Projetos/Prestacao de conta seppir 2013

De Rede Mocambos
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(terceiro trimestre - de 20 de Junho até 20 de Setembro)
 
(25 edições intermediárias de 2 usuários não apresentadas)
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''Relatório trimestral de prestação de contas.''
 
''Relatório trimestral de prestação de contas.''
  
'''Primeiro trimestre'''
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==Primeiro trimestre - 20 de Dezembro de 2012 até 20 de Março de 2013==
  
 
As ações do projeto tiveram início com a mobilização e divulgação dos encontros previstos da Rede Mocambos, com o levantamento de informação sobre as comunidades e com visitas à algumas comunidades afim de fortalecer a articulação local e com a Rede.  
 
As ações do projeto tiveram início com a mobilização e divulgação dos encontros previstos da Rede Mocambos, com o levantamento de informação sobre as comunidades e com visitas à algumas comunidades afim de fortalecer a articulação local e com a Rede.  
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Porém, por termos recebido informação errônea da unidade cadastradora do siconv no município, não efetuamos a contratação de recursos humanos no período previsto no plano de trabalho.  
 
Porém, por termos recebido informação errônea da unidade cadastradora do siconv no município, não efetuamos a contratação de recursos humanos no período previsto no plano de trabalho.  
  
Houve a decisão do proponente de aguardar a primeira formação sobre o siconv para então iniciar o uso do sistema. Depois de algumas dúvidas sanadas e algumas funcionalidades básicas do sistema apreendidas será possível dar início à chamada pública e a contratação acontecer em Março; houve, no mês citado, a contratação de serviços de equipe de coordenação e equipe de edição de vídeo para desenvolver o projeto.
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Houve a decisão do proponente, depois de sugestão de assessora técnica da Seppir, de aguardar a primeira formação sobre o siconv para então iniciar o uso do sistema. Depois de algumas dúvidas sanadas e algumas funcionalidades básicas do sistema apreendidas será possível dar início à chamada pública e a contratação acontecer em Março; houve, no mês citado, a contratação de serviços de equipe de coordenação e equipe de edição de vídeo para desenvolver o projeto.
  
'''Segundo trimestre'''
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==Segundo trimestre - 20 de Março até 20 de Junho==
  
Neste período o projeto foi reavaliado com o objetivo de otimizar o uso do recurso para o melhor desenvolvimento das atividades.
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Por causa da espera para a formação sobre o siconv e outras questões ligadas ao sistema, o cronograma do projeto também foi alterado, já que o primeiro encontro da Rede Mocambos estava previsto para início em 15 de Fevereiro.
 
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Por causa da espera para a formação e outras questões ligadas ao sistema, o cronograma do projeto também foi alterado, já que o primeiro encontro da Rede Mocambos estava previsto para início em 15 de Fevereiro.
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Durante esse período a equipe de coordenação do projeto pensou estratégias para a realização das oficinas previstas para o encontro de formação na Casa de Cultura, que será o primeiro de 4 encontros de formação e um encontro de avaliação geral.
 
Durante esse período a equipe de coordenação do projeto pensou estratégias para a realização das oficinas previstas para o encontro de formação na Casa de Cultura, que será o primeiro de 4 encontros de formação e um encontro de avaliação geral.
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Neste sentido foi pensando a sensibilização através de elementos relativos à memória e da relação das pessoas com o seu sentido de patrimônio cultural com metodologia simples que conta com o compartilhamento de saberes e opiniões. Para sensibilizar para a oficina de acervo/biblioteca a sugestão é que haja uma provocação para que cada participante traga um objeto de memória pessoal e outro da sua comunidade para a formação de um pequeno acervo durante o evento. Parte desse acervo poderá circular por todos os núcleos de formação durante o projeto e no final do ciclo sejam todo expostos em um epaço de memória na Casa de Cultura Tainã. É uma dinâmica de envolvimento prático de todos os núcleos durante e vai reunir referências da memória simbólica de cada localidade.
 
Neste sentido foi pensando a sensibilização através de elementos relativos à memória e da relação das pessoas com o seu sentido de patrimônio cultural com metodologia simples que conta com o compartilhamento de saberes e opiniões. Para sensibilizar para a oficina de acervo/biblioteca a sugestão é que haja uma provocação para que cada participante traga um objeto de memória pessoal e outro da sua comunidade para a formação de um pequeno acervo durante o evento. Parte desse acervo poderá circular por todos os núcleos de formação durante o projeto e no final do ciclo sejam todo expostos em um epaço de memória na Casa de Cultura Tainã. É uma dinâmica de envolvimento prático de todos os núcleos durante e vai reunir referências da memória simbólica de cada localidade.
  
Outra ação que tem carater de integração e de fortalecimento do valor da ancestralidade será realizada a troca de sementes e mudas nativas como símbolo também de memória e de difusão das práticas afro comunitárias.
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De 27 de Maio até 3 de Junho foi realizado o Encontro de Formação de Base )que dentro da história da Rede Mocambos é o IV Encontro Nacional) na Casa de Cultura Tainã. abaixo segue um resumo da atividade:
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IV Encontro da Rede Mocambos
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''Precisamos manter vivas as contribuições do povo de matriz africana.''
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Frases como essa ilustram o IV Encontro da Rede Mocambos, Pajelança Quilombólica Digital* sobre ferramentas digitais da rede, realizada na Casa de Cultura Tainã, no âmbito do projeto Núcleos de Formação e Comunicação Quilombola, entre os dias 27 de Maio e 3 de Junho de 2013.
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Durante as rodas de conversas e aberturas dos dias, a relação ancestralidade e tecnologia foi aprofundada na percepção da apropriação da tecnologia como uma das ferramentas para a difusão das contribuições quilombolas e comunitárias.
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As ameaças que cercam o modo de vida comunitário de matriz africana, caboclas e indígenas, foram discutidas orientadas pela busca coletiva da valorização da cultura negra e na estruturação de sua visibilidade, explicitando sua existência por caminhos que garantam a sustentabilidade e plenitude desse modo de existir.
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Alguns dos temas das rodas de conversa foram os Princípios e Reflexões sobre a Rede Mocambos - neste momento as falas foram orientadas em torno do nome Mocambos e da tecnologia do tambor; a forma de organização do Quilombo dos Palmares era em Mocambos, assim chamavam suas moradias. Outro elemento simbólico, o Baobá, esteve no meio da roda; a filosofia do Baobá e do tambor são centrais na Rede Mocambos: estão a serviço da humanidade, oferecem sentido ao mundo e fortalecem um compromisso político: nunca mais deixar de lutar.
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Na roda sobre Gestão do Território e Territorialidade, a discussão sobre os sentidos dos dois conceitos foram centrais. Sob a ótica de que território é o lugar e territorialidade tem uma dimensão atemporal e traz uma concepção identitária com sentidos e significados, os conceitos não se contrapõem, mas também não são iguais. Territorialidade articula uma construção entre territórios e rede, tendo uma amplitude que extrapola os territórios e que pode os conectar e fortalecer.
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Já na roda sobre Cultura Popular, o elemento primeiramente mencionado foi a figura do mestre que nos remete à lógica da ancestralidade. Em cada local há uma cultura popular como o jongo e o terreiro, em cada local existe uma cultura, e ela está viva porque vai passando de geração em geração assim como há uma história que é passada de pai para filho.
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Outro foco da conversa foi que diante de pressões da padronização cultural que sustenta o atual modelo econômico predominante - que só difunde o consumo, onde todas e todos são estimulados à pensar que precisam ser iguais - as diversas culturas comunitárias, tradicionais e populares precisam ter visibilidade e serem fomentadas para não morrerem diante da lógica de mercado; o valor da cultura popular precisa ser cada vez mais evidenciado como contribuição de saberes comunitários.
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Uma Rede de Servidores Locais - a roda de conversa com o tema Baobáxia na Rota dos Baobás**, se debruçou sobre o projeto que vai estruturar uma rede de comunicação comunitária através de servidores locais , que inicialmente serão instalados em algumas comunidades para que se possa aprofundar o desenvolvimento do sistema e, a longo prazo, integrar todas as comunidades da rede  Mocambos que poderão trocar conteúdo sem depender exclusivamente da internet.
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Baobáxia surge das palavras Baobá e Galáxia - é uma fusão das duas palavras, sendo uma referência ao Baobá, elemento simbólico da Rede, que remete, entre outras coisas como à memória, e a galáxia, um numeroso agrupamento de estrelas.
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Através da Rota das Baobás se acompanhará e dará suporte para a estruturação dos acervo e da aplicabilidade da rede de servidores. A Rota também é elemento fundamental de articulação da rede do ponto de vista prático e simbólico pois neste movimento na rota serão entregues mudas de Baobás para as comunidades e, a partir da localização de cada uma destas mudas,  será realizado uma mapa de georrefenciamento - para afirmar mais uma vez e por milênios (já que o Baobá vive mais de 10 mil anos): há um pedaço de África aqui.
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Durante o encontro o tema sustentabilidade foi tratado de forma a despertar os sentidos em atividades que estimularam o toque, 2 filtros dos sonhos, passaram de mãos em mãos, no espaço da tenda, que é feita com bambú e barro.
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Cada pessoa falou o que entende por sustentabilidade - é possível ver nas falas que é uma preocupação constante a garantia da sustentabilidade para garantir o modo de vida quilombola e comunitário, que tem seu princípio na autonomia e na garantia de uma vida ligada à terra.
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Na oficina de acervo a experiência proposta foi a construção de um pequeno acervo coletivo, onde cada pessoa colocava um objeto importante que tivesse trazido de sua comunidade e entre fuxicos, pote de mel, mudas e fan zines o acervo foi criado.
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As outras oficinas foram sobre wiki, http://acs.taina.net.br/, ferramenta colaborativa; mapa de georreferenciamento da rede, http://mapa.mocambos.net/ e sobre o Portal da Rede Mocambos http://mocambos.net/.
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De cada oficina e roda de conversa se extraiu um tutorial com sugestões para as introduções e vivências sobre os temas e oficinas trabalhadas no encontro.
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Na noite de atividade cultural foi plantado o Acoco, planta sagrada que traz prosperidade. O Jongo Dito Ribeiro trouxe os tambores, a roda, os sorrisos, e as saias, assim como o batuque de umbigada e o folião mestre Luiz do Espírito Santo que trouxe cores e brilho,  também veio com eles as cantorias e as palmas.
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Houve também uma visita do grupo participante ao Centro Cultural Fazenda Roseira, lar do Jongo Dito Ribeiro, Capoeira Ibeca, local de exposições sobre matriz africana e que possui jardim com plantas africanas com poder de cura.
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As trocas foram muitas e a pajelança possibilitou uma retomada dos encontros presenciais para o fortalecimento da Rede Mocambos e a ampliação de suas ações nacionais junto com as articulações locais. Fomentou a troca de experiências e aconteceu o encontro de referências mesmo em lugares tão distintos e distantes um dos outros.
  
'''Comunicação'''
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Estiveram presentes pessoas do Pará, Bahia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Amapá, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, a pajelança reuniu cerca de 30 pessoas.
  
Streaming - Hoje dia 13 de Maio, tivemos uma reunião sobre o streaming que vai cobrir e difundir os acontecimentos do evento, ao mesmo tempo essa prática terá um carater de oficina. Haverá exibição em formato de cineclube seguida de discussão e reflexão sobre os tipos de linguagem (documental, ficção, etc)  (qual a programação de exibição)? A sugestão é exibir Quilombo Brasil e outras produções da Rede Mocambos.
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Este encontro mostrou as potencialidades de cada pessoa presente, bem como seu potencial de ação comunitário, e neste sentido muitas demandas da Rede Mocambos que já tem sido alvo de discussões foram evidenciadas para que os próximos passos possam ser dados e que sejam feitos de ações que fortaleçam localmente as comunidades envolvidas, levando as contribuições coletivas da Rede e adaptando nas comunidades, bem como conhecer mais a fundo as demandas locais para buscar soluções em rede.
  
Criar estratégia dinâmica de organizaçao de conteúdos jáa existentes, fazer um levantamento sobre os conteúdos existentes para serem agrupados em um espaço adequado.
 
  
Qual comunicação pretende-se efetivar? a comunicação é um tipo de território.
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*Pajelança Quilombólica, são vivências com carater de residência social que fomentam o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa  presente trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos. Dentro dessa metodologia também acontecem oficinas de cultura e tecnologia, com foco na formação em comunicação comunitária e software livre.  
  
É preciso pensar em uma estratégia que traga inovação na transmissão, sem repetir modelos prontos.
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**Projeto em parceria com a Fundação Banco do Brasil
  
Estrutura de comunicação, o que pode complementar essa estrutura? Tenta reproduzir menos da linguagem que criticamos, criar uma coisa diferente, montar uma estrutura para não perder nada- ex.: de noite como vamos garantir a iluminação?
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=terceiro trimestre - de 20 de Junho até 20 de Setembro=
  
Entraremos em contato com a Ação Educativa para ver se eles tem câmera pd e tripé e se emprestam para o encontro.
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Foi realizada do dia 3 ao dia 11 de Agosto a Pajelança na Casa de Cultura Tainã http://acs.taina.net.br/wiki/Pajelan%C3%A7a_Quilomb%C3%B3lica_Digital#Programa.C3.A7.C3.A3o
  
Serão necessários 2 teras para gravar toda a transmissão. Microfone direcional será o ideal.
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Entre os dias 1 a 7 de Setembro foi realizada a Pajelança na Casa Preta http://acs.taina.net.br/wiki/NFCs/Casa_Preta/PAJELAN%C3%87A_CASA_PRETA

Edição atual tal como às 17h52min de 30 de setembro de 2013

Relatório trimestral de prestação de contas.

Primeiro trimestre - 20 de Dezembro de 2012 até 20 de Março de 2013

As ações do projeto tiveram início com a mobilização e divulgação dos encontros previstos da Rede Mocambos, com o levantamento de informação sobre as comunidades e com visitas à algumas comunidades afim de fortalecer a articulação local e com a Rede.

A mobilização e articulação entre os núcleos de formação e as comunidades foi realizada para a confirmação da participação de representantes das comunidades e também para ilustrar a situação dos telecentros e para fortalecer e valorizar o modo de vida comunitário.

Porém, por termos recebido informação errônea da unidade cadastradora do siconv no município, não efetuamos a contratação de recursos humanos no período previsto no plano de trabalho.

Houve a decisão do proponente, depois de sugestão de assessora técnica da Seppir, de aguardar a primeira formação sobre o siconv para então iniciar o uso do sistema. Depois de algumas dúvidas sanadas e algumas funcionalidades básicas do sistema apreendidas será possível dar início à chamada pública e a contratação acontecer em Março; houve, no mês citado, a contratação de serviços de equipe de coordenação e equipe de edição de vídeo para desenvolver o projeto.

Segundo trimestre - 20 de Março até 20 de Junho

Por causa da espera para a formação sobre o siconv e outras questões ligadas ao sistema, o cronograma do projeto também foi alterado, já que o primeiro encontro da Rede Mocambos estava previsto para início em 15 de Fevereiro.

Durante esse período a equipe de coordenação do projeto pensou estratégias para a realização das oficinas previstas para o encontro de formação na Casa de Cultura, que será o primeiro de 4 encontros de formação e um encontro de avaliação geral.

Dentro das estratégias é fundamental pensar na profundidade da relação que as pessoas participantes tem com ferramentas digitais, principal foco da formação para potencialização da comunicação comunitária.

Neste sentido foi pensando a sensibilização através de elementos relativos à memória e da relação das pessoas com o seu sentido de patrimônio cultural com metodologia simples que conta com o compartilhamento de saberes e opiniões. Para sensibilizar para a oficina de acervo/biblioteca a sugestão é que haja uma provocação para que cada participante traga um objeto de memória pessoal e outro da sua comunidade para a formação de um pequeno acervo durante o evento. Parte desse acervo poderá circular por todos os núcleos de formação durante o projeto e no final do ciclo sejam todo expostos em um epaço de memória na Casa de Cultura Tainã. É uma dinâmica de envolvimento prático de todos os núcleos durante e vai reunir referências da memória simbólica de cada localidade.

De 27 de Maio até 3 de Junho foi realizado o Encontro de Formação de Base )que dentro da história da Rede Mocambos é o IV Encontro Nacional) na Casa de Cultura Tainã. abaixo segue um resumo da atividade:


IV Encontro da Rede Mocambos

Precisamos manter vivas as contribuições do povo de matriz africana.

Frases como essa ilustram o IV Encontro da Rede Mocambos, Pajelança Quilombólica Digital* sobre ferramentas digitais da rede, realizada na Casa de Cultura Tainã, no âmbito do projeto Núcleos de Formação e Comunicação Quilombola, entre os dias 27 de Maio e 3 de Junho de 2013.

Durante as rodas de conversas e aberturas dos dias, a relação ancestralidade e tecnologia foi aprofundada na percepção da apropriação da tecnologia como uma das ferramentas para a difusão das contribuições quilombolas e comunitárias.

As ameaças que cercam o modo de vida comunitário de matriz africana, caboclas e indígenas, foram discutidas orientadas pela busca coletiva da valorização da cultura negra e na estruturação de sua visibilidade, explicitando sua existência por caminhos que garantam a sustentabilidade e plenitude desse modo de existir.

Alguns dos temas das rodas de conversa foram os Princípios e Reflexões sobre a Rede Mocambos - neste momento as falas foram orientadas em torno do nome Mocambos e da tecnologia do tambor; a forma de organização do Quilombo dos Palmares era em Mocambos, assim chamavam suas moradias. Outro elemento simbólico, o Baobá, esteve no meio da roda; a filosofia do Baobá e do tambor são centrais na Rede Mocambos: estão a serviço da humanidade, oferecem sentido ao mundo e fortalecem um compromisso político: nunca mais deixar de lutar.

Na roda sobre Gestão do Território e Territorialidade, a discussão sobre os sentidos dos dois conceitos foram centrais. Sob a ótica de que território é o lugar e territorialidade tem uma dimensão atemporal e traz uma concepção identitária com sentidos e significados, os conceitos não se contrapõem, mas também não são iguais. Territorialidade articula uma construção entre territórios e rede, tendo uma amplitude que extrapola os territórios e que pode os conectar e fortalecer.

Já na roda sobre Cultura Popular, o elemento primeiramente mencionado foi a figura do mestre que nos remete à lógica da ancestralidade. Em cada local há uma cultura popular como o jongo e o terreiro, em cada local existe uma cultura, e ela está viva porque vai passando de geração em geração assim como há uma história que é passada de pai para filho.

Outro foco da conversa foi que diante de pressões da padronização cultural que sustenta o atual modelo econômico predominante - que só difunde o consumo, onde todas e todos são estimulados à pensar que precisam ser iguais - as diversas culturas comunitárias, tradicionais e populares precisam ter visibilidade e serem fomentadas para não morrerem diante da lógica de mercado; o valor da cultura popular precisa ser cada vez mais evidenciado como contribuição de saberes comunitários.

Uma Rede de Servidores Locais - a roda de conversa com o tema Baobáxia na Rota dos Baobás**, se debruçou sobre o projeto que vai estruturar uma rede de comunicação comunitária através de servidores locais , que inicialmente serão instalados em algumas comunidades para que se possa aprofundar o desenvolvimento do sistema e, a longo prazo, integrar todas as comunidades da rede Mocambos que poderão trocar conteúdo sem depender exclusivamente da internet.

Baobáxia surge das palavras Baobá e Galáxia - é uma fusão das duas palavras, sendo uma referência ao Baobá, elemento simbólico da Rede, que remete, entre outras coisas como à memória, e a galáxia, um numeroso agrupamento de estrelas.

Através da Rota das Baobás se acompanhará e dará suporte para a estruturação dos acervo e da aplicabilidade da rede de servidores. A Rota também é elemento fundamental de articulação da rede do ponto de vista prático e simbólico pois neste movimento na rota serão entregues mudas de Baobás para as comunidades e, a partir da localização de cada uma destas mudas, será realizado uma mapa de georrefenciamento - para afirmar mais uma vez e por milênios (já que o Baobá vive mais de 10 mil anos): há um pedaço de África aqui.

Durante o encontro o tema sustentabilidade foi tratado de forma a despertar os sentidos em atividades que estimularam o toque, 2 filtros dos sonhos, passaram de mãos em mãos, no espaço da tenda, que é feita com bambú e barro.

Cada pessoa falou o que entende por sustentabilidade - é possível ver nas falas que é uma preocupação constante a garantia da sustentabilidade para garantir o modo de vida quilombola e comunitário, que tem seu princípio na autonomia e na garantia de uma vida ligada à terra.

Na oficina de acervo a experiência proposta foi a construção de um pequeno acervo coletivo, onde cada pessoa colocava um objeto importante que tivesse trazido de sua comunidade e entre fuxicos, pote de mel, mudas e fan zines o acervo foi criado.

As outras oficinas foram sobre wiki, http://acs.taina.net.br/, ferramenta colaborativa; mapa de georreferenciamento da rede, http://mapa.mocambos.net/ e sobre o Portal da Rede Mocambos http://mocambos.net/.

De cada oficina e roda de conversa se extraiu um tutorial com sugestões para as introduções e vivências sobre os temas e oficinas trabalhadas no encontro.

Na noite de atividade cultural foi plantado o Acoco, planta sagrada que traz prosperidade. O Jongo Dito Ribeiro trouxe os tambores, a roda, os sorrisos, e as saias, assim como o batuque de umbigada e o folião mestre Luiz do Espírito Santo que trouxe cores e brilho, também veio com eles as cantorias e as palmas.

Houve também uma visita do grupo participante ao Centro Cultural Fazenda Roseira, lar do Jongo Dito Ribeiro, Capoeira Ibeca, local de exposições sobre matriz africana e que possui jardim com plantas africanas com poder de cura.

As trocas foram muitas e a pajelança possibilitou uma retomada dos encontros presenciais para o fortalecimento da Rede Mocambos e a ampliação de suas ações nacionais junto com as articulações locais. Fomentou a troca de experiências e aconteceu o encontro de referências mesmo em lugares tão distintos e distantes um dos outros.

Estiveram presentes pessoas do Pará, Bahia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Amapá, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, a pajelança reuniu cerca de 30 pessoas.

Este encontro mostrou as potencialidades de cada pessoa presente, bem como seu potencial de ação comunitário, e neste sentido muitas demandas da Rede Mocambos que já tem sido alvo de discussões foram evidenciadas para que os próximos passos possam ser dados e que sejam feitos de ações que fortaleçam localmente as comunidades envolvidas, levando as contribuições coletivas da Rede e adaptando nas comunidades, bem como conhecer mais a fundo as demandas locais para buscar soluções em rede.


*Pajelança Quilombólica, são vivências com carater de residência social que fomentam o reconhecimento da sabedoria e prática de cada pessoa  presente trazendo propostas de sustentabilidade para sua comunidade e para fora dela, fisicamente ou virtualmente. Tem como escopo um processo de provocação e revisão de hábitos. Dentro dessa metodologia também acontecem oficinas de cultura e tecnologia, com foco na formação em comunicação comunitária e software livre. 
**Projeto em parceria com a Fundação Banco do Brasil

terceiro trimestre - de 20 de Junho até 20 de Setembro

Foi realizada do dia 3 ao dia 11 de Agosto a Pajelança na Casa de Cultura Tainã http://acs.taina.net.br/wiki/Pajelan%C3%A7a_Quilomb%C3%B3lica_Digital#Programa.C3.A7.C3.A3o

Entre os dias 1 a 7 de Setembro foi realizada a Pajelança na Casa Preta http://acs.taina.net.br/wiki/NFCs/Casa_Preta/PAJELAN%C3%87A_CASA_PRETA

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