Rota dos Baobas Revisado
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A Rede Mocambos, em suas ações, tem uma estrutura metodológica baseada em Núcleos, que contribui para impulsionar o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais, são constituídos por três frentes: | A Rede Mocambos, em suas ações, tem uma estrutura metodológica baseada em Núcleos, que contribui para impulsionar o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais, são constituídos por três frentes: | ||
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O mapeamento tem como elemento simbólico o Baobá, árvore africana que vive mais de 6 mil anos, considerada a árvore da memória, este símbolo serve de orientação para a realização de práticas comunitárias de oralidade construindo caminhos e estratégias de fortalecimento entre saberes ancestrais, comunicação comunitária e tecnologias digitais através da Rota dos Baobás. | O mapeamento tem como elemento simbólico o Baobá, árvore africana que vive mais de 6 mil anos, considerada a árvore da memória, este símbolo serve de orientação para a realização de práticas comunitárias de oralidade construindo caminhos e estratégias de fortalecimento entre saberes ancestrais, comunicação comunitária e tecnologias digitais através da Rota dos Baobás. | ||
A Rede Mocambos tem feito ações junto às comunidades principalmente na compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, saberes ancestrais, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência que gera um elemento não mensurável numericamente, que está atrelado à construção de modelos de desenvolvimento que se estruturem em sua própria história e sejam autônomos. | A Rede Mocambos tem feito ações junto às comunidades principalmente na compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, saberes ancestrais, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência que gera um elemento não mensurável numericamente, que está atrelado à construção de modelos de desenvolvimento que se estruturem em sua própria história e sejam autônomos. | ||
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Edição atual tal como às 17h54min de 17 de janeiro de 2014
Conteúdo |
Projeto Rota dos Baobás (Revisado)
Proponente: Casa de Cultura Tainã
Objetivo Geral
Realizar articulação e mobilização junto às comunidades rurais e urbanas envolvidas na Rede Mocambos através de mapeamento e cartografia das comunidades por meio de encontros presenciais e oficinas de formação em práticas de registro com o uso das linguagens audiovisual, fotográfica e textual.
Objetivos Específicos
Realizar a formação de uma rede de produção cultural para o fortalecimento do Núcleo de Produção de Conteúdo, dos Núcleos de Formação Continuada da Rede Mocambos e do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital;
Realizar ações para a valorização e difusão dos elementos da história e da vida comunitária através do registro em diversas linguagens multimídia, ( vídeo, fotografias e textos);
Difundir os bens culturais e materiais para formação sobre a cultura afro brasileira e comunitária elaborados durante a realização do projeto através das páginas virtuais da Rede Mocambos e outros meios de difusão estratégicos, como escolas relacionadas à Rede, com ênfase na lei 10.639/01.
Apresentação
O projeto terá a duração de 12 (doze) meses e visa compartilhar tecnologias através de intercâmbios entre as comunidades e desenvolver tecnologias da informação e comunicação coletivamente. A realização da Rota dos Baobás tem como foco organizar espaços de formação que promovam o encontro, a troca de experiências e a articulação entre os membros da Rede Mocambos para potencializar um ambiente de territorialidade onde as tecnologias de informação e comunicação possam promover processos de educação mais criativos e pertinentes a realidade vivenciada pelas comunidades, considerando que esses processos possam ser compartilhados. A ênfase na utilização das tecnologias da informação e comunicação se direciona à dimensão do potencial desses elementos como instrumentos de articulação política, social e comunitária, sendo instrumentos que possibilitam o compartilhamento de conhecimento e a difusão de seus patrimônios materiais e imateriais, a partir do registro, publicação e circulação dos conteúdos registrados. Através da Rota das Baobás se estimula a estruturação de acervos das comunidades. A Rota é elemento fundamental de articulação da rede do ponto de vista prático e simbólico pois neste movimento dentro da rota serão entregues mudas de Baobás para as comunidades e, a partir da localização de cada uma destas mudas, será realizado um mapa de georrefenciamento - para afirmar mais uma vez e por milênios (já que o Baobá vive mais de 3 mil anos): há um pedaço de África aqui. Durante a realização da rota, será realizado o plantio de mudas de Baobás em todas as comunidades visitadas, serão realizadas também rodas de conversa sobre patrimônio, gestão do território e territorialidade, além de oficinas de apropriação tecnológica. Durante às visitas e intercâmbios será também realizado um levantamento das urgências das comunidades referentes à questões agrícolas, culturais, conflitos territoriais, saúde e educação bem como será feito também o levantamento de soluções encontradas para diversas problemáticas vividas pelas comunidades. A ideia é registar e circular esse conteúdo através da Rota dos Baobás, para o compartilhamento de dificuldades e de soluções comunitárias. Segue quadro das comunidades por onde vai passar a Rota dos Baobás:
Texto do cabeçalho | Texto do cabeçalho | Texto do cabeçalho |
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Exemplo | Exemplo | Exemplo |
Exemplo | Exemplo | Exemplo |
Exemplo | Exemplo | Exemplo |
A equipe do projeto chegará nas comunidades, depois de um contato prévio mediado pelos Núcleos de Formação da Rede Mocambos próximos às comunidades, a visita a cada estado terá a duração de 1 (um) mês, menos nos estados onde serão visitadas somente 1 comunidade, caso de Pernambuco e de Goiás, a visita terá a duração de 2 (duas) semanas.
Quando a rota chegar nas comunidades haverá um momento de planejamento junto às lideranças, onde serão avaliadas as propostas da programação pré definida e consideradas outras sugestões de programação ligadas à valorização da cultura local.
Todas as atividades ocorridas durante cada visita serão registras em vídeo, foto e texto, este material será editado simultaneamente ao acontecimento das atividades e será exibido ao final dos encontros.
Para garantir a efetivação da Rota dos Baobás será necessário a aquisição de uma caminhonete que garanta segurança à equipe que ficará em deslocamento, para transportar as mudas de baobás e os equipamentos.
Este automóvel será equipado com uma ilha de edição para que seja possível a edição dos registros captados durante as atividades e para que os mesmos possam ser exibidos na finalização de cada visita.
Todo o material registrado será compilado em único filme que será lançado na Casa de Cultura Tainã e distribuído para as comunidades participantes.
Justificativa
A Rede Mocambos, em suas ações, tem uma estrutura metodológica baseada em Núcleos, que contribui para impulsionar o desenvolvimento das comunidades a partir de tecnologias sociais e digitais, são constituídos por três frentes: Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital, NPDD. O Núcleo envolve pessoas com conhecimento técnico de várias comunidades e realidades da Rede. O NPDD é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das ferramentas digitais da Rede, cuidando atualmente dos portais (www.mocambos.net, acs.taina.net.br, mapa.mocambos.net, galeria.mocambos.net), das contas e-mail (@mocambos.net e @mocambos.org) e de criar documentação de base sobre as ferramentas digitais. Núcleo de Produção de Conteúdos, NPC. O Núcleo envolve pessoas com experiência pedagógicas de várias comunidades e realidades da Rede. O NPC é responsável pela sistematização do material textual e audiovisual produzido nas comunidades e demais conteúdos abertos de interesse da Rede. Os NFCs são comunidades rurais e urbanas da Rede Mocambos mais estruturadas que assumiram o papel de multiplicadores regionais, através de práticas locais e de encontros chamados "Pajelanças Quilombólicas" (metodologia reconhecida como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil). Estão localizados em regiões de concentração de comunidades quilombolas, no Pará, no Maranhão,em Pernambuco, na Bahia, no Rio Grande do Sul, em São Paulo, e um no Rio de Janeiro. A Rede Mocambos, ao acumular uma trajetória de quase uma década de articulação negra e quilombola, traz em suas experiências, no campo da cultura negra e de pesquisa e desenvolvimento em cultura digital, a possibilidade de estruturação de acervos digitais a partir de servidores de baixo custo. As estratégias que vem sendo alvo de pesquisas, levam em conta locais com características diversas, para que seja possível a implementação de servidores de baixo custo que permitam a criação e circulação de conhecimentos locais em comunidades com acesso pleno, ou limitado ou sem acesso à Internet. O empenho no fortalecimento da Rede vai de encontro ao interesse de efetivar ações através de uma rede de produção, organizando e difundindo conteúdos históricos, artísticos, culturais, técnicos e linguísticos, produzidos por comunidades tradicionais por meio da comunicação comunitária. O mapeamento tem como elemento simbólico o Baobá, árvore africana que vive mais de 6 mil anos, considerada a árvore da memória, este símbolo serve de orientação para a realização de práticas comunitárias de oralidade construindo caminhos e estratégias de fortalecimento entre saberes ancestrais, comunicação comunitária e tecnologias digitais através da Rota dos Baobás. A Rede Mocambos tem feito ações junto às comunidades principalmente na compreensão de que o pleno fortalecimento e desenvolvimento só se dá em harmonia com a garantia de seu território, entrelaçamento de suas práticas, saberes ancestrais, ações e produções históricas, linguísticas, culturais e filosóficas para a sustentabilidade de sua existência que gera um elemento não mensurável numericamente, que está atrelado à construção de modelos de desenvolvimento que se estruturem em sua própria história e sejam autônomos.