente através de atividades, oficinas e shows realizados fora da entidade.
Além deste projeto, a Casa de Cultura Tainã tem mais oito áreas de atuação:
- Rede Mocambos - Rede de Comunicação Social com comunidades quilombolas em 18 Estados
- Fábrica de Música - Estúdio Multimídia
- Lidas e Letras - Biblioteca
- Rota dos Baobás - Plantio de Baobás e Georreferenciamentos das comunidades quilombolas que fazem parte da Rede Mocambos
- Projeto Orquestra Tambores de Aço
- Telecentro Dona Nina - Programa Telecentros.Br
- Laboratório de Tecnologia Digital
- Centro de Convivência e Cooperativa Toninha
Tecnologias Sociais
Das ações desenvolvidas pela Casa de Cultura Tainã e a Rede Mocambos queremos destacar algumas que consideramos de maior relevância: A construção da Tenda dos Saberes, reuniu estudos e pesquisas sobre estruturas em bambu para construção de casas e instalações arquitetônicas. Numa ação direta da integração com o projeto " Natureza e Arte" pudemos, em curto espaço de tempo e contando com todo suporte técnico, reservas de bambu e orientação dos parceiros do Instituto Agronômico de Campinas, realizar uma das iniciativas mais importantes e expressivas no sentido de fundamentar conhecimentos e saberes ancestrais e populares como elemento essencial ao desenvolvimento sustentável e a valorização desses saberes. No momento em que estamos investindo na pesquisa com o bambu como uma alternativa de desenvolvimento sustentável, é sancionada pela presidenta Dilma Rousseff o projeto de lei que institui a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu – a Lei do Bambu.O bambu tem inúmeras utilidades, podendo ser usado na construção de móveis, de benfeitorias e dependências de uso rural, na fabricação de utensílios domésticos e de decoração. Sua fibra é utilizada, ainda, para a confecção de tecidos. Na construção civil, o bambu pode ser utilizado de várias formas, como escoramento em obras e acabamento. Sua utilização de forma generalizada no campo, contribui para a redução da pressão sobre as matas nativas. O bambu é utilizado, ainda, para a reparação de áreas degradadas e como protetor de nascentes e mananciais de água.
Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira
A Casa de Cultura Fazenda Roseira é a articulação da gestão da comunidade Jongo Dito Ribeiro, em parceria com diversas entidades do segmento afro, instalada na Casa Sede da antiga Fazenda Roseira, no Jardim Roseira, bairro de Campinas (SP). A construção data do final do século XIX, é feita de pau a pique (taipa) e tijolos, e foi reformada em 1920. Desde então foi sofrendo diversas intervenções e novos usos, diferentes do período do ciclo do café. A fazenda tem várias riquezas naturais, diversas espécies de árvores nativas e exóticas, e um canteiro de plantas medicinais. Ela originou, além do Jardim Roseira, outros dois bairros campineiros: a Vila Perseu Leite de Barros e o Jardim Ipaussurama. Nos últimos anos, esteve inativa e, no ano de 2009, o casarão foi entregue à Prefeitura de Campinas e agora é usada para atividades de cultura e lazer como aulas de inglês e dança. A Fazenda Roseira encontra-se em meio a um processo de loteamento e urbanização, localizada às margens da Avenida John Boyd Dunlop, em frente à PUC-Campinas. O uso do espaço, que também constitui um Ponto de Cultura, possibilita uma vivência transversal através da africanidade da música, da dança, da arquitetura, gastronomia, artesanatos, linguagens, costumes e tradições afro brasileiras, relacionadas às práticas ambientais e solidárias, fortalecendo o auto-estima e o protagonismo comunitário.
Instituto das Artes Luana Lopes
O Instituto das Artes Luana Lopes (http://www.luanalopes.com.br), localizado no distrito de Sousas, desenvolve atividades na área artística nas modalidades: DANÇA, MÚSICA, ARTES PLÁSTICAS, ARTES CÊNICAS E CIRCENSES. Há 15 anos vem representando a comunidade em diversos eventos no País, inclusive com o grupo folclórico italiano de Campinas, em parceria com a Società Lavoro e Progresso e Casa di Italia.
O IALL atua no desenvolvimento de habilidades artísticas desde a primeira infância até a melhor idade e também na capacitação de profissionais deste campo.
Junto à comunidade desenvolve projetos sociais como o "Bellarts", que oferece bolsas de estudo para alunos carentes da região, e o Grupo de Dança da Melhor Idade, no qual jovens maiores de 60 anos frequentam aulas semanais de dança gratuitamente e se apresentam em eventos regionais.
Em parceria com o movimento Natureza e Arte, o instituto se propõe a oferecer:
- Espaço físico para realização de cursos, workshops e exposições relacionadas ao propósito deste movimento
- Cursos de natureza artística com profissionais qualificados
- Apresentações diversas em eventos
Outras propostas poderão ser inseridas de acordo com a viabilidade e andamento dos trabalhos no Natureza e Arte.
Escola Amarelinha
A Escola Amarelinha (www.amarelinhasousas.com.br) pretende contribuir para a formação de pessoas capazes de manter sua integridade, comprometidas com a sociedade e com o planeta. Propicia um ambiente onde a criança possa desenvolver-se e colocar-se em sua totalidade como ser intelectual, social, emocional, físico e espiritual. Adota uma proposta pedagógica que trabalha os conteúdos por meio de projetos desenvolvidos em conjunto com alunos e professores, propiciando que as crianças tragam situações de seu cotidiano que enriquecerão o trabalho a ser desenvolvido. A escola poderá contribuir na formação de educadores para trabalharem a partir de projetos de forma interdisciplinar; oficinas com crianças e educadores para elaboração de projetos pedagógicos; cessão de espaço físico para a realização de cursos e exposições.
Ecomercado Avis Rara
O Ecomercado Avis Rara é um Centro Comercial inteiramente ecológico e uma iniciativa pioneira no Brasil, situado em Sousas, dentro da APA - Área de Proteção Ambiental de Campinas. Possui 7 áreas de atividades, todas com foco numa visão sustentável, Bioarquitetura, Paisagismo e Conservação Ambiental, Empório de Produtos Orgânicos, Restaurante Orgânico Vegetariano, Loja de Arte e Artesanato, Galeria de Arte e Eventos Culturais, Espaço para Terapias Holísticas, Cursos e Palestras, Ecoturismo. Tem como missão INSPIRAR soluções para uma vida mais sustentável e feliz... CONSTRUIR com critérios que levem em conta o respeito ao homem e o seu ambiente, preservando os Recursos Naturais para as gerações atuais e futuras. ALIMENTAR de maneira saudável com produtos cultivados organicamente, de maneira social e ambientalmente responsável. CUIDAR com consciência, respeito e com terapias que levem em conta nosso corpo, nossa mente, nossa alma e nosso mundo. COMPARTILHAR o que for enriquecedor, belo e contribua para a evolução do homem. FAZER com Arte, Alegria e Amor...
Coral Pio XI
O CORAL PIO XI, fundado em 06 de Janeiro de 1948, é um Patrimônio Cultural da cidade de Campinas. Constituído apenas por vozes masculinas, apresenta repertório variado, passando pela música popular, o canto lírico, folclórico, a música sacra e erudita, além de dedicar atenção especial na difusão das obras do imortal compositor de Campinas, Antonio Carlos Gomes. Desde sua fundação, há 67 anos, é regido pelo mesmo Maestro, Oswaldo Antonio Urban, um incansável defensor da Educação e Cultura em nossa cidade, e que é um recordista, sendo o regente com mais tempo de atividade num mesmo Coral, no Brasil. Em suas apresentações, sempre muito concorridas e emocionantes, o Coral PIO XI dedica-se esmeradamente em compartilhar com o público a alegria de cantar, que segundo Santo Agostinho, equivale a rezar duas vezes. Música é muito mais que música. A música engrandece, aproxima os homens do que é essencial e Sagrado, eleva.
O CORAL PIO XI está permanentemente de portas abertas para receber novos amigos e cantores com disposição para, através da Arte da Música, ajudar na construção dos Novos Caminhos que podem conduzir-nos a uma sociedade mais justa e melhor.
Os ensaios acontecem regularmente aos Sábados, a partir das 17h, em sua sede, à Rua Rafael Rosa n.187, Jardim das Paineiras, Campinas, SP.
Associação dos Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas
A Associação "Amigos do Jardim Botânico do Instituto Agronômico de Campinas", foi criada em 27 de Junho de 2005, para apoiar o Jardim Botânico IAC, promovendo a integração de pessoas, instituições e empresas que possam contribuir para dinamizar as atividades próprias de um Jardim Botânico. Um de nossos principais objetivos é ajudar na preservação e no enriquecimento do patrimônio, principalmente vegetal, acumulado ao longo de muitos anos, em expedições de coleta e intercâmbio, com destaque para as coleções de árvores e palmeiras. Essas coleções estão distribuídas pela Fazenda Santa Elisa, concentradas no Complexo Botânico Monjolinho, e no Parque da Sede da Instituição, à Av. Barão de Itapura, 1481, são provavelmente as maiores do Brasil, possuindo valor e potencial incalculáveis, tanto no aspecto científico quanto econômico. Estamos capacitados para intermediar o estabelecimento de parcerias, captar e fazer gestão de recursos, estimular a interação na comunidade institucional e com a população, desenvolver atividades educacionais, difundir e compartilhar o conhecimento disponível em benefício da coletividade.
Ações
2011
- Visita ao EE "Profa. Hercy Moraes, na Vila Perseu Leite de Barros para planejamento de ação e implantação do projeto, iniciando com plantio de arboreto - em maio de 2011.
- Visita monitorada ao Jardim Botânico na fazenda Santa Elisa e na sede do IAC - agosto de 2011
- Lançamento oficial do projeto Natureza e Arte - 27/08/2011 - Foram apresentados os proponentes e as propostas do projeto, na sede do Instituto Agronômico de Campinas (Av Barão de Itapura, 1481). Várias atividades aconteceram ao longo deste dia, quando recebemos muitos convidados. Iniciamos com uma visita monitorada aos jardins do Parque da Sede, que constituem uma pequena mas expressiva amostra das coleções de nosso Jardim Botânico. O cultivo sistemático de suas coleções foi iniciado pelo Dr. Hermes Moreira de Souza, a partir de 1960, e continuado pelo Dr. Luiz Antonio Ferraz Matthes até os dias de hoje. Os visitantes puderam vislumbrar cerca de 600 espécies diferentes de árvores e 150 de palmeiras, provenientes de todos os cantos do mundo. Todos os proponentes do projeto estiveram representados e puderam demonstrar o papel de cada instituição na organização e desenvolvimento das atividades propostas. O Sr. Toshiro, por exemplo, que é lutier exímio, montou um estande para demostração dos instrumentos musicais que cria e constroi, oferecendo aos interessados a oportunidade e orientação para experimentá-los. Os presentes, de todos os níveis e faixas etárias, divertiram-se enquanto aprendiam com música, caracterizando uma das principais ideias do projeto, que é reaproximar os participantes da Natureza, através da Arte. Muitos dos instrumentos expostos foram construidos a partir de elementos vegetais, alguns muito sofisticados em sua simplicidade. O Sr. Felipe, representando a Casa de Cultura Tainã, surpreendeu a todos com uma exibição impecável de Tambor de Aço, steel drum, instrumento raro e de sonoridade incomparável, inclusive apresentando-se em conjunto com o Prof. Marcos, das oficinas da Escola Salesiana São José, e que também constroi cajons (que são instrumentos de percussão) com características diferenciadas. A Casa das Oficinas montou um estande exibindo seus produtos alimentícios e artesanais. Parte das atividades ocorreu na lanchonete da Associação dos Servidores do Instituto Agronômico de Campinas (ASSIAC), espaço adaptado para restaurante numa antiga estufa, pela Campinas Decor. Foi montada uma pequena exposição com frutos, sementes e outros materiais de origem vegetal procedentes das coleções do Jardim Botânico. Também foram expostos painéis com reproduções fotográficas de plantas, realizadas pela fotógrafa Josiane Giacomini Alves, em trabalho conjunto com a repórter Maraísa Ribeiro, em parceria entre o Jardim Botânico e a revista Terra da Gente. Josiane, que também é poetisa sensível, distribuiu generosamente alguns exemplares de seu livro, "Metade de mim que não sei onde". Poesia, aqui e agora. Foram exibidos vídeos e apresentações musicais, sempre com tema pertinente à proposta, Natureza e Arte. Foram preparadas e distribuídas diversas mudas de Nolina recurvata, pata-de-elefante, espécie vegetal que sugerimos como símbolo do projeto. Às 20 horas, ponto culminante do encontro, recebemos os Corais PIO XI e Vozes Amigas, ambos regidos pelo Maestro Osvaldo Urban, que apresentou músicas com temas referentes à terra e à Natureza, inclusive composições próprias, especialmente criadas para o dia. O Coral PIO XI é tradicional em Campinas, com mais de sessenta anos de atividade ininterrupta, e possui forte vínculo com nossa instituição. Para esse dia nós havíamos programado um grande encontro entre dois maestros, ambos com 93 anos, o maestro da Natureza, Hermes Moreira de Souza, e o maestro da Arte, Osvaldo Antonio Urban. Natureza e Arte. Simbólicamente nós exibimos um vídeo registrado em matéria no Complexo Botânico Monjolinho, quando o Dr. Hermes foi entrevistado num dos primeiros Repórter Eco, da TV Cultura. E o grande encontro ocorreu no plano superior, espiritual, simbólico. Porque o Dr. Hermes já não estava mais conosco e a ele, um dos principais inspiradores de nossas ações, gostaríamos de dedicar os trabalhos do dia, com esperança de que possamos realizar sempre mais e melhor. Natureza e Arte.
- Oficina de utilização deste wiki para inclusão de novos parceiros, na Casa de Cultura Tainã - setembro de 2011.
- Reunião na EE Rosina Frazatto dos Santos, no Jardim Satélite Iris I, para apresentar o projeto e articular ações coletivas na região - setembro de 2011.
- Visita do coletivo do projeto do Satélite Íris à sede do Instituto Agronômico de Campinas (Av Barão de Itapura, 1481), com presença do Progen, da EE Rosina Frazatto dos Santos, CRAS Satélite e Instituto Bosch (e outros possíveis participantes do projeto no Sat. Iris I) - dia 19 de outubro.
2013
- Reunião realizada na Casa de Cultura Tainã para planejamento de site do projeto - dia 15 de junho.
- Visita à Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, para avaliação das condições de formação de um arboreto orientado em parceria com o JBIAC, bem como participação nas outras atividades sugeridas no projeto - julho de 2013
- Reunião na Casa de Cultura Tainã para planejamento de ação e construção do site - Dia 13 de julho.
- IV Conferência Infanto-juvenil do Meio Ambiente, na Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP), cujo tema foi "A Escola e o Jardim Botânico", aproximando os alunos da Natureza, através da Arte. Iniciamos com uma apresentação musical com participação dos alunos que puderam conhecer instrumentos diversos, construídos principalmente com elementos de origem vegetal. Em seguida, os estudantes falaram sobre questões ambientais importantes, estimulando a reflexão, as discussões e a busca de alternativas para resolver os problemas apontados. Foi apresentada a proposta de cultivar um pequeno jardim botânico, construído coletivamente, com grande diversidade, e função educativa e dinâmica. Para começar a construção desse jardim fizemos um ritual com muita música e plantamos um baobá, árvore de origem africana, uma das mais fantásticas do mundo - Dia 22 de agosto de 2013.
- Comemoração do Dia da Árvore na Escola Estadual Professor Hilton Federici, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Foi feita nova apresentação para alunos do ensino fundamental, a exemplo do dia da IV Conferência Infanto-juvenil do Meio Ambiente - Dia 20 de setembro de 2013.
Desdobramentos
- Arborização Especial nas Escolas, Instituições e Áreas Públicas
Extensões do Jardim Botânico, coleções de espécies raras, planejadas com rigor técnico, constituindo arboretos com finalidade didática e conservacionista, formação de matrizes para a produção de sementes e elementos que possam ser utilizados em atividades do projeto, tais como: construção de instrumentos musicais, artesanato e arte, utilizando sementes, frutos, bambus e madeiras obtidos através de manejo adequado. As sementes serão empregadas na produção de mudas para expansão desses arboretos. O aspecto essencial desses arboretos é reaproximar as pessoas da natureza, principalmente nas escolas, onde o desenvolvimento dos alunos ocorrerá simultaneamente ao das árvores cultivadas, criando a oportunidade para que conheçam as particularidades de cada espécie. Essa ação vem sendo praticada há vários anos em escolas e entidades no município de Campinas (SP), tais como: o arboreto do Coral Pio XI, que foi utilizado em parceria pelo Colégio Parthenon; o arboreto iniciado na EE Newton Silva Teles; o arboreto já constituído na Escola Salesiana São José; o arboreto do Serviço de Saúde Cândido Ferreira e nos canteiros da Avenida Antonio Carlos Couto de Barros, no distrito de Sousas, e o arboreto iniciado junto à sede da Casa de Cultura Tainã.
- Tainã / Rede Mocambos - Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - Parceria no desenvolvimento do Projeto de Bio Construção na Casa de Cultura Tainã - Rota dos Baobás / Tenda dos Saberes - obra iniciada em junho de 2011, com a retirada e tratamento dos bambus cedidos pelo Instituto Agronômico de Campinas / Projeto Natureza e Arte. Ver o link: https://picasaweb.google.com/tctamboryo/TendaDosSaberesUmSonhoConstruidoColetivamente
Textos de interesse comum
Árvores
Hermann Hesse (escritor alemão)
“As árvores sempre foram para mim os oradores mais convincentes. Eu as venero entre suas famílias e povos, as florestas e os bosques, mas, ainda mais as adoro quando estão a sós. Então são como os seres solitários, mas não como eremitas que por causa de alguma fraqueza se isolaram, mas como os grandes homens solitários: como Beethoven e Nietzsche. Em suas copas cicia o mundo, suas raízes jazem no infinito. Solitárias, elas não se perdem, senão com toda a força do seu ser procuram a única meta, preencher a sua própria lei desenvolvendo suas formas e se autorrepresentando. Não existe nada mais santo, mais exemplar do que uma bela e forte árvore. Quando uma árvore é cortada e seu ferimento mortal fica exposto ao sol, então é possível ler-se em seu toco, que ao mesmo tempo lhe serve como lápide, toda a sua história. No cerne e nas ramificações encontra-se fielmente descrita toda a luta, todo o sofrimento, todas as doenças, toda a felicidade e todo seu desenvolvimento nos anos ruins e nos anos fortes, nas agressões e nas tempestades sobrevividas. Todo jovem camponês conhece a madeira mais forte e nobre pelos seus anéis de vida mais unidos, e que é lá no alto das montanhas, desafiando os mais constantes perigos, que crescem os troncos mais exemplares, mais fortes e resistentes. Árvores são relíquias. Quem sabe como falar-lhes, ouvi-las, esse conhece a verdade. Elas não pregam ensinamentos e receitas, pregam isoladamente a primária lei da vida. Uma árvore diz: eu trago em mim uma luz, um pensamento, um âmago, pois eu sou a vida da vida eterna. Soberba e única foi a jogada que a eterna mãe ousou comigo em minhas formas, na constituição da minha pele, na mais leve cicatriz em minha casca ou no mais leve movimento de minhas folhas. Nada sei sobre meus pais, nem dos milhares de filhos que ano a ano brotam de mim. Vivo o segredo da minha semente até o fim, além disso, nada mais me preocupa. Eu tenho a certeza de ter Deus em mim e que a minha missão é santa e dessa confiança vivo. Quando estamos tristes, sem mais nenhuma vontade de aturar a vida, então uma árvore poderá falar conosco. Ela dirá: Calma, calma! Olhe-me! Viver não é fácil, mas nem tão difícil, pensamentos assim são criancice, cale, deixe que Deus fale em você. Você treme porque seu caminho lhe afasta da mãe e da pátria, mas cada passo e cada dia o levarão novamente ao seu reencontro. A pátria não está lá, nem cá, está em você ou em lugar nenhum. A nostalgia de um viajante corta o meu coração quando à noite ouço as árvores sussurrarem. Escutando longamente e, quieto, descubro a essência dessa saudade, que como poderia parecer não é uma fuga do sofrimento, senão a nostalgia por uma pátria, a saudade de uma mãe ou a procura de novos símbolos para a vida. É a saudade que nos guia para casa. Todo caminho leva para casa, qualquer passo é um nascer, um morrer, qualquer sepultura uma mãe. É assim, quando à noite sentimos medo de nossos pensamentos infantis, que a árvore cicia. As árvores têm pensamentos extensos, calmos e de fôlego comprido, da mesma forma que sua vida é muito mais longa que a nossa. Enquanto não aprendemos a ouvi-las, são mais sábias que nós, mas quando conseguimos, então, essa pressa e rapidez infantil em nossos pensamentos se enche de uma alegria sem igual. Quem já aprendeu a ouvir uma árvore não deseja mais ser uma, não desejará ser mais nada do que é e isso é a pátria, a felicidade.”
"Árvores são o esforço sem fim da Terra, em falar com o Céu, que está à escuta."
R. Tagore
A Educação pela Arte e para a Arte
Schiller ( filósofo, poeta e historiador alemão)
"A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens”.
"A arte, deusa ferida, vagueia pálida e fria pelas nações do planeta, à procura de devotos que a socorram, ensaiando despertar as sensibilidades adormecidas...
Quem haverá de vir lhe prestar novamente o culto que merece, para que ela se recomponha e brilhe no altar da Beleza, do Bem e da Perfeição?
É preciso que seus seguidores se despeçam dos lauréis, que aceitem serví-la desinteressadamente, que busquem se revestir da pureza moral, para não manchar sua divindade, que enverguem o heroísmo da virtude para se entregarem à posse da deusa...
Mas, como esperar que as sensibilidades, capazes de incorporar os eflúvios invisíveis do infinito, possam fazê-lo fielmente, sem que se enredem nas ilusões do corpo, sem que cedam aos apelos da vaidade, se não as educais para isso?
Educados pela Arte, todos os homens devem ser. Pois que outro componente melhor e mais propício a fazer florescer a divindade interior do homem, que o de colocá-lo desde cedo sob a inspiração da Beleza e da Harmonia? Toda criança pode crescer sob o signo do equilíbrio se ao lado do pão, da idéia, da experiência, e do brinquedo, lhe derdes o alimento da Beleza...e se ela própria puder dar seus primeiros ensaios de criação livre e espontânea, percebendo e intuindo diretamente a sua infinita capacidade de criar e produzir. Não lhe imponhais modelos e padrões, deixai-a experimentar e achar a própria expressão.
Mas também não lhe negueis acesso ao que a cultura humana já compôs através do tempo. Deixai que as crianças bebam nas fontes mais puras da Arte terrestre...que elas possam exercitar a sua sensibilidade, ouvindo as melodias mais doces jamais feitas; olhando as cores e luzes mais sutis já tecidas; declamando os poemas mais elevados já compostos; sentindo as produções mais próximas da divindade que o homem atingiu. Fazei isso com todas elas e se não tiverdes no futuro todos os homens literalmente artistas, tê-lo-eis moralmente melhores e mais criativos.
Mas se perceberdes nessas almas, que tendes sob vossa tutela, um grande talento despertando, um germe latente de genialidade, então não deveis mais apenas educar pela Arte, mas para a Arte!
Não lhe estimuleis apenas a aprendizagem da técnica artística, como se o dom de compor, tocar, pintar, escrever, fosse mero instrumento morto, código pronto de uso...Desenvolvei-lhe sobretudo o sentimento do Belo e do Bom, para que coloque seu talento a serviço dos homens e de Deus e não a serviço de si próprio.
Que esses gênios precoces não sejam cultuados como flores exóticas a que se deve admiração, mas não familiaridade. Que eles sejam amados como seres pertencentes à mesma humanidade de que todos fazeis parte...
E que se lhes dê o exemplo vigoroso da virtude moral, que lhes possa garantir a segurança de fazer de seus talentos um presente de Deus aos homens e não um elemento de perturbação social e de queda para si mesmos. Sobretudo, não percais com eles nem os laços de carinho nem o vínculo de uma autoridade moral, que os guie em seus primeiros passos, para que não se sintam isolados num mundo adverso, que os idolatra e os usa, que os explora e os denigre depois...
Se assim educardes vossos gênios – eles virão em grande massa habitar em vós- tê-lo-eis como irmãos em vosso benefício e os vereis realizados e felizes, a salvo de todas as tragédias que tem sido o destino de muitas almas sensíveis, mas ególatras; generosas, mas vaidosas, que carregam entre vós o nome de artistas!
E então, a deusa da Arte, soerguida da lama que a lançaram neste século, se levantará luminosa, para conduzir a humanidade a outras esferas!"
"Porque nós somos ouro, somos poeira de estrelas, somos carbono de um milhão de anos e precisamos voltar ao Jardim".
J. Mitchell
A Floricultura de Deus
Hermes Moreira de Sousa
Ia passando e vi uma vitrine com arranjos artísticos, multicoloridos. Curioso, entrei. Era uma floricultura e um Anjo atencioso a servia. Deslumbrei-me vendo em seu interior um grande sortimento de buquês de belas flores numa profusão de variedades que exalavam perfumes diferentes. Cada uma delas estava etiquetada com uma palavra. Lí algumas: felicidade, bondade, caridade, humildade,piedade, fraternidade, sabedoria e outras mais. Intrigado, perguntei: - Anjo do Senhor, dizei-me, são esses os nomes das flores? Sorrindo solicitamente,informou-me: - Meu irmão, esses não são os nomes das flores. As palavras referem-se às virtudes que a fragrância de cada uma das variedades instila e impregna na alma de quem a sente. Sôfrego, disse ao Anjo: - Anjo meu, quero comprar todas. São muito caras? Respondeu amavelmente: - Aqui tudo é de graça. Não as damos nem as vendemos. Insisti: - Meu Anjo,então como posso obtê-las? Em vez de responder-me, o Anjo pediu-me: - Espere um momento, por favor. Saiu silenciosammente e logo retornou, entregando-me um pequeno pacote, tão pequeno que cabia na palma da minha mão. E, esclareceu, obsequiosamente: - Estas são as sementes delas. Semeie e mutiplique-as.
A VIDA É UM MILAGRE!